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8 cuidados com a pele no verão após mais um ano de pandemia

Dermatologista adverte para os cuidados com a pele no verão, após meses de rotina alimentar desregulada e isolamento dentro de casa

Cuidados com a pele

Mesmo nos horários de maior incidência de sol, dermatologistas recomendam protetor solar fator 30 pelo menos | Foto: Getty Images

O verão chega cercado de expectativas acumuladas por atividades ao ar livre. Mas o segundo verão de pandemia no Brasil, precedido por um ano de rotinas alteradas, alimentação irregular e muita estiagem, deixa a pele especialmente despreparada para os dias de sol.

A dermatologista Juliana de Andrade Mendonça, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e associada à Academia Americana de Dermatologia (AAD), alerta para os riscos e lista cuidados que devem ser tomados no reencontro com o sol do verão.

“A hidratação é vital para a saúde da pele e ela deve ser mantida e recuperada de fora para dentro e também de dentro para fora”, ensina a dermatologista Juliana de Andrade Mendonça, destacando a importância tomar muita água, além de usar protetor solar.

“Hidratantes como o ácido hialurônico funcionam bem, mas beber água continua sendo primordial”, diz a médica. A necessidade de ingestão de líquido varia de acordo com a massa corporal e a atividade física. Como esses fatores foram alterados durante o isolamento forçado pela pandemia, a especialista sugere prestar atenção à cor da urina, e lembrar de tomar mais água para que ela apresente sempre o tom amarelo claro.

“A preocupação com a crise sanitária parece ter deixado menos espaço para o cuidado com a pele, o que é compreensível. Por isso é muito importante saber que, até pela reclusão que vivemos por longos meses, não podemos correr para o sol pensando em recuperar o bronze perdido sem cuidar da pele”, diz. Ao contrário, afirma ela, é preciso reforçar ainda mais os cuidados contra os raios solares para proteger a saúde da pele e evitar o envelhecimento precoce.

Juliana defende a menor exposição possível ao sol, mesmo nos horários de menor incidência da radiação ultravioleta B (UVB), mais prejudicial, entre as 10hs e 16hs. “Mesmo fora dos horários de sol mais intenso é preciso lembrar de se proteger com roupas, chapéu e loção protetora com fator de proteção acima de 30”, diz ela.

8 cuidados com a pele para evitar o envelhecimento precoce

  • Manter-se hidratado, sempre
  • Tomar banho mornos
  • Não usar buchas
  • Escolher o sabonete adequado
  • Se a pele estiver muito seca, passar óleo (no corpo) antes de entrar no chuveiro
  • Usar loções com fator de proteção solar a partir de 30, sempre
  • Sob o sol, além do protetor, usar chapéus e roupas com fator de proteção solar, que deve ser mais alta quanto mais clara for a pele
  • Evitar se expor à luz solar entre às 10h e às 15h

Dezembro Laranja quer previnir o câncer de pele

A campanha deste ano do Dezembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), quer aliar os cuidados com a pandemia de covid-19 à prevenção do câncer de pele, com o tema “Adicione mais fator de proteção ao seu verão”.

A campanha recomenda que além do uso do álcool em gel, máscaras e respeito ao distanciamento social, a população deve adotar hábitos de proteção contra a luz solar para garantir a saúde.

Segundo o médico Renato Bakos, coordenador do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD e da campanha Dezembro Laranja 2021, com a proximidade do verão, é natural que as pessoas queiram se expor um pouco mais a um lazer, ao meio ambiente. Mas ele adverte sobre riscos como queimaduras solares, que podem e devem ser evitadas para prevenir o câncer de pele.

O especialista lembra que o câncer de pele tem diferentes tipos e que, em caso de aparecimento de sinais e sintomas suspeitos, o médico dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce.

O tipo de câncer de pele que requer mais atenção é o melanoma, que se caracteriza por ser uma mancha escura que cresce de forma assimétrica, com bordas irregulares, cores variadas em tons de marrom e preto e que, muitas vezes, vai atingir diâmetro maior que seis milímetros.

“Sinais como esses são um alerta grave para que as pessoas procurem atendimento médico”, afirma ele. Feridas que não cicatrizam, lesões que apresentam sangramento e verrugas crescentes também devem ser acompanhadas por um dermatologista.

De acordo com o Painel da Oncologia do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 200 mil diagnósticos de câncer de pele entre 2013 e 2021.

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