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Ameaça dos EUA de banir petróleo russo abala bolsas

Secretário de Estado dos EUA anunciou discussões com países europeus para banir petróleo e gás natural da Rússia; cotação do petróleo dispara

petroleo russo

DEclaração de autoridade americana sobre boicote a combustíveis russos fez o petróleo chegar a US$ 140 | Foto: Getty Images

As bolsas europeias operam em forte baixa desde a abertura dos negócios desta segunda-feira, após notícia de que os EUA e aliados europeus estão considerando banir importações de petróleo russo, em mais uma sanção pela guerra na Ucrânia. Às 6h37 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 3,04%, a 408,96 pontos, depois de acumular perdas de 7% na semana passada em meio às tensões no Leste Europeu.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que Washington está em “discussões muito ativas” com governos europeus sobre o possível banimento de importações de petróleo e de gás natural da Rússia. A declaração ajudou o petróleo tipo Brent a saltar para quase US$ 140 por barril durante a madrugada.

O barril de petróleo tipo Brent, negociado na Inglaterra, atingiu novo pico entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira, 7, no horário de Brasília, a US$ 139,13. Novos ataques da Rússia ao território ucraniano também contribuíram para o avanço da commodity.

No decorrer da madrugada os ganhos desaceleraram, após notícias de novo cessar-fogo e abertura de corredores humanitários em áreas ucranianas. Às 4h43, no horário de Brasília, o barril do petróleo WTI, negociado nos EUA, para abril, saltava 8,16%, na Nymex, a US$ 125,12, enquanto o do Brent, para maio, avançava 8,73% na ICE, a US$ 128,42.

Diante do tenso cenário geopolítico, dados econômicos positivos da Alemanha acabaram ficando em segundo plano. Em janeiro, as encomendas à indústria alemã subiram 1,8% ante o mês anterior, superando as expectativas, enquanto as vendas no varejo avançaram 2%, como se previa.

Também às 6h37 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,86%, a de Frankfurt recuava 3,98% e a de Paris se desvalorizava 3,73%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 3,80%, 3,79% e 2,04%, respectivamente.

No câmbio, o euro recuava a US$ 1,0868, de US$ 1,0922 no fim da tarde de sexta-feira (04), enquanto a libra caía a US$ 1,3169, de US$ 1,3234 na sexta.

Bolsas da Ásia fecham em forte queda

As bolsas asiáticas fecharam em forte baixa nesta segunda-feira, à medida que as cotações do petróleo dispararam em reação aos últimos desdobramentos da guerra russo-ucraniana.

O índice Hang Seng liderou as perdas na Ásia nesta segunda, com tombo de 3,87% em Hong Kong, a 21.057,63 pontos, enquanto o japonês Nikkei caiu 2,94% em Tóquio, a 25.221,41 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 2,29% em Seul, a 2.651,31 pontos, e o Taiex registrou queda de 3,15% em Taiwan, a 17.178,59 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto caiu 2,17%, a 3.372,86 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composite apresentou baixa de 2,70%, a 2.203,41 pontos.

Em segundo plano diante do cenário geopolítico, os últimos dados da balança comercial chinesa superaram as expectativas no primeiro bimestre deste ano, mas mostraram significativa desaceleração em relação a dezembro.

Na Oceania, as perdas na bolsa australiana foram mais contidas, uma vez que o salto do petróleo impulsionou ações do setor. (AE)

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