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Entrega de Coronavac pode atrasar, segundo o Butantan

Retomada da produção de vacinas no Instituto depende de insumos importados da China, mas não há previsão de entrega

Vacina

Instituto Butantan aguarda aval da Anvisa para produção e distribuição da Butanvac | Foto: Getty Images

O Instituto Butantan pode não ter mais vacinas para entregar depois de sexta-feira, dia 14, por falta de matéria prima importada da China.

A informação é do diretor do Instituto, Dimas Covas. Ele deu a declaração nesta segunda-feira, 10, quando o Butantan entregou mais 2 milhões de doses da Coronavac ao Programa Nacional de Vacinação.

O Instituto tem mais dois lotes para entregar esta semana: 1 milhão de doses na quarta e 1,1 milhão na sexta. A produção interrompida na última sexta-feira, dia 7, depende da chegada de insumos da China.

Cronograma pode atrasar

A previsão original de 100 milhões de doses até setembro não deve ser cumprida, diante do impasse na importação dos insumos da empresa chinesa Sinovac.

O Governador de São Paulo João Doria disse que apesar de todos os esforços do Butantan, a China permanece inflexível no envio dos lotes de IFA, que já estão no Aeroporto de Pequim.

Já são 10 mil litros de IFA parados no aeroporto chinês. Até a sexta-feira, 7, eram 6 mil litros destinados ao Brasil embargados pela crise diplomática com a China.

“Nossos países vizinhos, como o Chile, estão recebendo normalmente os insumos chineses”, disse Doria na coletiva de imprensa realizada nesta segunda, 10, no Instituto durante o início da distribuição das novas doses de vacina pronta para o programa nacional.

Pode começar a faltar vacina em São Paulo

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, disse que o calendário de vacinação em São Paulo ainda não sofre com o atraso da fabricação, mas que se o impasse não for resolvido imediatamente, o estado pode começar a sofrer atrasos em seu programa ainda em maio.

Até a semana passada, a projeção diante da falta de insumos era que os atrasos começassem apenas em junho.

A entrega do consórcio Oxford/AstraZeneca também está mais lenta do que a previsão do contrato com o Brasil.

Além da Coronavac e da AstraZeneca, paulistas recebem vacinas da Pfizer, em escala muito menor pela falta de geladeiras adequadas na grande maioria dos postos do SUS.

O Ministério da Saúde começa a distribuir também na segunda-feira, 10, mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech.

As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.

Butanvac aguarda autirização da Anvisa

O diretor do Butantan também disse que a produção da vacina brasileira Butanvac aguarda autorização da Anvisa.

Segundo ele, mais de 3 milhões de ovos já foram inoculados e a fabricação começará assim que tiver o aval da agência reguladora.

Segundo o govero, não é possível estimar quando será possível começar a vacinar os adultos com 59 anos ou menos até a conclusão dos grupos prioritários e com comorbidades.

Nesta segunda, 10, o estado distribui vacina para portadores de Síndrome de Down com mais de 18 anos, transplantados e pacientes em terapia renal.

Calendário de vacinação em São Paulo

Mais 13,4 milhões de pessoas foram imunizadas em todo o estado.

Desse total, 8,6 milhões de cidadãos receberam a primeira dose e outros 4,8 milhões já têm a segunda dose aplicada.

Quem estiver no grupo chamado para a vacinação deve se cadastrar pelo portal Vacina Já para acelerar o processo e saber os locais de imunização. (Com Agência Brasil)

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