WhatsApp volta atrás em política de privacidade
Veja como fica a vida do usuário que não concorda com a liberação de dados proposta nos novos termos de uso do aplicativo
07/06/2021Os usuários do WhatsApp terão acesso à lista de conversas mantidas e não serão privados de chamadas telefônicas pelo aplicativo se não concordarem com as novas políticas de privacidade do aplicativo.
Em maio, a plataforma apresentou sua nova política de privacidade. Os termos pediam, por exemplo, autorização para abrir todas as transações comerciais feitas pelo aplicativo para o Facebook, dono do WhatsApp. Ao não concordar, o usuário perderia acesso às listas de conversas.
Caso insistisse em não assentir com o termo, em algumas semanas o usuário teria o envio de mensagens e as ligações via WhatsApp suspensas. O anúncio levou a um grande aumento nos usuários do Telegram, aplicativo concorrente. O WhatsApp recuou.
Nova política do WhatsApp foi criticada por órgãos e especialistas
As novas práticas da plataforma foram questionadas por órgãos como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério Público Federal (MPF).
Os órgãos ANPD, Cade e MPF apontaram problemas tanto para a proteção de dados dos usuários quanto para a concorrência do mercado de redes sociais e serviços de mensageria. Pesquisadores e entidades de direitos digitais também se manifestaram questionando a nova política.
Em nota à Agência Brasil, a empresa afirmou que, devido à discussão com autoridades regulatórias e especialistas em privacidade, a opção foi por não tornar as limitações obrigatórias.
“Em vez disso, o WhatsApp continuará lembrando os usuários de tempos em tempos para que eles aceitem a atualização, incluindo quando as pessoas escolhem usar determinadas funcionalidades opcionais, como se comunicar no WhatsApp com uma empresa que esteja recebendo suporte do Facebook”, diz o comunicado da plataforma.
Isso quer dizer que a liberação das transações para o Facebook passam a ser uma sugestão do aplicativo. quem não concordar não terá nenhum tipo de restrição no acesso ou uso de todas as funcionalidades da rede. (Com Agência Brasil)