Alimentação e bebidas pressionaram inflação de outubro
Todos os grupos pesquisados pelo IBGE ficaram mais caros em outubro, com destaque para alimentação e bebidas, habitação, vestuário e transportes
10/11/2021No mês de outubro, houve alta de preços em todos os nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de inflação superou a do mês anterior em sete deles.
As famílias gastaram mais com Alimentação e Bebidas (1,17%), Habitação (1,04%), Artigos de Residência (1,27%) Vestuário (1,80%), Transportes (2,62%), Despesas Pessoais (0,75%), Comunicação (0,54%), Educação (0,06%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,39%).
Em Vestuário, todos os itens pesquisados aumentaram, com destaque para as roupas femininas (2,26%), roupas infantis (2,01%), roupas masculinas (1,70%) e calçados e acessórios (1,44%).
No grupo Artigos de Residência, as principais altas ocorreram nos preços de mobiliário (1,89%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,54%).
Os artigos de TV, som e informática (0,99%) subiram pelo nono mês seguido, contribuindo com 0,01 ponto porcentual para o IPCA de outubro.
Índice de difusão de preços pressionou a inflação em outubro
O índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 65% em setembro para 67% em outubro.
A última vez em que a difusão ficou abaixo de 50%, ou seja, com menos da metade dos itens investigados com aumento de preços, foi em maio de 2020, quando foi de 43%.
“Lembrando que em maio de 2020 a gente estava num contexto completamente diferente, com queda muito forte do petróleo”, disse Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
A difusão de itens alimentícios saiu de 64% em setembro para 57% em outubro, enquanto a difusão de itens não alimentícios passou de 66% para 75%. (AE)