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Socorro a banco americano alivia o mercado e dá força para a Bolsa fechar no azul

A Bolsa ganhou 0,74%, aos 103.434 pontos, depois de oscilar entre 102.454 e 103.911 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 26,4 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Investidores ficaram atentos aos desdobramentos da crise desencadeada pela quebra dos bancos americanos no mundo | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em alta após o socorro dos bancos americanos que deve impedir que a crise financeira se alastre pelo resto do mundo.

A Bolsa ganhou 0,74%, aos 103.434 pontos, depois de oscilar entre 102.454 e 103.911 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 26,4 bilhões.

Com o resultado da sessão, o referencial brasileiro acumula queda de 0,18% na semana. Em março, as perdas chegam a 1,43% e no ano, 5,74%.

O dólar também foi afetado pelo socorro dos bancos nesta quinta-feira. A moeda americana se desvalorizou 1,03% e foi cotada a R$ 5,23 depois de tocar os R$ 5,31. A divisa passou a acumular ganho de 0,28% no mês. No ano, o dólar recua 0,74%.

O alívio no mercado veio no final do dia, quando Morgan Stanley e JPMorgan, em conjunto com mais 9 bancos, anunciaram o socorro de US$ 30 bilhões no capital no First Republic Bank.

Em nota, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) disse que o apoio das instituições demonstra a resiliência do setor bancário dos Estados Unidos.

O apoio dos grandes bancos fez com que os investidores aumentassem o apetite ao risco e puxou as bolsas americanas para o campo positivo. Dow Jones ganhou 1,17%, S&P500, 1,76% e Nasdaq, 2,48%.

Por aqui, a nova regra fiscal, que deve ser apresentada antes da viagem presidencial à China, deu mais otimismo ao mercado e apoiou a alta do Ibovespa.

“Um arcabouço fiscal que limite as despesas será muito bom, pois o maior problema do Brasil está no fiscal e um controle de despesas maior é necessário para colocar as contas em dia. Mas não acreditamos que o arcabouço deva ter uma grande limitação de despesas”, disse André Fernandes, da A7 Capital.

Com isso, as ações ligadas à economia local foram as que mais se destacaram nesta sessão. Locaweb subiu 13,04%, Petz, 8,08%, CVC, 8,14%, Meliuz, 4,85% e Natura, 3,99%.

No lado negativo, os papéis que mais perderam foram Taesa, com queda de 4,03%, Eneva, 3,07%, Via Varejo, 2,83%, Assaí, 2,93% e Rede D’Or, 2,19%.

16h40 Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em alta nesta quinta, 16, em sessão volátil e recuperando parte das fortes perdas de ontem, seguindo a volta do apetite por risco em Wall Street após o arrefecimento das preocupações quanto ao setor bancário.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril de 2023 fechou em alta de 1,09% (US$ 0,74), a US$ 68,35 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,37% (US$ 1,01), a US$ 74,70 o barril.

O petróleo virou para o positivo e se fixou em alta, após reportagem do The Wall Street Journal indicar que Morgan Stanley e JPMorgan estariam em negociação por um possível pacote de injeção de capital no First Republic Bank, aumentando o apetite de risco por Nova York e estimulando a alta de commodities.

No final do pregão estes bancos, em conjunto com o Citi e o Bank of American (Bofa), informaram que irão depositar US$ 30 bilhões no First Republic Bank. (AE)

16h33 A Bolsa se mantém no azul e sobe 0,94%, aos 103.643 pontos. Dólar recua 0,89%, vendido a R$ 5,24.

15h12 O contrato mais líquido do ouro fechou nesta quinta-feira, 16, em queda, após ter registrado alta significativa ontem, pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e de olho nas expectativas de que o Federal Reserve (Fed) deverá aumentar suas taxas de juros em 25 pontos-base (pb).

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril fechou em queda de 0,49%, a US$ 1.923,00 por onça-troy.

Na visão do Commerzbank, após a “montanha-russa” dos preços da commodity devido às expectativas igualmente flutuantes das taxas de juros do Federal Reserve (Fed), “o desenvolvimento adicional do ouro depende muito de se e com que rapidez a turbulência do mercado diminui e o Fed é capaz de aumentar ainda mais suas taxas de juros”. (AE)

15h08 Ibovespa acelera alta e sobe mais de 1%. Índice avança 1,07%, aos 103.740 pontos. Dólar segue no terreno negativo e se desvaloriza 0,40%. vendido a R$ 5,26.

14h24 As bolsas da Europa fecharam nesta quinta-feira, 16, em alta, seguindo as interpretações do mercado de que o BC europeu poderá ser mais brando na próxima decisão de política monetária, após a alta de juros de hoje. Também ajudaram os negócios a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, de que não há crise de liquidez nas instituições bancárias, e a notícia de que o Credit Suisse aceitou ajuda do BC da Suíça, após turbulência ontem.

Em Londres, o FTSE 100, fechou em alta de 0,89%, em 7.410,03 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou com ganho de 1,57%%, a 14.967,10 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 2,03%, a 7.025,72 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,38%, em 25.918,76 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,50%, a 8.890,20 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,91%, a 5.865,99 pontos. (AE)

14h18 A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que uma das razões para o governo norte-americano ter decidido intervir nos bancos que quebraram foi por reconhecer que poderia haver contágio.

“Outros bancos poderiam ser vítimas de corridas como essas, o que certamente é algo que queremos evitar”, afirmou, durante sabatina no Comitê de Finanças do Senado dos EUA.

Yellen disse que será necessário analisar o que desencadeou a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank e reavaliar se as regras e supervisões existentes são apropriadas para resolver o risco que os bancos encaram hoje. (AE)

14h12 Dólar muda a direção novamente e volta a cair. Moeda americana se desvaloriza 0,45% vendida a R$ 5,26. Ibovespa se mantém em alta e ganha 0,98%, aos 103.678 pontos.

12h17 A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reconheceu que houve divergências na decisão de subir juros em 50 pontos-base (pb) nesta quinta-feira, 16. Em entrevista coletiva de imprensa, Lagarde informou que “três ou quatro” dirigentes não apoiaram a definição da política monetária.

Com a decisão, a taxa de refinanciamento do BCE passará de 3% a 3,50%, a de depósitos, de 2,50% a 3%, e a de empréstimos, de 3,25% a 3,75%.

Segundo a banqueira central, os dissidentes queriam mais tempo para entender o desenrolar das turbulências no setor bancário global, alimentadas pela quebra de bancos regionais americanos e as incertezas quanto ao Credit Suisse.

Apesar disso, ela explicou que “nenhuma outra opção para juros foi proposta”. “A grande maioria dos dirigentes apoiou decisão de juros de hoje”, ressaltou.

Em meio a incertezas sobre a saúde de bancos, a presidente do Banco Central Europeu assegurou que não enxerga um cenário de crise de liquidez, mas reforçou que a autoridade monetária está “pronta para agir” se o quadro geral assim exigir.

Ela acrescentou que o setor bancário está em posição mais forte do que em 2008, quando a quebra do Lehman Brothers disseminou uma crise financeira a nível mundial.

A presidente do Banco Central Europeu alertou nesta quinta-feira que as “tensões elevadas” nos mercados financeiros podem apertar as condições de crédito e prejudicar a confiança. “Estamos monitorando de perto as atuais tensões do mercado e estamos prontos para responder conforme necessário para preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na área do euro”, afirmou. (AE)

12h12 Referencial brasileiro opera com ganhos e retoma os 103 mil pontos. Bolsa sobe 0,49%, aos 103.160 pontos. Já o dólar sobe e toca os R$ 5,30. Moeda americana avança 0,31%.

11h15 O Ibovespa segue em alta neste momento. A Bolsa ganha 0,17%, aos 102.833 pontos. Já o dólar mudou a direção e passa a subir levemente. A moeda americana evolui 0,12%, vendida a R$ 5,29

11h14 O Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar suas principais taxas de juros em 50 pontos-base (pb), após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, 16, como já havia sinalizado no começo do mês passado, apesar de recentes incertezas no sistema bancário global.

Com a decisão, a taxa de refinanciamento do BCE passará de 3% a 3,50%, a de depósitos, de 2,50% a 3%, e a de empréstimos, de 3,25% a 3,75%.

Em comunicado, o BCE avaliou que o “elevado nível de incertezas” reforça a importância de se usar uma abordagem dependente de dados econômicos.

O BCE também afirmou estar monitorando de perto as atuais tensões nos mercados e garantiu estar disposto a agir, se necessário. “O setor bancário da zona do euro é resiliente, com fortes posições de capital e liquidez”, disse a autoridade monetária. (AE)

10h09 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em leve alta esta quinta-feira. A Bolsa sobe 0,35%, aos 103.034 pontos. No dia anterior, o índice fechou em queda de 0,25%, aos 102.675 pontos, depois de oscilar entre 100.692 e 103,048 pontos. O volume financeiro foi de R$ 28,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa cai 0,91%; no mês cede 2,15% e, no ano, perde 6,43%.

Já o dólar reduz o ritmo de queda e recua 0,12%, vendido a R$ 5,28.

9h15 O dólar abre em queda nesta quinta-feira após escalada na véspera. A moeda americana opera em baixa de 0,32%, vendida a R$ 5,27.

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,70%, cotada a R$ 5,2932. Com o resultado, a moeda passou a acumular altas de 1,31% no mês e de 0,29% no ano.

Os investidores se voltam nesta quinta-feira para a Europa, com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre juros. Há dúvidas se o BCE cumprirá o divulgado de aumentar em 0,5 ponto percentual a taxa do bloco diante das preocupações com o contágio da quebra dos bancos americanos.

O mercado teve um dia de tensão na quarta-feira, frente à possibilidade de o Credit Suisse enfrentar uma crise de liquidez, que poderia contaminar o sistema financeiro internacional.  ações do banco chegaram a perder 30% de seu valor depois que o seu principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), descartou a hipótese de oferecer mais ajuda à instituição, que enfrenta sérias dificuldades desde o ano passado.

Diante disso, o banco anunciou a intenção de acessar uma linha de liquidez adicional fornecida à instituição pelo Banco Nacional da Suíça (SNB, o banco central do país) no valor de até 50 bilhões de francos suíços, ou US$ 53,7 bilhões (R$ 285 bilhões).

O empréstimo foi anunciado por meio de comunicado divulgado na noite da quarta-feira, 15, no horário de Brasília.

Segundo o Credit Suisse, esse reforço de liquidez dará suporte aos principais negócios e clientes do banco, à medida que a instituição toma medidas necessárias para criar um “banco mais simples e focado nas necessidades do cliente”.

O Credit informou que vai comprar de detentores uma parcela de sua dívida, em uma oferta que expira em 22 de março. Uma parte serão de títulos emitidos em dólar, no valor de até US$ 2,5 bilhões, e outra, de papéis emitidos em euros, no montante de até 500 milhões de euros.

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