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Falta de vacinas atinge 1,2 mil cidades no Brasil

Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que 41,6% de 3.051 municípios ficaram sem vacina entre 10 e 13 de maio

Enfermeira manipulando vacina contra a covid-19 em seringa

Além da escassez, pesquisa revelou que 31% dos municípios enfrentam resistência de pessoas ao imunizante | Foto: Governo do Estado de São Paulo

Nesta semana, 1.270 cidades brasileiras ficaram sem vacina contra a covid-19.

A informação está na nova edição de pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

O número corresponde a 41,6% de 3.051 prefeituras consultadas. Em 1.758 municípios (57,6%) não houve falta de imunizante.

Conforme a sondagem, 1.142 cidades informaram não ter recebido a segunda dose da vacina contra a covid-19 para aplicação na população, o que representa 89,9% dos que afirmaram ter passado pela ausência de imunizantes.

Desse total, 1.112 prefeituras ficaram sem a segunda dose da CoronaVac e 90 sem a segunda dose da Oxford/AstraZeneca.

Na semana passada, 1.305 municípios relataram o problema da ausência de segunda dose e 322 informaram ter ficado sem a primeira.

Resistência à vacina nas cidades

Nesta edição, a CNM incluiu uma nova pergunta sobre a resistência de pessoas à vacinação.

Entre as pouco mais de 3 mil prefeituras, 957 relataram essa tendência, ou 31,4% da amostra, enquanto 2.079 não mencionaram esse tipo de atitude, ou 68,1%.

Entre as localidades onde foi constatada resistência à imunização, 63,4% relataram maior dificuldade com o imunizante da Oxford/AstraZeneca e 33,5% com a CoronaVac.

Do total de prefeituras ouvidas, 1.846 relataram ter iniciado a vacinação de gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz recentemente), o correspondente a 60,5%.

Por outro lado, 1.185, ou 38,8%, ainda não começaram a imunizar esse grupo de pessoas.

Em relação a pessoas com comorbidades, 2.533 (83%) já começaram a imunização neste público e 504 (16,5%) ainda não deram início ao processo.

Insumos e oxigênio

A possibilidade de desabastecimento de medicamentos do chamado “kit intubação” foi apontada por 559 cidades, o equivalente a 18,3% das consultadas.

No levantamento anterior, o índice estava igual. O nome é dado a remédios para uso de suporte ventilatório de pacientes com covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.

A possibilidade de ficar sem oxigênio para o atendimento aos pacientes com covid-19 foi manifestada por 225 prefeituras, o correspondente a 7,4% das entrevistadas, e 2.738 disseram não estar com essa preocupação (89,2% do total).

Na edição anterior, o número de cidades com problema de abastecimento de oxigênio havia sido 208.

Medidas de restrição

Entre as prefeituras que participaram da pesquisa, 2.050 (67,2%) informaram ter adotado alguma forma de fechamento ou restrição de horário das atividades não essenciais.

Em contrapartida, 987 (32,4%) disseram não ter lançado mão de medidas dessa natureza durante a pandemia. (Agência Brasil)

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