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Saiba quais foram os maiores leilões de 2021

As adaptações ao formato híbrido não impediram as duas maiores casas de leilões do mundo de fecharem o ano com recordes de vendas e de público

Leilões

Apesar do grande aquecimento da busca por leilões de joias, os maiores arremates ocorreram entre as vendas de arte| Foto: Getty Images

O ano de 2021 foi um dos melhores da história para as grandes casas de leilões. Operando em formato híbrido, a londrina Sotheby’s, por exemplo, realizou as maiores vendas desde a sua inauguração, há 277 anos. A concorrente Christie’s, por sua vez, quebrou o próprio recorde de público para uma venda: 22 milhões de pessoas, ao vivo, pela disputa da compra de uma obra digital.

Apesar do grande aquecimento da busca por leilões de joias, os maiores arremates ocorreram entre as vendas de arte. Pela primeira vez, coleções inteiras foram vendidas de uma só vez sem serem avaliadas por seus compradores (ou representantes deles) ao vivo.

A coleção Macklowe foi a maior venda. Encabeçada por uma tela do pintor Mark Rothko avaliada em US$ 82,5 milhões (cerca de R$ 470 milhões), o conjunto de 35 peças que pertenceu ao casal Harry Macklowe e Linda Burg foi comprado por US$ 676 milhões (cerca de R$ 3,85 bilhões), em um único lance.

Outros 30 itens da coleção serão levadas a leilão em maio de 2022. A expectativa da Sotheby’s é superar o recorde quebrado pelo primeiro grupo vendido, que incluiu ainda obras de Pablo Picasso, Alberto Giacometti e Andy Warhol.

Em outubro, um leilão da Sotheby’s, em Las Vegas, arrecadou US$ 110 milhões (cerca de R$ 620 milhões) com 11 obras de Pablo Picasso. A coleção pertenceu aos cassinos e hoteis da MGM Resorts é composta principalmente por papeis e cerâmicas, menos valorizados que pinturas na história da arte). Ainda assim, o conjunto bateu o recorde de vendas do artista espanhol e foi a segunda movimentação do ano da Sotheby’s..

Leilões chegaram a superar 70% das vendas de 2020

A Sotheby’s informa ter movimentado em 2021 US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões), resultado 71% maior do que o de 2020. Sua terceira maior venda de 2021 (e quarta no ranking geral) foi uma única tela de Sandro Botticelli, o retrato “Jovem Segurando Medalhão”, arrematada por US$ 92,2 milhões (cerca de R$ 525 milhões).

A terceira maior venda do ano foi de um pintor pós-moderno, Jean-Michel Basquiat, o grafiteiro descoberto por Andy Warhol. Pintada em 1983, a obra “In This Case” foi arrematada na Christie’s por US$ 93,1 milhões (cerca de R$ 530 milhões). A obra se tornou a segunda mais valiosa de Basquiat, depois de “Untitled”, da mesma coleção, vendida por US$ 110,5 milhões (quase R$ 630 milhões) em 2017.

Artista digital Beeple vende um NFT por US$ 69 milhões
Detalhe de ‘Every 5000 Days’, colagem em token não fungível (NFT) que reuniu 22 milhões de espectadores para um leilão na Christie’s

A quinta maior venda em leilão de 2021 foi uma obra em token não fungível (NFT), do artista digital Mike Winkelmann, o Beeple, pela Christie’s. A venda da colagem ‘Every 5000 Days‘, arrematou US$ 69 milhões (cerca de R$ 390 milhões). Mas o maior recorde da colagem digital em construção desde 2007 foi o público reunido para a venda on-line: 22 milhões de internautas, ao vivo.

Principais vendas de arte do ano

  • Coleção Macklowe
  • Pablo Picasso
  • Jean-Michel Basquiat
  • Sandro Botticelli
  • Beeple

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