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Bolsa fecha em alta com alívio no exterior e expectativa de novas regras fiscais

A Bolsa subiu 0,85%, aos 99.670 pontos, depois de oscilar entre 98.833 e 99.996 pontos. O volume financeiro foi de R$ 21,3 bilhões

Investidor analisa gráfico em um computador

Mercado operou com a expectativa do anúncio das regras que vão substituir o Teto Fiscal: Foto: Getty Images

O Ibovespa seguiu o exterior e fechou em alta com os investidores mais propensos ao risco após a compra do Os mercados mundiais tiveram um dia de alívio após a compra do Sillicon Valley Bank (SVB) pelo First Citizens. A transação envolveu a venda de US$ 119 bilhões em depósitos e US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB. Com isso, bolsas dos Estados Unidos e Europa refletiram o otimismo e fecharam no terreno positivo.

A Bolsa subiu 0,85%, aos 99.670 pontos, depois de oscilar entre 98.833 e 99.996 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,3 bilhões. Com este desempenho, o Ibovespa acumula queda de 5,01% em março. No ano, as perdas são de 9,17%.

Já o dólar fechou em baixa de 0,85%, vendido a R$ 5,20, em sua cotação mínima. A máxima intradiária foi de R$ 5,25. Este desempenho fez o dólar acumular baixa de 0.27% no mês e, no ano recua 1,38%.

No exterior, a Dow Jones subiu 0,61%, S&P500 ganhou 0,17%. Já a Nasdaq fechou na contramão dos pares e recuou 0,47%.  

Outro fator que impulsionou o Ibovespa foi a expectativa do anúncio do novo arcabouço fiscal.

Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, as novas regras irão estabilizar a dívida pública brasileira, zerar o déficit fiscal e ser socialmente comprometido com o Brasil.

Tebet disse que a “moldura” do arcabouço já está pronta e que agora a decisão é política, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o estrategista do Banco Safra, Cauê Pinheiro, o adiamento da viagem presidencial à China pode antecipar o anúncio das novas regras fiscais.

“Arcabouço fiscal pode mexer com o mercado nesta semana. A parte técnica já havia definido o desenho e agora deve discutir os acertos finais com o presidente”, disse Pinheiro. “Por isso, acreditamos que o anúncio pode ser antecipado.”

Pinheiro ressalta, no entanto, que o texto que deve ser apresentado não deve ser o que será o aprovado pelo Congresso. “Não deve ser o que vai passar, o arcabouço vai ser balanceado no Congresso. Pode ser um catalizador para a Bolsa andar nesta semana.”

Entre as maiores altas do dia os destaques foram PetroRio, que subiu 4,85%, Raízen, 4,15%, Qualicorp, 3,80%, Cyrella, 3,81% e Braskem, com ganhos de 4,14%.

Já a lista dos desempenhos negativos do dia os papéis que mais perderam foram CVC, que caiu 5,43%, Cogna, 2,70%, Azul, 3,08%, Yduqs, 3,18% e Klabin, 2,40%.

14h53 A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o novo arcabouço fiscal vai estabilizar a dívida pública brasileira, zerar o déficit fiscal e ser socialmente comprometido com o Brasil.

Tebet disse que a “moldura” do arcabouço já está pronta e que agora a decisão é política, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a ministra, o novo arcabouço irá olhar tanto para o lado das receitas como para o lado das despesas.

“O arcabouço fiscal vem ao encontro desse nosso anseio, porque ele trata não só pelo lado do incremento das receitas, sem aumento de carga tributária, mas também das despesas, de olho na estabilização da relação dívida/PIB”, disse Tebet, durante o evento “Arko Conference 2023”.

A ministra ainda afirmou que o governo pretende zerar o déficit fiscal já no próximo ano. “É uma meta não só do Planejamento, mas também da Fazenda”, disse. “O compromisso é de zerar o déficit. Eu paro em zerar o déficit, por que se nós vamos ter superávit ou não é outra discussão que eu não posso abrir”, acrescentou. (AE)

14h02 Os mercados europeus fecharam em alta nesta segunda-feira, 27, com a melhora da perspectiva com relação ao setor bancário. Ademais, na Alemanha, dados de sentimento das empresas subiu e surpreendeu analistas.

Em Londres, o FTSE 100, registrou alta de 0,90% a 7.471,77 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, subiu 1,14%, a 15.127,68 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,90%, a 7.078,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,21%, a 26.206,67 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 teve alta de 1,29%, a 8.906,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,85%, a 5.782,39 pontos.

“Com o início de uma nova semana, vimos uma modesta redução na angústia do setor bancário nos últimos dias, com um tom muito melhor após a liquidação no final da semana passada”, analisa a CMC Markets. “A ajuda veio por eventos do outro lado do Atlântico, à medida que o Citizens Bank nos EUA está adquirindo empréstimos e depósitos do Silicon Valley Bank (SVB)”, completa.

O First Citizens Bank, um dos maiores bancos regionais dos EUA, fechou acordo para comprar o SVB. A transação envolve a venda de US$ 119 bilhões em depósitos e cerca de US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB, com desconto de US$ 16,5 bilhões. Cerca de US$ 90 bilhões em títulos do SVB permanecerão em liquidação judicial, segundo comunicado divulgado pelo Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), no domingo à noite. (AE)

13h50 O Ibovespa segue em alta e sobe 0,77%, aos 99.621 pontos. Já o dólar recua 0,36%, vendido a R$ 5,22.

13h48 Os bancos da zona do euro reduziram a concessão de empréstimos no mês passado, antes mesmo da quebra do Silicon Valley e problemas do Credit Suisse abalarem os mercados financeiros globais.

Temores sobre a saúde do setor bancário global tendem a apertar ainda mais o crédito nos próximos meses.

Em fevereiro, os bancos da zona do euro cortaram o volume de empréstimos a empresas em 3 bilhões de euros, enquanto o avanço no crédito em relação a um ano antes desacelerou para 4,9%, ante 5,3% em janeiro, segundo dados publicados pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira. A aprovação de crédito para famílias também desacelerou.

O aperto veio apesar de os bancos estarem faturando mais com empréstimos do que nos anos de juros baixos. Alguns economistas acham que o declínio nos empréstimos pode acelerar nos próximos meses, uma vez que as tensões no sistema bancário deixam os bancos ainda mais cautelosos, aumentando o impacto das elevações das taxas de juros do BCE no crescimento econômico. (AE)

11h50 O presidente do Saudi National Bank (SNB), Ammar Al Khudairy, renunciou ao cargo por “questões pessoais”, após recentes comentários seus deflagrarem um tombo das ações do Credit Suisse, segundo documento regulatório. O documento apresentado à bolsa de valores saudita, que fica em Riad, informa que a renúncia data de domingo, 26.

Em 15 de março, a ação do Credit Suisse chegou a desabar mais de 30% em Zurique, após Al Khudairy dizer que o SNB – maior acionista do banco suíço – não ofereceria mais ajuda à instituição financeira.

Horas depois, o banco central da Suíça concordou em liberar empréstimos equivalentes a US$ 54 bilhões para sustentar as finanças do Credit Suisse.(AE)

11h42 O Conselho de Administração da Petrobras publicou na manhã desta segunda-feira, 27, o edital de convocação da Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas a ser realizada no dia 27 de abril.

Na reunião, serão eleitos oito novos membros do colegiado, que tem 11 assentos. A data já era conhecida, mas ainda não estava formalizado em edital.

A AGO terá início às 13 horas e vai acontecer de modo exclusivamente digital, por meio de plataforma oferecida pela Petrobras. A ação da estatal sobe 0,88% (PETR4) neste momento.

11h38 Dólar segue em trajetória de queda e recua 0,30%, vendido a R$ 5,23. Já o Ibovespa sobe de forma moderada 0,76%, aos 99.632 pontos.

11h Ibovespa sobe 0,46%, aos 99.279 pontos. Dólar recua 0,35%, vendido a R$ 5,22.

10h23 O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Espanha, Pablo Hernández de Cos, afirmou nesta segunda-feira, 27, que as próximas decisões de política monetária irão considerar os riscos financeiros, incluindo as tensões observadas nas últimas semanas.

Para Hernández de Cos, que participou de fórum na Espanha, o setor bancário da zona do euro passa por tensões com uma “alta capacidade de resistência e posições de capital e liquidez elevadas”. Entretanto, os episódios apontam para uma necessidade da adoção de uma política de planejamento de provisões e de capital.

“Estamos preparados para agir como e quando necessário para manter a estabilidade financeira na zona do euro, como requisito necessário para alcançar nosso objetivo de estabilidade de preços”, destacou o dirigente. (AE)

10h22 Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,451 bilhões em fevereiro, informou nesta segunda-feira, 27, o Banco Central (BC). No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 10,793 bilhões. Em janeiro, entraram US$ 6,877 bilhões em IDP.

O resultado ficou abaixo do piso das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, de US$ 7,5 bilhões, com teto em US$ 13 bilhões e mediana em US$ 9,750 bilhões.

No acumulado do ano até fevereiro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 13,328 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 75 bilhões. A projeção foi feita no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro e será atualizada no documento desta semana.

No acumulado dos 12 meses até fevereiro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 88,003 bilhões, o que representa 4,49% do Produto Interno Bruto (PIB). (AE)

10h05 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em alta de 0,75%, aos 99.651 pontos. Na sexta-feira, a Bolsa subiu 0,92%, aos 98.829 pontos, depois de oscilar entre 97.687 e 99.258 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,3 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o índice acumula queda de 3.09% na semana. O Ibovespa recua por cinco semanas consecutivas.

Já o dólar se mantém na trajetória de queda e recua 0,35%, vendido a R$ 5,22.

9h20 O dólar abriu em queda nesta segunda-feira, 27, com o mercado na expectativa do anúncio do novo arcabouço fiscal no Brasil.

A moeda americana cai 0,23%, vendida a R$ 5,23. Na sexta-feira, a divisa teve queda de 0,73%, cotada a R$ 5,25. 

Com o resultado, a moeda fechou a semana com uma perda acumulada 0,38%. No mês, acumula ganhos de 0,48%, mas no ano, ainda tem queda de 0,53%.

Para o estrategista do Banco Safra, Cauê Pinheiro, o adiamento da viagem presidencial à China pode antecipar o anúncio das novas regras fiscais.

“Arcabouço fiscal pode mexer com o mercado nesta semana. A parte técnica já havia definido o desenho e agora deve discutir os acertos finais com o presidente”, disse Pinheiro durante o programa ‘Radar Safra” desta segunda-feira. “Por isso, acreditamos que o anúncio pode ser antecipado.” Pinheiro ressalta, no entanto, que o texto que deve ser apresentado não deve ser o que será o aprovado pelo Congresso. “Não deve ser o que vai passar, o arcabouço vai ser balanceado no Congresso. Pode ser um catalizador para a Bolsa andar nesta semana.”

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