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Ibovespa recua firme com mais um ruído político; dólar sobe a R$ 5,27

A Bolsa perdeu 1,77%, aos 108.008 pontos, depois de oscilar entre 107.766 e 110.045 pontos; o volume dos negócios foi de R$ 23,8 bilhões

Gráfico do mercado financeiro

Inflação no Brasil e política estiveram no radar dos investidores esta sessão | Foto: Getty Images

Fechamento: Em mais um ruído político, agora com a possibilidade mudança nas metas da inflação, o Ibovespa teve um dia de perdas consideráveis.

A Bolsa fechou em queda firme de 1,77%, aos 108.008 pontos, depois de oscilar entre 107.766 e 110.045 pontos. O volume dos negócios foi de R$ 23,8 bilhões.

Com o resultado, o índice acumula perda de 1,57% ao ano e 4,78% em fevereiro. Na semana, o referencial brasileiro recua 0,47%.

Segundo Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos, a possibilidade do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter sinalizado ao governo uma possível alteração na meta de inflação para 2023, que sairia de 3,25% para 3,50%, mexeu com o mercado. Alves ressalta que a provável mudança seria proposta já na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (Copom), prevista para 16 de fevereiro.

“A mudança que parece “singela”, mas na prática, estressa a curva de juros futuros, com o DI aumentando, faz o dólar subir”, disse Alves. “Tudo isso tem incomodado e gerado duras críticas por parte do governo, que está de certa forma iniciando um processo de fritura do Campos Neto, colocando em xeque até a independência do Banco Central.”

Entre as maiores quedas do dia, as ações de empresas ligadas à economia doméstica e mais sensíveis aos juros e à inflação, forma os destaques. A Azul, por exemplo, despencou 11,39%. O Grupo Soma, com perdas de 8,29%, a Petz, que perdeu 6,34%, a Gerdau, que se desvalorizou 7,90% e a sua coligada, Metalúrgica Gerdau, 7,66%, completam a lista.

“São empresas que dependem do consumo interno, o qual continuará sofrendo pelos juros altos, e principalmente pela inflação que voltou a assombrar o mercado, e a corroer o poder de compra da população”, disse Alves.

Hoje, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro que acima do esperado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços no mês passado subiram 0,53%, o consenso era de desaceleração de 0,57%. Em dezembro, a inflação, medida pelo IPCA, foi de 0,62%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA avança 5,77%, ante 5,82% estimados pelo mercado. Em dezembro, o indicador somava 5,79%.

No lado positivo, os destaques foram Natura, que cresceu 1,46%, Pão de Açúcar, com alta de 1,55%, WEG, que subiu 1,09%, Suzano, que se valorizou 0,48% e Klabin, com ganhos de 0,10%.

17h29 O volume financeiro investido pelo brasileiro cresceu 11,7% em dezembro de 2022 ante igual período do ano anterior e chegou a R$ 5,054 trilhões investidos. Os números são de levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O varejo tradicional respondia por R$ 1,91 bilhão desse patrimônio líquido (PL) total; o varejo alta renda, R$ 1,42 bilhão; e o segmento private, R$ 1,72 bilhão.

O volume financeiro investido pelo brasileiro cresceu 11,7% em dezembro de 2022 ante igual período do ano anterior e chegou a R$ 5,054 trilhões investidos. Os números são de levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O varejo tradicional respondia por R$ 1,91 bilhão desse patrimônio líquido (PL) total; o varejo alta renda, R$ 1,42 bilhão; e o segmento private, R$ 1,72 bilhão. (AE)

17h22 Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda, à medida que novas preocupações surgem sobre a demanda chinesa e cenário econômico dos Estados Unidos e Europa, que podem enfrentar desaceleração no crescimento.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em queda de 0,52% (US$ 0,41), a US$ 78,06 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,69% (US$ 0,59), a US$ 84,50 o barril. (AE)

17h13 O contrato futuro do ouro fechou em baixa, ante cautela sobre sinais de demanda na China. Além disso, investidores estão de olho no cenário econômico dos Estados Unidos, frente a expectativas de novos aumentos nas taxas de juros para controlar a inflação, o que prejudica negociações da commodity.

Segundo análise da TD Securities, as liquidações do ouro em Xangai levaram a divisa da commodity a níveis abaixo da média em comparação ao ano passado, sugerindo que o ritmo de venda pode diminuir e apresentar cautela nas negociações durante as próximas semanas.

Em relatório a clientes, a Sucden Financial observou que a recuperação chinesa está se desenvolvendo mais lentamente do que os mercados originalmente anteciparam. (AE)

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega marcada para abril encerrou a sessão com recuo de 0,64%, a US$ 1.878,50 a onça-troy.

17h Dólar fecha em alta firme de 1,58%, vendido a R$ 5,27, depois de oscilar entre R$ 5,17 e R$ 5,27. Com o resultado desta sessão, a divisa acumula alta de 4% no mês e de 2,52% na semana. No ano, a moeda americana zerou os ganhos obtidos até o pregão de ontem e recua 0,02%. Já a Bolsa segue no campo negativo. O Ibovespa perde 1,62%, aos 108.157 pontos.

16h32 Ibovespa segue em queda firme de quase 2%. Bolsa perde 1,54%, aos 108.256 pontos. Dólar se mantém em alta e sobe 1,33%, vendido a R$ 5,27.

15h28 O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, voltou a negar a existência de qualquer ruído entre o governo federal e o Banco Central. De acordo com o articulador político do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o debate sobre reduzir a taxa de juros no País, protagonizado pela cúpula petista, é algo garantido pela lei de autonomia do BC.

“Lula traz uma discussão que não só ele traz, empresários trazem, analistas econômicos. Por que o Brasil tem que ter taxa de juros tão elevada quando comparada com o resto do mundo?”, afirmou em entrevista à CNN Brasil. “Esse debate é válido”, acrescentou, reiterando que o governo não tem a ideia de reverter a autonomia.

Padilha também descartou novamente que haja pressão sobre o BC. “É um debate público”, avaliou. “Reduzir juros é um tema do país”, complementou. “A própria lei da independência do BC estabelece objetivos claros: o BC tem que fomentar o pleno emprego, garantir a estabilidade econômica, suavizar flutuações na atividade econômica e eficiência no sistema financeiro. A lei traz mecanismos para que quem esteja no BC, presidente e diretores, possa prestar contas à sociedade, à imprensa; um dos mecanismos de prestação de contas é vir ao Congresso Nacional”, seguiu, destacando que os compromissos do BC precisam ser perseguidos.

De acordo com Padilha, há diálogo entre as duas partes – governo e BC – e a prova de que não haveria ruído seria a ata do Copom reconhecendo a melhora do cenário fiscal se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguir aprovar seu pacote econômico. (AE)

15h20 Dólar segue em trajetória de alta e avança 0,795, vendido a R$ 5,24. Bolsa aprofunda perda e recua 1,32%, aos 108.504 pontos.

15h O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Alemanha (Bundesbank), Joachim Nagel, afirmou nesta quinta-feira, 9, que é necessária uma ação de política monetária decisiva para reduzir o risco de um desencaixe das expectativas de inflação de longo prazo.

Em evento, o banqueiro central reafirmou que são necessários “mais passos nas taxas de juros”. (AE)

14h17 Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta quinta-feira, 9, após dado indicar aceleração da inflação alemã em ritmo aquém do esperado. Investidores também reagiram a balanços corporativos de grandes empresas na região.

O índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,72%, a 15.523,42 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,96%, a 7.188,36 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, subiu 1,26%, a 27.503,75 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 se elevou 0,25%, a 9.250,50 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,39%, a 5.926,73 pontos. As cotações são preliminares.

Em Londres, o FTSE 100, fechou em alta de 0,33% a 7.911,15 pontos. Na visão da CMC Markets, a alta do índice foi motivada pelos resultados da AstraZeneca do quarto trimestre de 2022, que indicaram que a empresa reverteu o prejuízo ante mesmo período em 2021. A empresa teve alta de mais de 4%.

Segundo análise da CMC Markets, as bolsas também foram impulsionadas pela publicação da inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha em janeiro, que, apesar de ter acelerado, subiu menos que o esperado por analistas. Entretanto, o dado, divulgado com uma semana de atraso, deverá fazer com que o CPI da zona do euro seja revisado para cima, segundo análises da consultoria Capital Economics e do banco ING. (AE)

14h14 Ibovespa segue no vermelhor e recua firme. Bolsa cai 1,14%, aos 108.700 pontos. Dólar acelera alta e é vendido a R$ 5,24. Moeda americana cresce 0,84%.

12h30 Dólar segue acelerado diante das especulações de que o Banco Central (BC) estuda rever as metas de inflação. Nos últimos dias, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vinha questionando a atual taxa de juros e as metas estipuladas pelo BC. Se isso realmente ocorrer, é um aceno da autoridade monetária de que pode ceder às investidas de Lula. A moeda americana sobe 1,08%, vendida a R$ 5,25. Já o Ibovespa recua 0,91%, aos 108.955 pontos.

12h Ibovespa aprofunda queda e perde os 109 mil pontos. Bolsa recua forte 1,19%, aos 108.645 pontos. Já o dólar acelera alta e sobe 1,38%, vendido a R$ 5,27.

11h33 Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos tiveram alta de 13 mil na semana encerrada em 4 de fevereiro, para 196 mil, segundo dados com ajustes sazonais divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Departamento do Trabalho do país.

O resultado ficou acima da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 190 mil solicitações.

O total de pedidos da semana anterior não sofreu revisão e foi confirmado em 183 mil.

Já o número de pedidos continuados mostrou avanço de 38 mil na semana encerrada em 28 de janeiro, a 1,688 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.

Com esse resultado do indicador, as bolsas americanas operam no azul. Dow Jones sobe 0,70%, S&P500, 0,81% e Nasdaq, 1,21%. (AE)

11h20 Ibovespa aprofunda queda e recua 0,61%, aos 109.191 pontos. Dólar passa a operar em alta, vendido a R$ 5,21.

11h02 Dólar opera no terreno negativo e recua 0,34%, vendido a R$ 5,18. Já Ibovespa diminui o ritmo de baixa e recua 0,04%, aos 109.908 pontos. Vale e Gerdau pressionam o índice para o vermelho, enquanto a Petrobras dá força para a Bolsa. Mineradora recua 0,12% e a siderúrgica despenca 5.20%. Já a estatal sobe 0,61%.

10h40 As vendas do comércio varejista caíram 2,6% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número ficou perto do piso das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que iam de queda de 2,9% a alta de 1,1%, com mediana de -0,8%.

Na comparação com dezembro de 2021, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 0,4% em dezembro. Nesse caso, a mediana indicava avanço de 2,7% das vendas do setor, com as estimativas indo de queda de 0,2% a alta de 8,3%. (AE)

10h21 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda moderada nesta sessão. O índice recua 0,23%, aos 109.699 pontos. No dia anterior, a Bolsa subiu 1,97%, aos 109.951 pontos, depois de oscilar entre 107.830 e 110.175 pontos. O volume financeiro foi de R$ 24,56 bilhões. Com o resultado desta sessão, o índice acumula ganhos de 0,20% ao ano e queda de 3,07% em fevereiro. Já o dólar se opera em estabilidade em leve alta de 0,04%, vendido a R$ 5,20.

9h30 O dólar opera em alta nesta quinta-feira, depois de abrir em quase estabilidade em leve queda com o alívio dos ruídos políticos do dia anterior. A virada ocorreu após a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), vir pouco acima do esperado pelo mercado.

A moeda americana opera em alta de 0,23%, vendida a R$ 5,21.  No dia anterior, a divisa fechou também estável com leve queda de 0,06%, cotada a R$ 5,19. Com o resultado, o dólar acumula alta de 2,42% no mês e de 0,94% na semana. No ano, no entanto, tem queda de 1,56%.

Além do alívio das tensões políticas, os investidores analisam os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro que veio acima do esperado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços no mês passado subiram 0,53%, o consenso era de desaceleração de 0,57%. Em dezembro, a inflação, medida pelo IPCA, foi de 0,62%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA avança 5,77%, ante 5,82% estimados pelo mercado. Em dezembro, o indicador somava 5,79%.

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