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Carnaval de rua é cancelado em São Paulo

Desfile no Sambódromo foi mantido, mas escolas de samba terão protocolos e todas as festas deverão exigir passaporte de vacina

Carnaval 22

Ao menos 11 capitais cancelaram o carnaval de rua diante da onda de contágio de ômicron e gripe | Foto: Getty Images

A Prefeitura de São Paulo cancelou o carnaval de rua de 2022, seguindo a recomendação da Vigilância Sanitária diante do avanço da nova variante ômicron da covid e da onda de gripe.

Ao menos 11 capitais cancelaram o carnaval de rua, como Rio, Salvador, Recife e Florianópolis. A situação também se repete no interior de São Paulo, incluindo a tradicional folia de São Luiz do Paraitinga.

O desfile no Sambódromo de São Paulo foi mantido, mas com protocolos para o desfile das escolas. O passaporte da vacina deverá ser obrigatório para festas de qualquer porte, e o uso de máscaras continuará obrigatório.

Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o carnaval do sambódromo do Anhembi está mantido desde que a representação das escolas acate os protocolos que serão elaborados para o evento, programado para 25 a 28 de fevereiro, além do desfile das campeãs em 5 de março.

A venda dos ingressos foi iniciada em outubro de 2021. A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo voltou a destacar que acatará todas as recomendações da Prefeitura.

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, destacou que a circulação de uma grande quantidade de pessoas pode agravar o quadro já preocupante de contágios na cidade de São Paulo.

Gráficos exibidos pela Vigilância Sanitária paulistana na reunião com o prefeito mostram uma elevação nos casos de síndrome respiratória a partir da segunda quinzena de dezembro.

No caso da covid-19, o número mais que triplicou em duas semanas (chegando a 9024 novos diagnósticos na última semana epidemiológica).

Na quarta-feira, 5, três organizações ligadas a blocos de rua publicaram um manifesto pelo cancelamento total da festa diante da situação sanitária, com aumento dos atendimentos de pacientes com sintomas respiratórios em meio ao apagão de dados do Ministério da Saúde.

A carta é assinada pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa 195 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, e a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp).

A possibilidade de realização de celebrações com público restrito, mediante apresentação de passaporte da vacina, em locais fechados, como Interlagos, também foi rechaçada pelos grupos, assim como em clubes e espaços privados.

Para os grupos, a retomada de ensaios no fim de 2021 demonstrou ser inviável a manutenção do carnaval, com a identificação da transmissão da doença nos eventos, mesmo restritos a algumas dezenas de integrantes. (AE)

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