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Vale e Petrobras pesam e Bolsa cai mais de 1%; dólar fecha a R$ 5,04

A Bolsa perdeu 1.72%, aos 110.140 pontos, depois de oscilar entre 109.746 e 112.943 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 30,2 bilhões

Gráfico do mercado financeiro

Mesmo sem surpresas, decisão sobre juros nos Estados Unidos e Brasil movimentaram o mercado | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa foi pressionado pelas empresas ligadas às commodities e fechou em queda firme nesta quinta-feira.

Vale e Petrobras, que têm grande participação no índice, foram um dos papéis que perderam mais de 4% nesta sessão. A mineradora despencou 4,78% e a estatal 4,63% (PETR4) e 4,64% (PETR3).

Com isso, a Bolsa perdeu 1.72%, aos 110.140 pontos, depois de oscilar entre 109.746 e 112.943 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 30,2 bilhões.

O desempenho neste pregão levou o referencial brasileiro a acumular queda de 1,94% na semana e alta de 0,37% no ano.

“Os principais destaques estão no setor de commodities, com a queda dos preços do minério de ferro e isso afetou o setor de siderurgia, principalmente a Vale”, disse, Apolo Duarte, da AVG Capital. “Isso acaba impactando também outras commodities ligadas a petróleo contaminadas por conta dessa realização do minério. Vemos quedas mais fortes nas empresas de petróleo e celulose por conta disto.”

O contrato futuro de minério de ferro mais negociado, para entrega em maio, na Dalian Commodity Exchange da China encerrou o dia com queda de 3,3%, a 841,50 yuans (US$ 125,29) a tonelada.

Entre os piores desempenhos do dia, as empresas siderúrgicas lideram as perdas. Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) caiu 5,51%, CSN Mineração, 6,74% e Usiminas, 5,47%. Completam a lista a BRF, que despencou 7,70%, e a Braskem, com recuo de 5,42%.

No lado positivo, o destaque ficou com empresas ligadas à economia interna. Gol e Azul subiram, 13,52% e 7,58%, respectivamente. Locaweb, que avançou 4,11%, Cielo, com evolução de 3.50% e Via Varejo, que cresceu 3,83%, completam a lista de melhores desempenhos.

17h42 O petróleo fechou em baixa nesta quinta-feira, 2, estendendo as perdas da quarta-feira, pressionado pelo fortalecimento do dólar após decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) no período da manhã desta quinta. Além disso, as perspectivas de recessão em economias desenvolvidas seguem impactando os negócios.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em baixa de 0,69% (US$ 0,53), a US$ 75,88 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 0,81% (US$ 0,67), a US$ 82,17 o barril. (AE)

17h Após ficar boa parte do pregão abaixo dos R$ 5, o dólar fechou em queda de 0,30%, vendido a R$ 5,04, depois de oscilar entre R$ 4,94 e R$ 5,05. Com o resultado deste pregão, a moeda americana acumula perda de 1,29% na semana, 0,55% no mês e 4,42% no ano. A Bolsa volta a acentuar perdas e opera abaixo de 110 mil pontos. Ibovespa recua 1,53%, aos 110.354 pontos.

16h05 Em mensagem presidencial de início do ano legislativo, o governo afirma que irá construir um novo regime fiscal ao País. Ao citar o avanço da reforma tributária, a mensagem destaca que novas regras fiscais terão previsibilidade e credibilidade.

“Vamos construir um novo regime fiscal para o Brasil. Ainda no primeiro semestre, antes mesmo da data prevista na Emenda Constitucional nº 126, de 2022, submeteremos à apreciação do Congresso Nacional novas regras fiscais que assegurem previsibilidade e credibilidade ao nosso País”, anuncia a nota assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. (AE)

16h Ibovespa acentua a queda e recua 1,11%, aos 110.907 pontos. Vale, siderúrgicas e Petrobras seguem em queda firme. Mineradora perde 4,10%, CSN, 4,16%, CSN Mineração, 4,68% e Usiminas cai 3,92%. Já a estatal se desvaloriza 3,23% (PETR4).

15h43 Dólar diminui o ritmo de queda, mas ainda opera perto dos R$ 5. A moeda americana recua 0,67%, vendida a R$ 5,02. Bolsa cai 0,77%, aos 111.215 pontos.

14h53 Após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 2, que não é possível aprovar uma reforma tributária em menos de seis meses. Por isso, segundo ela, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, que precisa ser enviada pela equipe econômica ao Congresso até abril, não deve levar em conta eventuais mudanças no modelo de tributação do País.

“A reforma tributária é um processo que começa agora, mas a gente está, mais ou menos, definindo alguma coisa em torno de seis meses. Não dá para falar em uma reforma tributária em menos tempo que isso”, disse Tebet, a jornalistas. “Então, não dá para apresentar uma LDO pensando numa reforma tributária que ainda nem começou a tramitar”, emendou. (AE)

14h37 As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, 2, após o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) elevarem juros em 50 pontos-base, dentro do esperado pelo mercado. Além disso, comentários de dirigentes de ambas as instituições continuam reforçando que o aperto monetário deve continuar.

O BoE decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 4%. Em seguida, o presidente da instituição Andrew Bailey advertiu que os “riscos seguem altos” e que o BC inglês já “fez bastante com a taxa de juros, mas é muito cedo para declarar vitória”.

O BCE, por sua vez, seguiu o mesmo caminho e também optou por 0,5 porcentual: a taxa de refinanciamento passará de 2,50% a 3%, a de depósitos, de 2% a 2,50%, e a de empréstimos, de 2,75% a 3,25%.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,76% a 7.820,16 pontos. Já o índice DAX, em Frankfurt, teve alta de 2,16%, a 15.509,19 pontos – no maior nível em um ano.

O CAC 40, em Paris, avançou 1,26%, a 7.166,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,49%, a 27.100,62 pontos. Papéis da Telecom saltaram 8,70%, após a empresa anunciar que recebeu uma proposta da gestora americana KKR por uma participação na sua unidade de infraestrutura e gestão de telefonia fixa.

Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,53%, a 9.237,20 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,85%, a 5.957,07 pontos. As cotações são preliminares. (AE)

14h14 Bolsa recua mas em ritmo menor. Ibovespa cai 0,69%, aos 111.302 pontos. Dólar segue em queda e ronda os R$ 5. Moeda americana 0,99%, vendido a R$ 5. A divisa chegou a se desvalorizar frente ao real mais de 1%, sendo cotada abaixo deste patamar.

14h03 A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que a instituição pretende elevar seus juros em mais 50 pontos-base (pb) na reunião de março, ratificando o comunicado da decisão de política monetária anunciada nesta quinta-feira, 2.

Em coletiva de imprensa, Lagarde disse esperar que a atividade econômica na zona do euro permaneça fraca no curto prazo, embora esteja provando ser mais resistente do que se imaginava.

Ela comentou também que as restrições de oferta estão diminuindo de forma constante.

Christine Lagarde disse ainda que as pressões de preços permanecem fortes, em parte por causa da alta dos custos de energia, mas ressaltou que os preços de energia deverão subir menos do que foi previsto em dezembro. Segundo ela, as políticas fiscais podem intensificar as pressões inflacionárias. (AE)

13h33 Dólar reduz as perdas, mas opera perto dos R$ 5. Moeda americana recua 0,91%, vendido a R$ 5. Já a Bolsa se mantém no patamar de 111 mil pontos, em queda de 0,81%, aos 111.169 pontos. Vale e siderúrgicas têm dia de realizações. Mineradora recua 3,70%, CSN, 4,97%, Gerdau, 3,74%, Usiminas, 3,80%.

12h03 Bolsa inverte a rota e passa a cair. Ibovespa recua 0,82%, aos 111.115 pontos. O mau desempenho do índice é reflexo das perdas da Vale e siderúrgicas que despencam nesta primeira metade da sessão. A mineradora cai 3,84%, Gerdau, 3,49%, CSN, 4,21%, CSN Mineração, 3,93% e Usiminas, 3,80%.

Já o dólar se mantém em queda e é cotado abaixo de R$ 5. A moeda americana recua 1,12%, vendido a R$ 4,99, o menor valor desde junho de 2022.

11h31 Após realizar novo pedido à Justiça que sinaliza nova recuperação judicial, a Oi derrete na Bolsa. A ação da companhia recuava 20,47%. A empresa saiu da primeira RJ em dezembro do ano passado, mas alegou que não conseguiria pagar R$ 600 milhões devidos aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que desencadearia a aceleração de quase todas as suas dívidas financeiras.

11h18 Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram 3 mil na semana encerrada em 28 de janeiro, para 183 mil, segundo dados com ajustes sazonais divulgados nesta quinta-feira, 2, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou bem abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 195 mil solicitações.

O total de pedidos da semana anterior não sofreu revisão e foi confirmado em 186 mil.

Já o número de pedidos continuados mostrou queda de 11 mil na semana encerrada em 21 de janeiro, a 1,655 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso. (AE)

10h56 Moeda americana segue em trajetória de queda firme. Dólar recua 1,62%, vendido a R$ 4,97. A Bolsa sobe 0,44%, aos 112.568 pontos.

10h34 Dólar aprofunda a queda e recua mais de 2%. Moeda americana é vendida a R$ 4,95 em baixa de 2,07%. Já a Bolsa inverteu o sentido e opera no azul. O Ibovespa sobe 0,72%, aos 112.875 pontos.

10h11 O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 4%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, 2, como previsto pela maioria dos analistas. Em comunicado, o BC inglês disse que a decisão sobre a alta do juro básico foi por 7 votos a favor e 2 contra. Os dirigentes contrários, Swati Dhingra e Silvana Tenreyro, votaram pela manutenção da taxa em 3,5%.

O BoE avaliou que novo aperto da política monetária será necessário se houver evidências de “mais pressões persistentes”. O BC inglês também previu que o PIB do Reino Unido irá se contrair por cinco trimestres seguidos, a partir deste primeiro trimestre, mas melhorou suas projeções para 2023 e 2024. O BoE agora espera que o PIB britânico encolha 0,5% este ano e diminua 0,25% no próximo. Anteriormente, as previsões eram de quedas de 1,5% em 2023 e de 1% em 2024. (AE)

10h05 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda nesta quinta-feira. A Bolsa recua 0,17%, aos 111.880 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro caiu 1,20%, aos 112.073 pontos, depois de oscilar entre 110.729 e 113.597 pontos. O volume dos negócios da sessão foi de R$ 32,4 bilhões. Com o resultado desta sessão, o índice acumula queda de 0,22% na semana. Dólar se mantém no campo negativo e recua 0,97%, vendido a R$ 5.

9h10 O dólar abriu em queda forte e retorna ao patamar dos R$ 5, após as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos não surpreenderem o mercado.

A moeda americana recua 0,71%, vendida a R$ 5,01. No dia anterior, a divisa recuou 0,25%, cotada a R$ 5,06. Com o resultado, a moeda passou a acumular perda de 0,99% na semana, 0,25% no mês e 4,12% no ano.

Os investidores repercutem a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de elevar a taxa do país em 0,25 pontos percentuais.

Com isso, o intervalo dos juros no país será, a partir de agora, de 4,50% a 4,75% ao ano. Esta é a sexta alta dos juros seguida da autoridade monetária.

Em nota, o Fed ressaltou que os indicadores recentes apontam crescimento modesto do gasto e da produção. “Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação diminuiu um pouco, mas continua elevada”, informou a autoridade.

Segundo o documento, a guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades econômicas e está contribuindo para aumentar a incerteza global. “O Comitê antecipa que os aumentos em curso nos juros serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo.”

No cenário local, o mercado avalia a manutenção dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 13,755 ao ano.

Em nota, o Copom informou que a conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária.

 “O Comitê avalia que tal conjuntura eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas”, informou.

Segundo a entidade, a decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.”

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