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Ibovespa fecha em baixa à espera do novo arcabouço fiscal; dólar cai

A Bolsa recuou 1,04%, aos 100.922 pontos, o menor patamar desde junho de 2022; o volume financeiro do dia foi de R$ 19,20 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

A crise dos bancos pelo mundo ainda ficou no radar dos investidores | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em baixa firme nesta segunda-feira, com os investidores na espera do novo arcabouço fiscal no Brasil. A Bolsa recuou 1,04%, aos 100.922 pontos, o menor patamar desde 26 de junho de 2022, quando o referencial atingiu 99.771. O índice variou de 100.678 e 102.228 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 19,20 bilhões.

Com o resultado desta sessão, referencial brasileiro acumulou queda de 3,82% em março. No ano, as perdas chegam a 8,03%.

Já o dólar fechou em baixa de 0,52%, vendido a R$ 5,24, depois de oscilar entre R$ 5.23 e R$ 5,28. Com o resultado, a moeda americana acumula alta de 0,28%, enquanto no ano ainda tem perdas de 0,73%.

“Ibovespa caiu e o principal fator por trás disso é o temor em relação ao novo arcabouço fiscal. O mercado não sabe quando nem como as regras virão, então vemos um estresse dos investidores em torno desse assunto, que tem gerado ansiedade no mercado”, disse, Ricardo Brasil, da Gava Investimentos.

Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o texto do projeto aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Além disso, o governo deve encaminhar nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal, que combina curva da dívida, superávit e controle de gastos, afirmou o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Com isso, ações ligadas à economia local foram os destaques negativos do dia. Hapvida perdeu 8,02%, JBS, 7,27%, Alpargatas, 6,96%, Ezetec, 6,69% e Qualicorp, 6,54%.

Já na lista dos melhores desempenhos da sessão, estão São Martinho, que ganhou 4,03%, CSN Mineração, 1,52%, Cielo, 1,23%, Bradespar, 0,89% e Vale subiu 0,82%.

15h15 O presidente-executivo do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, está conduzindo discussões com chefes-executivos de outros grandes bancos sobre novos esforços para estabilizar o First Republic Bank.

Os debates, embora preliminares, se concentraram em como o setor poderia providenciar um investimento que aumentaria o capital do banco, segundo fontes. Entre as opções, está um investimento no First Republic feito pelos próprios bancos.

Onze grandes bancos se uniram na semana passada para depositar US$ 30 bilhões no First Republic em um esforço para restaurar a confiança no banco.

O plano pode envolver converter uma parte ou todos os US$ 30 bilhões em uma infusão de capital, disseram algumas das fontes. Uma venda ou injeção externa de capital seriam outras opções em discussão.

15h14 As bolsas europeias subiram nesta segunda-feira, 20, enquanto o mercado digere a compra do Credit Suisse pelo UBS e suas consequências, em meio aos temores de uma nova crise bancária.

Além disso, falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, de que o BC do bloco comum não se comprometerá com a próxima decisão de juros deram fôlego aos mercados acionários do Velho Continente.

No domingo, o UBS anunciou a compra do Credit Suisse pelo equivalente a US$ 3,25 bilhões, numa transação intermediada por reguladores na Suíça.

Tudo somado, em Londres, o FTSE 100, fechou em alta de 0,93%, em 7.403,85 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, subiu 1,12%, a 14.933,38 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 1,27%, a 7.013,14 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, registrou alta de 1,59%, a 25.899,57 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,13%, a 8.817,61 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,79%, a 5.769,33 pontos. (AE)

15h11 Ibovespa segue em queda firme e perde 1,07%, aos 100.871 pontos. O dólar também se mantém no campo negativo e se desvaloriza 0,66%, vendido a R$ 5,24.

15h10 A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a exposição de bancos da zona do euro à turbulência do Credit Suisse é medida em milhões de euros, e não bilhões, mas que a vulnerabilidade de setores não bancários demanda que resoluções para o sistema financeiro sejam aceleradas.

Em sessão no Parlamento Europeu, a banqueira central voltou a afirmar que a estabilidade de preços segue sendo o que guia as decisões de política monetária.

Quando questionada sobre o euro digital, Lagarde afirmou que o dinheiro deverá servir como uma ancoragem para a política monetária. (AE)

13h38 O governo deve encaminhar nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal, que combina curva da dívida, superávit e controle de gastos, afirmou nesta segunda-feira, 20, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

“Acho que o governo encaminha nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal”, disse Alckmin, durante o seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, promovido pelo BNDES em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Rio de Janeiro.

13h30 A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o BC europeu não se comprometerá com a próxima decisão de juros, diante da turbulência do sistema financeiro global, apesar de seguir reforçando que o BC seguirá com sua meta da inflação de 2% ao ano.

Segundo a banqueira central, incertezas elevadas “reforçam a importância de uma abordagem dependente de dados”. “Se não tivéssemos tensões no mercado do financeiro, teríamos indicado altas adicionais”, acrescentou ela.

A presidente do BCE afirmou que os impactos das tensões do sistema financeiro ainda serão sentidos pela economia. Entretanto, a dirigente afirmou que a zona do euro tem um setor bancário mais forte em comparação à crise de 2008.

De acordo com a banqueira central, o capital e a liquidez dos bancos da zona do euro já excedem os requisitos regulamentados e os bancos da região são resilientes.

Lagarde ainda reafirmou que a estabilidade de preço caminha junto com a estabilidade financeira. (AE)

13h04 Ibovespa aprofunda queda e opera no patamar de 100 mil pontos. Bolsa recua 1,09%, aos 100.872 pontos. Dólar cai 0,60%, vendido a R$ 5,24.

12h13 Bolsa segue em queda e perde 0,56%, aos 101.483 pontos. Dólar opera em baixa de 0,67%, vendido a R$ 5,24.

10h51 Ibovespa muda a direção, recua e perde os 102 mil pontos. Bolsa cai 0,31%, 101.635 pontos. Já o dólar permanece no campo negativo e se desvaloriza 0,63%, vendido a R$ 5,24.

10h32 Grandes bancos centrais pelo mundo anunciaram no domingo, 19, uma ação coordenada para garantir liquidez.

Em comunicado, o Banco Central Europeu (BCE) aponta que as instituições oferecerão operações em dólar americano de 7 dias em uma base diária, a partir desta segunda-feira, 20, e pelo menos até o fim de abril, “para apoiar o funcionamento sem sobressaltos dos mercados de financiamento em dólar dos EUA”.

O BCE, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês), o Banco Nacional da Suíça (SNB, na sigla em inglês), o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) se uniram na iniciativa.

Ela busca garantir a liquidez por meio de acordos já existentes de linhas de swap, explica o comunicado do BCE.

A fim de garantir a eficácia dessas linhas de swap para prover financiamento em dólar, os bancos centrais que atualmente oferecem operações em dólar concordaram em elevar a frequência de suas operações com vencimento de 7 dias, de semanais para diárias, até ao menos o fim de abril.

O comunicado qualifica a iniciativa como um instrumento importante para reduzir pressões nos mercados de financiamento global, “ajudando portanto a mitigar o efeito dessas tensões na oferta de crédito para famílias e empresas”. (AE)

10h09 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em leve alta nesta segunda-feira. O índice sobe 0,23%, aos 102.220 pontos. Na sexta-feira, a Bolsa perdeu 1,40%, aos 101.981 pontos, depois de oscilar entre 101.663 pontos e 103.433 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 34,1 bilhões.

Com isso, o referencial brasileiro acumulou queda de 1,58% na semana. Em março, as perdas chegam a 2,81% e no ano, 7,07%.

Já o dólar inverteu a direção e neste momento recua 0,64%, vendido a R$ 5,24.

9h10 O dólar iniciou a semana em alta com os investidores monitorando a crise no sistema financeiro no mundo.

A moeda americana sobe levemente a 0,09%, vendido a R$ 5,2752. Na sexta-feira, a divisa fechou em alta de 0,59%, cotada a R$ 5,2700. 

Com o resultado, a moeda fechou a semana com um avanço de 1,20%. No mês, acumula alta de 0,86%, enquanto no ano ainda tem perdas de 0,15%.

No domingo, o banco UBS (UBS) anunciou a compra do Credit Suisse por US$ 3,25 bilhões, em uma transação com troca de ações, informou o Financial Times, citando fontes com conhecimento direto da transação.

A combinação dos dois arquirrivais suíços vai resultar em um banco com mais de US$ 5 trilhões em ativos totais espalhados pelo mundo.

Será o terceiro maior da Europa neste segmento, e o 11º no ranking mundial de gestão de recursos de terceiros, segundo estimativa do próprio UBS.

O Credit Suisse aceitou a proposta e os acionistas receberão uma ação do UBS para cada 22,48 ações do Credit Suisse. A ação do Credit Suisse foi avaliada em 0,76 francos.

Por aqui, os investidores também aguardam a divulgação das novas regras fiscais que para substituir o Teto de Gastos. A expectativa é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresente o novo arcabouço fiscal antes de sua viagem à China.

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