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Como se prevenir contra o golpe do motoboy

Golpe do falso funcionário que liga para comunicar compra fictícia e depois envia um motoboy para retirar o cartão foi um dos que mais cresceu na pandemia

Motoboy

Bancos não enviam motoboys para o cartão retirar cartão em caso de clonagem | Foto: Getty Images

Um dos crimes mais comuns na pandemia ficou conhecido como “golpe do motoboy”, aplicado especialmente contra idosos. A forma de agir dos criminosos se enquadra dentro de um tipo de crime conhecido como “golpe de engenharia social“, que utiliza informações obtidas sobre as vítimas muitas vezes pelas redes sociais.

Os criminosos telefonam fingindo ser do banco e pedem para confirmar se a pessoa fez uma determinada compra com o cartão. Diante da negativa, eles dizem que o cartão teria sido clonado. Pedem então para retirar o cartão na casa do cliente e enviam um boy para fazer a retirada após conseguir com que a vítima revele a senha.

Nas últimas semanas foram deflagradas ações que prenderam integrantes de quadrilhas especializadas no golpe em São Paulo e Distrito Federal.

A polícia constatou que os criminosos usam até mesmo softwares para simular músicas de espera usado no atendimento telefônico dos bancos e som ambiente de call center.

De acordo com o delegado de Polícia da 1ª Seccional de São Paulo, Roberto Monteiro, um outro artifício utilizado pelas quadrilhas para passar credibilidade é pedir que a vítima telefone para o número da central de atendimento no verso do cartão.

Com um software de centrais telefônicas que se chama URA, as quadrilhas conseguem reter a ligação. Assim, quando a vítima desliga e liga para a central de atendimento pelo mesmo telefone logo em seguida, a chamada é desviada para a quadrilha novamente. A recomendação da polícia é usar outro telefone ou reiniciar o aparelho.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os golpes tiveram crescimento de 340% no início de 2021, especialmente o “golpe da falsa central telefônica e do falso funcionário”.

A comparação se dá em relação aos meses de janeiro e fevereiro do ano passado, quando o isolamento social não havia sido adotado.

As autoridades policiais alertam que os golpes do motoboy aumentaram desde o início da pandemia de covid-19, com a necessidade de trabalho em home office.

O que fazer em caso de suspeita de golpe do motoboy?

Caso o consumidor receba uma ligação suspeita que remeta a esse golpe ou qualquer outro tipo de fraude, as recomendações das autoridades são as seguintes:

  • Em caso de dúvida, fique na defensiva;
  • Jamais forneça dados pessoais ou digite a senha pessoal;
  • Não aceite a visita do motoboy, os bancos não enviam portadores para retirar o cartão;
  • Na dúvida, encerre a ligação;
  • Utilize outro aparelho para entrar em contato com a central do banco;
  • Procure entrar em contato com o banco pelos canais oficiais da instituição;
  • Em caso de perda financeira, faça um Boletim de Ocorrência;
  • Caso não precise mais do cartão, o consumidor deve destruí-lo e cortar o chip ao meio.

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