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Variante delta afeta cotação internacional petróleo

Contratos futuros de petróleo fecharam em baixa diante do temor de restrições para controlar novo surto de covid na China causado por variante delta

Plataforma de petróleo

Principal preocupação do mercado é com a disparada de novos casos de contágio com variante delta na China | Foto: Getty Images

Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 3, com os investidores atentos à disseminação na variante delta do coronavírus e, em especial, no possível impacto sobre a demanda chinesa pela commodity.

O barril do petróleo WTI com entrega prevista em setembro recuou 0,98% (US$0,70), a US$ 70,56, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Enquanto na Intercontinental Exchange, o barril do Brent para outubro fechou em baixa de 0,66% (US$0,48), a US$ 72,41 o barril.

“O mercado de petróleo continua a alternar entre as preocupações com restrição de ofertas, por um lado, e com a iminência de interrupções na demanda, por outro”, dizem analistas do Commerzbank.

O principal motivo das dúvidas sobre a demanda se dão pelo número crescente de novos casos de covid-19 na China, segundo maior consumidor de petróleo do mundo, de acordo com os economistas.

Cotação do petróleo tende a cair com novas restrições

Há um temor que restrições de mobilidades mais severas sejam impostas a fim de conter a disseminação da cepa delta do coronavírus. “Por enquanto, está claro que não há fim para as flutuações de sentimento no mercado de petróleo”.

As preocupações se dão, ainda, no período em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) oficialmente começa a elevar sua oferta da commodity em 400 mil barris por dia.

Após forte recuperação este ano, cotação pode cair em 2022

A Capital Economics acredita que os preços do petróleo cairão em 2022, após uma forte recuperação em grande parte deste ano. A retomada da oferta por parte da Opep+ seria um dos principais fatores.

“Pensamos que a produção da Opep+ e dos Estados Unidos aumentarão, o que, combinado a um crescimento mais lento da demanda global, irá ajudar o mercado de petróleo a registrar um superávit no próximo ano”, afirmam os analistas. Com os estoques globais elevados, os preços seriam pressionados para baixo.

“Assim, prevemos que o preço do barril do Brent cairá de uma média atual de US$ 73 para US$ 66 e US$ 57 em 2002 e 2023, respectivamente. Enquanto o barril de WTI cairá da atual média de US$ 71 para US$ 64 e US$ 56, no mesmo período”. (AE)

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