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PIB da China cresce menos que o esperado após restrições da covid

Após os bloqueios impostos para conter a covid, PIB da China divulgado hoje mostra que a economia cresceu 0,4% no segundo trimestre

Vsta de Xangai

Meta oficial de crescimento econômico de 5,5% este ano fica fora do alcance | Foto: Getty Images

A economia da China cresceu 0,4% em relação ao ano anterior no segundo trimestre, refletindo o preço que os rigorosos bloqueios pela covid-19 de Pequim cobraram da atividade econômica. O resultado ficou abaixo da expansão de 0,9% esperada pelos economistas consultados pelo The Wall Street Journal.

A economia chinesa contraiu 2,6% no período de abril a junho em relação ao primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 15, (noite de quinta-feira no horário de Brasília) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). Ele marcou a primeira contração trimestral desde o primeiro trimestre de 2020, quando a economia chinesa foi paralisada pelos surtos iniciais de covid-19.

Os números também colocam a meta oficial de crescimento econômico da China de cerca de 5,5% este ano cada vez mais fora de alcance. No primeiro semestre do ano, o PIB da China cresceu 2,5% em relação ao ano anterior, disse o departamento de estatísticas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Bolsas da Ásia fecham sem direção após divulgação do PIB da China

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 15, após a China publicar dados de crescimento trimestrais piores do que o esperado. Na China continental, o índice Xangai Composto teve queda de 1,64%, a 3.228,06 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,49%, a 2.159,99 pontos.

No segundo trimestre, período em que a China enfrentou novos surtos de covid-19, seu Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão anual de 0,4%, bem abaixo do avanço de 0,9% previsto por analistas. Em relação aos três meses anteriores, a segunda maior economia do mundo sofreu contração de 2,6% entre abril e junho.

Apenas em junho, a produção industrial chinesa subiu 3,9% na comparação anual, menos do que se estimava. Por outro lado, as vendas no varejo mostraram um inesperado aumento de 3,1% no mesmo período.

Foi a Bolsa de Hong Kong, no entanto, que liderou as perdas hoje. O Hang Seng caiu 2,19%, a 20.297,72 pontos, também pressionado por papéis de tecnologia e do setor imobiliário. A ação do Alibaba listada em Hong Kong sofreu tombo de 5,98%, após o gigante varejista online chinês se tornar alvo de uma investigação em Xangai sobre o roubo de um amplo banco de dados policial.

Outros mercados da Ásia tiveram ganhos moderados nesta sexta. O índice japonês Nikkei subiu 0,54% em Tóquio, a 26.788,47 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul, a 2.330,98 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,78% em Taiwan, a 14.550,62 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, influenciada por ações financeiras e ligadas a commodities. O S&P/ASX 200 caiu 0,68% em Sydney, a 6.605,60 pontos. (AE)

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