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G7 apoia imposto de 15% para multinacionais

Grupo dos países mais ricos do mundo decide apoiar a proposta de Joe Biden de tributar os lucros das grandes empresas transnacionais

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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos Janet Yellen com Olaf Scholz, da Alemanha | Foto: Divulgação

O Grupo dos Sete principais países mais ricos (G7) concordou em apoiar novas regras para tributar empresas que operam internacionalmente, um passo significativo em direção a um acordo global em torno da taxa mínima de imposto proposta pelo governo Biden.

O acordo, alcançado pelos chefes do tesouro durante uma reunião em Londres neste sábado, 5, resolve as tensões de longa data entre os EUA e as grandes economias europeias que às vezes ameaçaram empurrar o sistema tributário internacional para o caos e desencadear um conflito comercial transatlântico.

Segundo o acordo, os membros do G-7 apoiarão uma alíquota global mínima de impostos sobre os lucros das empresas e uma nova forma de compartilhar as receitas da tributação das maiores e mais lucrativas empresas do mundo.

O G-7, que compreende Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA, concordou que as empresas devem pagar uma alíquota mínima de imposto de pelo menos 15%.

“Os ministros das finanças do G-7 assumiram um compromisso significativo e sem precedentes hoje, que proporciona um impulso tremendo para alcançar um imposto mínimo global robusto a uma taxa de pelo menos 15%”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

Comunicado do G-7

“Providenciaremos a coordenação adequada entre a aplicação das novas regras tributárias internacionais e a eliminação de todos os Impostos sobre Serviços Digitais, e outras medidas similares relevantes, em todas as empresas. Também nos comprometemos com um imposto global mínimo de pelo menos 15% por país”, diz o comunicado do grupo.

Além disso, os países apontam que estão comprometidos a apoiar países mais pobres e vulneráveis nos desafios de saúde e econômicos associados à covid-19. O grupo apoia fortemente uma alocação de direitos especiais de US$ 650 bilhões para ajudar a atender à necessidade global de longo prazo por ativos de reserva.

“O FMI estima que, entre agora e 2025, os países de baixa renda precisarão de cerca de US$ 200 bilhões para intensificar a resposta à pandemia e construir amortecedores externos e mais US$ 250 bilhões em gastos de investimento para retomar e acelerar sua convergência de renda com as economias avançadas”, diz o comunicado. (Com AE)

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