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Setor de máquinas desacelera e receita cai 5,3% no primeiro trimestre

Faturamento total com vendas de máquinas e equipamentos somou R$ 67,41 bilhões, recuo foi puxado pelo desempenho do mercado interno

Escavadeira em obra

Agronegócio, Infraestrutura e commodities metálicas devem sustentar vendas de máquinas e equipamentos este ano | Foto: Getty Images

O setor de máquinas e equipamentos começa a desacelerar os negócios depois de dois anos de crescimento. A receita total, que considera as exportações e as vendas internas, caiu 5,3% no primeiro trimestre em relação a janeiro a março de 2021. O faturamento das empresas foi de R$ 67,41 bilhões.

A receita com as vendas internas teve um desempenho pior, com queda de 7,8%, para R$ 53,67 bilhões. Já o consumo aparente, que contempla também as máquinas importadas, somou R$ 87,93 bilhões, declínio de 7,7% no trimestre.

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Os dados foram apresentados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Segundo a entidade, o que reduziu a queda da receita total no trimestre foi a venda de máquinas para o exterior.

As exportações totalizaram US$ 2,6 bilhões no trimestre, com alta de 36,6%. As importações de máquinas de janeiro a março somaram US$ 5,93 bilhões, crescendo 15,9%.

O presidente da Abimaq, José Velloso, disse que, apesar dessa desaceleração deste início do ano, o setor deve manter o crescimento na receita estimado para 2022.

“Acreditamos que haverá recuperação do consumo aparente na segunda metade do ano e isso pode puxar a receita total”, disse Velloso. A Abimaq espera que a receita total do setor cresça 6% e o aumento de vendas, no mercado interno, é previsto em 3%. Já no que diz respeito às exportações, a projeção é de alta em 15,6%.

“Os setores que puxam as vendas e o consumo no mercado interno se mantêm em alta, mesmo com esse cenário adverso, que são o agronegócio e o de commodities metálicas”, disse Velloso.

“Isso deve permanecer no segundo semestre, além da política mais austera do Banco Central no controle da inflação, que deverá surtir o efeito esperado.”

Mesmo com o desempenho mais lento do mercado neste início do ano, os dados da Abimaq apontam que a utilização da capacidade instalada está semelhante aos níveis vistos em 2017, quando começou a recuperação do setor após a crise de 2014. Com isso, o trimestre fechou com 79,3% de utilização e uma carteira de pedidos para 11,5 semanas.

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