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Lucro do Santander Brasil no trimestre cai quase 50% sobre igual período do ano passado

Banco registrou lucro líquido gerencial de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre, 46,6% menor que em igual período do ano passado

Santander

No trimestre, o banco teve novamente uma pressão sobre as margens, diante da alta da taxa Selic e migração da carteira de crédito para linhas mais conservadoras | Foto: Getty Images

O Santander divulgou lucro líquido de 2,57 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2023, resultado muito próximo do ganho de 2,54 bilhões de euros apurado em igual período do ano passado. O número superou levemente as expectativas de analistas consultados pela FactSet, que previam lucro de 2,50 bilhões de euros entre janeiro e março.

A receita líquida de juros – a diferença entre o que os bancos ganham com empréstimos e o que pagam aos clientes por depósitos – do maior banco da Espanha aumentou cerca de 17% na mesma comparação, a 10,4 bilhões de euros, e a receita líquida de comissões avançou 8%, a 3,04 bilhões de euros.

Já as provisões líquidas para perdas com empréstimos tiveram alta de 37% no trimestre ante um ano antes, a 2,87 bilhões de euros. Por volta das 4h15 (de Brasília), a ação do Santander caía 3,6% na Bolsa de Madri. 

Lucro do Santander Brasil no 1º trimestre é 46,6% inferior ao do trimestre anterior

O Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) de R$ 2,140 bilhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com números publicados nesta terça-feira, 25. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 46,6%, enquanto na comparação com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 26,7%.

No trimestre, o banco teve novamente uma pressão sobre as margens, diante da alta da taxa Selic e migração da carteira de crédito para linhas mais conservadoras. A provisão para possíveis perdas com inadimplência também voltou a pesar, e o conglomerado separou recursos adicionais.

A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,145 bilhões, baixa de 5,7% em um ano. Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,315 bilhões, crescimento de 3,3% no comparativo anual, e de 3,9% em três meses.

Nesta linha, estão contabilizados os resultados com operações de crédito. O crescimento foi inferior ao da carteira ampliada, que atingiu R$ 586,353 bilhões, em uma alta de 12,3%, o que indica uma contração nas margens.

“Começamos 2023 com foco em fortalecer nosso balanço”, afirma o CEO do Santander Brasil, Mario Leão, no informe de resultados. “Nossa seletividade nas concessões, que temos adotado desde o final do quarto trimestre de 2021, prioriza produtos garantidos e consumidores com avaliação de crédito mais alta, permitindo um balanço de maior qualidade.”

Na tesouraria, o Santander teve perda de R$ 1,170 bilhão, revertendo o ganho de R$ 84 milhões registrado um ano antes. O banco destaca, por outro lado, que o prejuízo foi 7,5% menor que o do quarto trimestre de 2022.

O Santander Brasil encerrou março deste ano com R$ 1,048 trilhão em ativos totais, número que representa alta 9,3% em um ano. No comparativo com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 0,1%. O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 4,7% em um ano, para R$ 81,445 bilhões, de acordo com o banco.

Como resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido do Santander caiu 10,1 pontos porcentuais em um ano, para 10,6%. Em relação ao quarto trimestre de 2022, houve alta de 2,2 p.p., diante do lucro mais elevado e de provisões menores contra a inadimplência. (AE)

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