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Van Gogh avaliado em meio bilhão de reais é atacado com sopa de tomate

Militantes de organização ambientalista que luta contra a indústria do petróleo foram presas após sujarem quadro em museu de Londres

Van Gogh

Protegida por uma camada de vidro, a pintura não foi danificada no ataque das ambientalistas | Foto: Reprodução

O quadro Girassóis, pintado por Vincent Van Gogh em 1888, avaliado em meio bilhão de reais, foi atacado por ativistas com sopa de tomate enlatada na Galeria Nacional de Londres.

Protegida por uma camada de vidro, a pintura não foi danificada. As militantes da organização britânica Just Stop Oil foram presas por “dano criminal”.

“A arte vale mais do que comida? Mais do que justiça? Vocês estão mais preocupados com a proteção de uma pintura ou com a proteção do nosso planeta e das pessoas?”, questionou Phoebe Plummer, de 21 anos, segundo relato do Daily Maill.

Policiais da Scotland Yard correram rapidamente para o local após o ataque na manhã desta sexta-feira. “As duas pessoas foram presas por danos criminais e invasão agravada”, disse a polícia no Twitter.

Saiba mais

Girassóis é a segunda obra mais famosa de Van Gogh atacada pela organização que luta contra a indústria do petróleo. Em junho, os ativistas atingiram a pintura de 1889 Peach Trees in Bloom na Courtauld Gallery em Londres.

A Just Stop Oil reivindica que o governo britânico suspenda novos projetos de exploração de hidrocarbonetos no país. Depois de jogar sopa de tomate na pintura, as militantes se ajoelharam em frente à obra e aguardaram a prisão. Mais tarde a ONG divulgou um comunicado explicando o ataque.

Aa nova primeira-ministra conservadora britânica, Liz Truss, nomeada em 6 de setembro em substituição a Boris Johnson, alevantou a moratória que impedia a utilização do método de fraturamento hidráulico no Reino Unido para explocação de hidrocarbonetos.

Além de permitir esse polêmico método de extração de combustíveis fósseis, ela também anunciou o aumento das licenças para a extração de petróleo e gás no Mar do Norte entre suas medidas para combater a crise energética, apesar das críticas de ambientalistas e cientistas que dizem que a medida prejudica o compromisso do país com o combate às mudanças climáticas.

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