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Lucro das empresas supera expectativas no 2º trimestre

Relatório do Banco Safra aponta que 55% das empresas analisadas superaram as expectativas em termos de resultados financeiros no período

Fachada do Banco Safra, na Avenida Paulista, em São Paulo

De acordo com a instituição, a maioria dos números reportados nas últimas semanas surpreendeu positivamente| Foto: Divulgação

O Safra divulgou nesta sexta-feira, 20, um balanço sobre os resultados corporativos do 2º trimestre das empresas de capital aberto analisadas pelo banco.

De acordo com a instituição, a maioria dos números reportados nas últimas semanas surpreendeu positivamente, ficando acima das estimativas.

No relatório, o Safra destaca que no período de abril a junho, a economia brasileira chegou mais perto de sua normalidade, com a dissipação dos efeitos da pandemia de covid-19.

Sendo assim, 55% dos balanços corporativos vieram acima das expectativas do banco. Outros 15% em linha com as estimativas.

Por outro lado, 30% dos resultados ficaram abaixo do esperado.

Das 84 empresas analisadas, 8% apresentaram prejuízo no 2º trimestre, bem melhor do que os 24% de um ano atrás.

Na comparação interanual, foi observada uma alta de 45% nas vendas, de 105% no Ebitda e de 521% no lucro.

Retirando a Petrobras (PETR4) da conta, o lucro líquido cresceu 89%, ainda assim mostrando uma forte bateria de resultados.

Embora tenha sido um trimestre muito positivo, os números reportados não devem bastar para mudar a tendência de queda do mercado, imposta pelas incertezas políticas e fiscais.

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Fatores positivos elencados pelo Safra

Na visão do banco, contribuiu para a boa expansão em todas as linhas dos resultados a baixa base de comparação interanual, uma vez que o mesmo trimestre em 2020 foi atingido em cheio pelas medidas de combate ao coronavírus.

Quando comparada com as expectativas, a receita das empresas analisadas pelo Safra ficou 0,5% acima do esperado.

Em seguida, o Ebitda e o lucro líquido ficaram 9% e 31% acima.

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Entre as principais surpresas positivas no trimestre estiveram os setores de petróleo e gás, com destaque para a Petrobras, em meio a uma forte recuperação nos preços do petróleo e melhora no volume de vendas.

Adicionalmente, inclui-se o setor de transportes, em que todas as empresas vieram com resultados mais fortes, sobretudo as locadoras de veículos.

Outro destaque positivo foram as construtoras, beneficiadas pela aceleração nos lançamentos e consequente melhora de vendas.

Em contrapartida, a surpresa negativa foi o setor de saúde. As empresas integradas apresentaram fraca performance, dado o forte aumento de sinistralidade pelo aumento das internações por covid-19, efeito que deve se dissipar nos próximos trimestres.

O setor de bens de capital também veio bem abaixo, uma vez que a Aeris (AERI3) foi afetada por um adiamento de pedidos devido a forte alta nos preços das commodities.

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