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Açúcar sobe com ameaça da índia de vetar exportação por falta de chuvas

A Índia é o segundo maior produtor de açúcar do mundo, com 405,4 milhões de toneladas. O Brasil lidera com 715,7 milhões de toneladas anuais

Embarque de açúcar

A índia já reduziu as exportações de açúcar para garantir o mercado interno, diande da falta de chuvas | Foto: Getty Images

A notícia de que Índia pode interromper temporariamente as exportações de açúcar devido à escassez de chuvas, vem pressionando os preços do açúcar no mercado internacional, o que favorece o preço dos produtores brasileiros. A índia é o segundo maior produtor de açúcar do mundo, com 405,4 milhões de toneladas. O Brasil lidera o mercado global com 715,7 milhões de toneladas anuais.

A proibição poderia ter um impacto significativo no mercado internacional de açúcar, o que aumenta os temores de um aumento da inflação global. O departamento de Alimentação e Distribuição Pública da Índia informou que prioridade do governo é garantir disponibilidade suficiente de açúcar para consumo, produção de etanol e manutenção de estoques de 6 milhões de toneladas para a temporada 2023/24.

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A Índia permitiu que as usinas exportassem apenas 6,1 milhões de toneladas de açúcar no ciclo atual, uma cifra bastante abaixo do recorde de 11,1 milhões de toneladas da temporada anterior, segundo o Canal Rural. A partir de 2016, o país já havia imposto uma taxa de 20% sobre as exportações de açúcar, visando conter as vendas ao exterior.

Falta de chuvas afeta safra de açúcar na índia e inflaciona o mercado

As chuvas irregulares projetam uma redução na produção de açúcar para a temporada 2023/24 e até mesmo um impacto no plantio para a temporada 2024/25. Os contratos futuros do açúcar subiram nos últimos dias, impulsionados, pela perspectiva de oferta apertada para a temporada que começa em outubro.

Segundo informações do mercado, a Índia poderia proibir suas exportações após enfrentar condições climáticas desfavoráveis. Na ICE Futures de Nova York o açúcar bruto chegou a 24,29 centavos de dólar por libra-peso esta semana. Já a tela março/24 subiu 45 pontos, contratada a 24,63 cts/lb.

Segundo analistas ouvidos pela Reuters, os preços no mercado refletem notícias de que a Índia deverá proibir as usinas de exportar açúcar na temporada que começa em outubro, interrompendo os embarques pela primeira vez em sete anos.

“Os operadores também observaram que a produção de açúcar no centro-sul do Brasil durante a primeira quinzena de agosto, que foi ligeiramente inferior ao esperado, somando 3,46 milhões de toneladas métricas, embora ainda estivesse 31,2% acima do mesmo período do ano passado”, destacou a agência internacional de notícias.

Em Londres, os preços subiram nos últimos dias na maior parte dos lotes do açúcar branco negociados na ICE Futures Europe. Os contratos subiram entre 5,10 e 8,10 dólares.

No mercado brasileiro, os preços subiram também nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 135,81 contra R$ 135,70 de quarta-feira, variação positiva de 0,08%. A tendência inflaciona também o etanol hidratado, segundo a União Nacional da Bioenergia (UDOP).

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