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Vale e Itaú recuam e puxam Ibovespa para o vermelho; dólar recua

A Bolsa caiu 0,25%, aos 117.552 pontos, depois de oscilar entre 116.659 e 118.011 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 21,80 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Em agenda esvaziada no Brasil, mercado avalia a desaceleração dos preços no mundo e o cenário local | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em queda moderada, pressionada pelo mau desempenho da Vale e do Itaú. A Bolsa caiu 0,25%, aos 117.552 pontos, depois de oscilar entre 116.659 e 118.011 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,80 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula queda de 0,13% na semana e de 0,45% em julho. No ano, o índice sobe 7,12%.

A Vale perdeu 0,25% após os resultados de produção do segundo trimestre. A mineradora informou que aumentou em 6% a produção de minério de ferro na comparação anual, impulsionada por um volume recorde para um segundo trimestre no S11D (situado no município de Canaã dos Carajás, no Pará), seguido pelo sólido desempenho dos complexos Itabira e Vargem Grande, melhorando a qualidade média do portfólio de produtos da companhia.

Já a produção de pelotas aumentou 5% na comparação anual devido à maior produção nas usinas de Tubarão como resultado da maior produção de pellet feed. “Vale recuou após ter divulgado um relatório de produção e vendas que o mercado não gostou muito”, disse, Leandro Petrokas, da Quantzed.

Já o Itaú recuou 1,10% nesta quarta-feira.

O dólar também encerrou o dia no campo negativo, ´pressionado pelo fluxo cambial positivo. A moeda americana recuou 0,48%, vendida a R$ 4785, depois de oscilar entre R$ 4,782 e R$ 4,822.

Até o dia 14 de julho, o Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 18,892 bilhões. No mesmo período do ano passado, havia entrada líquida de US$ 15,259 bilhões. Em 2022, o saldo total foi negativo em US$ 3,233 bilhões. No acumulado do ano até 14 de julho, o canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 12,777 bilhões.

“Juros aqui subiram de forma discreta acompanhando treasuries lá fora. Predominam apostas de alta de 0,25% (99,8% na CME) para a próxima reunião do Federal Reserve, dia 26/07, uma vez que a atividade econômica e o emprego seguem elevados, o que pressiona a inflação nos Estados Unidos. Outro ponto para essa alta seria uma pequena correção na curva, após movimento de queda de praticamente 6 meses”, ressaltou Petrokas.

Com essa alta na curva dos juros, as ações ligadas à economia doméstica foram as que mais perderam neste pregão. Alpargatas caiu 7,01%, Méliuz, 4,27%, Pão de Açúcar, 3,78%, Locaweb, 3,81% e Braskem recuou 3,05%.

No lado positivo, os maiores ganhos foram dos papéis da Weg, que subiu 4,98%, Cielo, 2,58%, 3R Petroleum, 2%, Natura, 2,25% e BRF, 2,74%.

16h21 O petróleo perdeu fôlego no fim do pregão e não sustentou o movimento positivo visto durante quase toda a sessão. No mercado, comenta-se que é esperado um aumento nas exportações russas, ao mesmo tempo em que dados do Departamento de Energia (DoE) dos EUA apontam menor demanda.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 0,49% (US$ 0,37), a US$ 75,29 o barril, enquanto o Brent para igual mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em baixa de 0,21% (US$ 0,17), a US$ 79,46 o barril. (AE)

16h14 O Ibovespa reduz ritmo de queda após a melhora dos papéis da Petrobras. O índice, no entanto, permanece no vermelho. Bolsa cai 0,09%, aos 117.681 pontos. A Petrobras sobe 0,62%. Já a Vale se mantém em queda e perde 0,10% e Itaú, 0,46%.

Já o dólar se firma no campo negativo e se desvaloriza 0,62%, vendido a R$ 4,78.

16h13 O secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, avaliou nesta quarta-feira, 19, que o comportamento das economias de países do bloco europeu, dos Estados Unidos e da China ajuda a construir um cenário “benigno” de preços para o Brasil. Com isso, Mello classificou o cenário brasileiro, do ponto de vista inflacionário, como “positivo”.

Para o secretário, os efeitos de fatores como taxa de câmbio menor e patamar mais baixo também do preço do petróleo têm impactado de forma significativa o IPCA, na variação acumulada em 12 meses, tanto no índice cheio quanto dos núcleos, com “clara tendência de queda”.

“Isso se reflete nas expectativas do IPCA do fim do ano, com aumento expressivo das chances do IPCA terminar dentro da banda superior da meta de inflação. Essa perspectiva não estava no horizonte até alguns meses atrás”, disse Mello em entrevista coletiva de imprensa sobre o novo Boletim Macrofiscal. (AE)

15h30 O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 18,892 bilhões neste ano, até 14 de julho, informou o Banco Central nesta quarta-feira, 19. No mesmo período do ano passado, havia entrada líquida de US$ 15,259 bilhões. Em 2022, o saldo total foi negativo em US$ 3,233 bilhões.

No acumulado do ano até 14 de julho, o canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 12,777 bilhões. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 319,250 bilhões e retiradas no total de US$ 332,027 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. (AE)

14h10 O Ibovespa aprofunda queda com mau desempenho das ações da Vale, Petrobras e bancos. A Bolsa recua 0,68%, aos 116.994 pontos. A mineradora se desvaloriza 0,39%, a estatal, 0,69% (PETR4) e o Itaú, o papel mais negociado do setor financeiro nesta sessão, perde 1,13%, Bradesco, 0,91% e Banco do Brasil, 1,45%.

Já o dólar cai 0,32%, neste momento, vendido a R$ 4,79.

14h09 O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, afirmou que os dividendos a serem distribuídos pela companhia em relação ao desempenho do 2º trimestre já virão sob a nova regra a ser definida nos próximos dias.

“Tudo indica que o dividendo do segundo trimestre já ocorra sob a nova política. Já deve ocorrer com base na nova regra”, disse o executivo nesta quarta-feira, 19, durante café da manhã com jornalistas no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras, o Cenpes.

Segundo Caetano Leite, um grupo de onze técnicos está preparando a nova política e já rodou uma primeira prévia, a qual ele teve acesso. A proposta será apreciada e validada pela diretoria e, em seguida, enviada ao Conselho de Administração. (AE)

11h35 Ibovespa aprofunda queda e perde 0,34%, aos 117.424 pontos. Já o dólar recua 0,44%, vendido a R$ 4,78.

11h30 Apesar de avaliar que o texto da Reforma Tributária aprovado pela Câmara “é uma boa base para discussão”, o secretário Extraordinário do Ministério da Fazenda. Bernard Appy, disse que a emenda incluída de última hora que poderia permitir que Estados criassem um novo tributo deverá ser reavaliada no Senado. Para ele, o texto da emenda não é o ideal.

“A redação, como foi colocada, ficou muito em aberto. Acho que o Senado vai ter que avaliar esse tema, e avaliar se quer manter esse dispositivo, manter com restrição, eliminar e fazer outra alternativa. Da forma como está, está aberto demais, o ideal seria não deixar aberto da forma como está”, disse o economista em entrevista à Rádio CBN sobre a emenda aglutinativa apelidada de “Cavalo de Troia”. (AE)

10h25 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda nesta quarta-feira. A Bolsa perde 0,24%, aos 117.447 pontos. No dia anterior, o índice fechou em baixa de 030%, aos 117.841 pontos, depois de oscilar entre 117.324 e 118.731 pontos. O volume de negócios do dia foi de R$ 19,50 bilhões. Com esta sessão, o Ibovespa acumula perdas de 0,31% em julho. No ano, o referencial brasileiro sobe 7,39%.

Já o dólar inverte o rumo e passa a cair moderadamente. A moeda americana, neste momento, recua 0,08%, vendida a R$ 4,80.

10h As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos caíram 8% em junho na comparação com maio, ao ritmo anualizado de 1,434 milhão, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira (19).

Analistas ouvidos pela FactSet previam queda maior, de 9,4%. O indicador de maio foi revisado para baixo, de 1,63 milhão para 1,49 milhão. Já as permissões para novas obras caíram 3,7%, à taxa anualizada de 1,440 milhão no mês passado. A projeção neste caso era levemente maior, de 1,48 milhão. (AE)

9h20 O dólar abriu em alta nesta quarta-feira, com os investidores de olho nos dados econômicos no mundo. A moeda americana sobe 0,18%, vendida a R$ 4,81.

No dia anterior, a divisa fechou em quase estabilidade em leve queda de 0,05%, cotado a R$ 4,80. Com o resultado desta sessão, o dólar acumula altas de 0,29% na semana e de 0,42% em julho. Já no ano, a moeda recua 8,89%.

Nesta quarta-feira, com agenda esvaziada no Brasil, o destaque é a inflação no Reino Unido. Por lá, os preços subiram 7,9% em junho, o menor nível em mais de um ano.

O indicador veio abaixo das expectativas de mercado, que estimavam uma desaceleração menor, para 8,2% nos 12 meses até junho, ante 8,7% em maio.

O Banco da Inglaterra informou em maio que esperava que a inflação de junho caísse para 7,9%, afastando-se do pico de 41 anos de outubro de 11,1%, mas ainda muito acima de sua meta de 2%.

Por aqui, o mercado repercute a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a reforma da tributação sobre a renda, no dia anterior. Ele afirmou que o governo vai apresentar uma proposta só depois de o Congresso concluir a votação do texto que trata dos impostos sobre o consumo de bens e serviços.

Na semana passada, o ministro havia dito que não iria esperar a conclusão da reforma sobre o consumo – aprovada na Câmara no início do mês e que começará a tramitar no Senado em agosto, após o fim do recesso parlamentar – para enviar a proposta do governo para renda e patrimônio.

“Só depois da aprovação da reforma tributária do consumo, mais para o final do ano”, afirmou Haddad.

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