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Bolsa sobe e dólar fecha abaixo de R$ 5 após dados de inflação nos EUA

A Bolsa fechou em alta de 0,64%, aos 106.889 pontos, depois de oscilar entre 106.216 e 108.277 pontos; o volume financeiro foi de R$ 58,8 bilhões

Painel do mercado financeiro

Mercado analisou os dados de inflação nos EUA e a ata da última reunião do Fed | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa seguiu a tendência de alta dos últimos dias e fechou a quarta-feira no campo positivo. A Bolsa chegou a romper o patamar de 108 mil pontos, logo após a divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, medida pelo CPI. Já o dólar operou durante todo o dia abaixo dos R$ 5.

O índice subiu 0,1% em março, ante consenso de alta de 0,2%. Em fevereiro a evolução da inflação ao consumidor foi de 0,4%. Em 12 meses, a alta do CPI foi de 5%. Em fevereiro, a inflação alcançou 6%.

Já o núcleo do CPI, que exclui gastos com energia, avançou 0,4%, ante alta de 0,5% em fevereiro. Na comparação anual, o núcleo ficou em 5,6% em março ante 5,5% em fevereiro.

Ao final da sessão, no entanto, a Bolsa desacelerou e fechou o dia em alta de 0,64%, aos 106.889 pontos, depois de oscilar entre 106.216 e 108.277 pontos. O volume financeiro foi de R$ 58,8 bilhões.

O desempenho nesta quarta-feira fez o Ibovespa acumular ganhos de 6,02% na semana e de 4,91% em abril. No ano, o referencial recua 2,59%.

Já o dólar fechou o dia em queda firme de 1,31%, vendido a R$ 4,94, depois de oscilar entre R$ 4,91 e R$ 5,01. A divisa fechou neste patamar, pela última vez, no dia 9 de junho.

Com isso, a moeda americana acumula queda de 2,54% em abril e de 6,45% no ano.

“O Ibovespa subiu após a inflação ao consumidor, o CPI dos EUA, desacelerar além do esperado nos EUA, o que indica que o fim do ciclo de alta de juros pode estar próximo. Além disso, a inflação pode estar mais perto de ser controlada, provavelmente sem medidas mais drásticas como um choque de juros mais forte e prolongado, com uma possível eventual alta de 0,25%. Me parece que a próxima alta de 25 p.p deve ser a última do ciclo”, disse Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos.

Entre os destaques positivos do dia tivemos papéis de empresas mais sensíveis à economia local. EcoRodovias subiu 7,87%, Banco do Brasil avançou 7,06%, Banco Pan, 4,19%, Cyrela, 4,27% e Petz, 3,68%.

No lado negativo, Carrefour com queda de 3,60%, Vale, 2,20%, Assaí, 1,63%, Metalúrgica Gerdau, 1,40% e Bradespar, 1,06%.

16h26 O petróleo avançou 2% nesta quarta-feira, 12, em sessão marcada pelo dólar fraco no exterior e apetite por risco renovado após a inflação ao consumidor dos Estados Unidos desacelerar em março. Investidores também acompanharam a publicação da ata da última decisão monetária do Federal Reserve (Fed), divulgada na reta final do pregão.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio avançou 2,12% (US$ 1,73), a US$ 83,26 o barril, enquanto o Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 2,01% (US$ 1,72), a US$ 87,33 o barril. (AE)

15h47 A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) destaca que os dirigentes avaliaram que os desenvolvimentos até agora relativos ao sistema bancário provavelmente levariam a algum enfraquecimento das condições de crédito, já que alguns bancos provavelmente apertariam os padrões de empréstimo em meio ao aumento dos custos de financiamento e maiores preocupações com a liquidez.

Os participantes da reunião observaram que era muito cedo para avaliar com confiança a magnitude do efeito de um aperto de crédito sobre a atividade econômica e a inflação, e que era importante continuar monitorando de perto os desenvolvimentos e atualizar as avaliações dos efeitos reais e esperados do aperto de crédito, segundo a ata divulgada nesta quarta-feira, 12.

Vários dirigentes observaram que os bancos regionais e comunitários, um pequeno número dos quais passaram por estresse significativo, eram importantes para empréstimos a pequenas empresas e empresas de médio porte e estavam fornecendo serviços financeiros essenciais e exclusivos para muitas comunidades e indústrias, diz o documento.

De toda forma, os participantes do encontro concordaram que o sistema bancário dos EUA permaneceu sólido e resiliente na crise, afirma a ata. (AE)

15h25 Ibovespa acelera alta e sobe 1,48%, aos 107.782 pontos. A Bolsa chegou a superar os 108 mil pontos com os dados econômicos favoráveis nos Estados Unidos. Dólar segue vendido a R$ 4,93.

14h54 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu, em reunião com investidores em Washington (EUA) que desde fevereiro o mercado de juros futuros voltou a precificar cortes da taxa Selic – como já havia acontecido entre meados de agosto e novembro de 2022. Nessa época, a expectativa de redução atingiu 0,79 ponto porcentual no horizonte de seis meses.

A avaliação consta da apresentação usada por Campos Neto na reunião promovida pela XP Investimentos, conforme divulgação do BC.

Esse movimento de precificação de queda da taxa Selic se intensificou na terça-feira, 11, após o bom resultado do IPCA – índice de inflação oficial – de março (0,71%), com a curva já apontando para chance de um primeiro corte de juros no Comitê de Política Monetária (Copom) de junho.

Campos Neto destacou que, entre novembro e fevereiro, o mercado precificou alta de juros, que chegou a alcançar 1,26 ponto porcentual em um horizonte de seis meses. Foi em novembro do ano passado, conforme ele, que as expectativas de inflação de longo prazo entraram em trajetória de deterioração após ficarem ancoradas ao longo de 2022. (AE)

14h O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Richmond, Thomas Barkin, afirmou, nesta quarta-feira, que ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir o retorno da inflação à meta de 2% nos Estados Unidos, embora os preços ao consumidor já estejam distantes dos picos registrados no ano passado.

Em entrevista à CNBC, o dirigente advertiu contra “declarar vitória” no processo de combate à inflação.

Segundo ele, a desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI) em março, informada nesta manhã, veio em linha com o esperado.

Barkin, que não vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), ressaltou que há indícios de esfriamento da demanda, entre eles a estagnação nos gastos com cartão de crédito nos últimos meses.

Mesmo assim, a autoridade monetária ainda espera mais sinais de uma queda sustentada da inflação, de acordo com ele.

13h56 As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 12, após a inflação ao consumidor (CPI) desacelerar em ritmo mais forte que o esperado nos Estados Unidos em março. Os ganhos, no entanto, foram moderados pela persistência da expectativa por mais aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Embora o CPI dos EUA tenha recuado ao nível mais baixo em quase dois anos na base anual, o núcleo do indicador, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia, ganhou força.

A avaliação de que a campanha do banco central americano contra a inflação ainda não acabou enfraqueceu o impulso inicial que o indicador havia induzido aos mercados. No fim, o índice DAX, referência na Bolsa de Frankfurt, subiu 0,31%, a 15.703,60 pontos.

Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,50%, a 7.824,84 pontos. Empresas ligadas à produção de commodities foram destaque pelo segundo dia consecutivo na capital britânica, entre elas Glencore (+2,26%) e Antofagasta (+1,48%). Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,09%, a 7.396,94 pontos, mais uma vez no recorde histórico.

Já o índice FTSE MIB, de Milão, encerrou com valorização de 0,38%, a 27.629,34 pontos, com apoio de papéis do setor financeiro. UniCredit avançou 2,54% e Intesa Sanpaolo aumentou 0,67%.

Nas praças ibéricas, o IBEX 35, de Madri, subiu 0,40%, a 9.274,50 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, ganhou 0,20%, a 6.148,92 pontos. Todas as cotações citadas são preliminares. (AE)

13h55 Dólar aprofunda queda e perde 1,56%, vendido a R$ 4,92. Já o Ibovespa sobe forte e rompe a barreira dos 107 mil pontos. Bolsa ganha 1,01%, aos 107.283 pontos.

12h08 Bolsa segue no azul. Ibovespa sobe 0,24%, aos 106.468 pontos. Dólar se mantém vendido a R$ 4,93, em desvalorização de 1,31%.

11h52 Presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey afirmou nesta quarta-feira não acreditar que exista neste momento uma “crise bancária sistêmica”. Em discurso no Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), ele defendeu que se garanta a estabilidade financeira, mas recomendou que a política monetária “leve em conta as condições financeiras, sem ter a instabilidade como um objetivo”.

Bailey defendeu “estruturas robustas” para a formulação de políticas em prol da estabilidade financeira. Em sua fala, ele também lembrou que há uma redução no balanço em andamento pelo BoE, mas considerou que os balanços dos bancos centrais devem permanecer maiores do que no pré-crise, “por questões de estabilidade financeira”. (AE)

Ainda para o dirigente, os testes de estresse no setor bancário são algo “crucial” e não podem ser descartados, mas ele também notou que há dificuldades para calibrar esses exercícios.

11h36 Bolsa desacelera mas se mantém no campo positivo. Ibovespa sobe, neste momento, 0,35%, aos 106.600 pontos. Já o dólar se desavloriza mais de 1% frente ao real. Moeda americana recua 1,42% e é vendida a R$ 4,93.

10h17 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, segue em alta após disparada do dia anterior. O índice sobe 0,70%, aos 106.960 pontos. Na véspera, o Ibovespa subiu 4,29%, aos 106.204 pontos, depois de oscilar entre 101.847 e 106.455 pontos. O volume de negócios foi de R$ 32 bilhões.

O desempenho da Bolsa nesta terça-feira fez com que o índice acumulasse alta de 4,25% em abril. No ano, o referencial brasileiro apresenta queda de 3,21%.

Já o dólar opera abaixo dos R$ 5. Neste momento, a moeda americana se desvaloriza 0,77% frente ao real e é vendida a R$ 4,96.

9h20 O dólar segue a tendência de baixa da véspera e opera em queda nesta quarta-feira. Os investidores estão de olho nos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) divulgados hoje.

O índice subiu 0,1% em março, ante consenso de alta de 0,2%. Em fevereiro a evolução da inflação ao consumidor foi de 0,4%. Em 12 meses, a alta do CPI foi de 5%. Em fevereiro, a inflação alcançou 6%.

Já o núcleo do CPI, que exclui gastos com energia, avançou 0,4%, ante alta de 0,5% em fevereiro. Na comparação anual, o núcleo ficou em 5,6% em março ante 5,5% em fevereiro.

Além disso, ainda hoje, será apresentado a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em que se decidiu pela alta de 0,25 ponto percentual nos juros americanos.

O documento deve trazer pistas sobre a condução da política monetária dos Estados Unidos. Os últimos dados econômicos divulgados, como o do mercado de trabalho, deixaram o mercado mais animado de que o aperto monetário por lá possa ser aliviado nas próximas reuniões.

Com isso, o dólar opera em queda de 0,20%, vendido a R$ 4,99. No dia anterior, a moeda americana fechou em baixa de 1,16% frente ao real, e foi vendida a R$ 5.

A cotação da divisa oscilou entre R$ 4,98 e R$ 5,06. Foi a menor cotação da divisa desde 10 de junho de 2022, quando fechou vendida a R$ 4,98. O dólar acumula queda de 1,23% em abril e de 5,14% no ano.

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