Mercado aguarda indicações sobre rumo dos juros na Europa

Bolsas na Europa operam em baixa e futuros nos EUA negociam próximos da estabilidade à espera de decisão de juros pelo Banco Central Europeu, que deve manter a taxa inalterada em 4,5%, mas discurso de Christine Lagarde às 10:45 poderia dar alguma indicação sobre os próximos passos do BCE.

Nos EUA, agenda conta com divulgação do PIB do 4T23, que deve mostrar alta de 2,0% t/t e para a divulgação de dados de vendas de casas novas e de pedidos de bens duráveis de dezembro.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou baixa de -0,35% no último pregão, cotado a 127.815,70 pontos. O ativo está em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 128.300 pontos e a segunda em 135.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,45% no último pregão, cotado a 4.937,00 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.820 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.745. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.000 e a segunda em 5.110.

Doméstico:

De acordo com ministro de Portos e Aeroportos, governo deve anunciar nos próximos dias um fundo de R$4 a R$6 bilhões para socorrer companhias aéreas e ainda indicou que o governo deve anunciar o programa Voa Brasil que deve vender passagens de até R$200 no próximo dia 5 de fevereiro.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD81,1/b; +1,31%)
Minério de ferro registra leve valorização (USD135,5/t; +0,18%)

Empresas:

Vale: Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria telefonado para conselheiros da mineradora para defender o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para a presidência da companhia, segundo o Estado, que cita um conselheiro da empresa não identificado / Segundo auxiliares da presidência, Lula deseja que Mantega tenha um papel de destaque no comando da empresa, com voz ativa na gestão, disse o jornal
Petrobras: Cia manifesta interesse em bloco no regime de partilha

Agenda do Dia:

08:00 – Brasil – Confiança do consumidor/Janeiro
10:15 – Zona do Euro – Decisão de juros
10:30 – EUA – PIB e PCE/4T23
10:30 – EUA – Pedidos de bens duráveis/Dezembro
10:30 – EUA – Pedidos de auxílio desemprego/semanal
12:00 – EUA – Vendas de casas novas/Dezembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 127.816 (-0,35%)
S&P: 4.869 (0,08%)
Dólar Futuro: R$4,94 (-0,45%)

Atualizações Safra:

Saúde: Dados de dezembro da ANS: Trimestre melhor que o esperado para HAPV e ODPV; Neutro para SULA

Os membros do plano de saúde atingiram 51,1 milhões em dezembro (+150 mil m/m, +219 mil t/t e +957 mil nos últimos 12 meses). A agência reguladora de saúde brasileira (ANS) divulgou dados relativos à adesão a planos privados para dezembro, mostrando a adição líquida de 150 mil membros, levando a um crescimento de 1,9% A/A (+0,3% m/m). A Região Sudeste foi o destaque, com 103 mil adições líquidas (69% do total). Este desempenho globalmente positivo foi impulsionado pela criação líquida de 85 mil empregos em Novembro. A perda de membros da Hapvida 26% abaixo da nossa previsão para o 4T23 foi uma surpresa positiva, mas acreditamos que é muito cedo para assumir uma melhoria no cenário base de perda de adesão até meados de 2024. Os membros de planos odontológicos atingiram 32,7 milhões em dezembro (+288 mil m/m e +2,5 milhões nos últimos 12 meses). As adições líquidas chegaram a 288 mil, levando a base a crescer 8,1% a/a e 0,9% m/m. As adições líquidas da Odontoprev totalizaram 6 mil em dezembro (+74 mil no 4T23 vs. nossa estimativa de 22 mil), uma desaceleração em relação aos números de novembro, mas ainda vemos esse número como um pouco positivo para a empresa. A Odontoprev registrou adições líquidas de 349 mil nos últimos 12 meses.

Caixa Seguridade: Uma história sólida de risco-retorno; Iniciando com Compra

Estamos iniciando a cobertura da Caixa Seguridade (CXSE) com recomendação de Compra, pois acreditamos que a empresa oferece uma combinação valiosa de crescimento de lucros, posição competitiva e distribuição sólida de dividendos, ao mesmo tempo em que atua de forma mais defensiva no setor financeiro. Nosso preço-alvo de R$ 17,50/ação para prazo de 12 meses, que é derivado de um modelo de dividendos, implica em uma valorização de 19% em relação aos níveis atuais, avaliando a empresa em um valor justo de 10,8x Preço-alvo/L com 8,7% de dividendos.

Líder no setor de seguros e subsidiária da Caixa Econômica Federal (CEF), o maior banco brasileiro em número de clientes (152 milhões, ou dois terços da população brasileira), o CXSE combina sólido crescimento de lucros, distribuição robusta de dividendos e uma competitividade diferenciada, posição alavancada pela extensa rede da CEF. A empresa se beneficia de fatores de longo prazo, como (i) programas governamentais para promover o acesso à habitação da população de baixa renda, financiados via CEF; (ii) melhores resultados das novas subsidiárias e uma corretora 100% própria; e (iii) baixa penetração de seguros no Brasil versus outros mercados.
Preferência sobre BBSE: Habitação vs. rural. Em 2023, a BB Seguridade viveu um dos melhores anos em termos de rentabilidade. No entanto, rebaixamos a recomendação da ação para Neutro após os impactos do El Niño (1T24) e um possível La Niña no 3T24 trazendo risco adicional de queda. Em contrapartida, o segmento de empréstimos para habitação popular deverá permanecer robusto, dada a sua importância para o governo. A decisão do conselho curador do FGTS de aumentar o orçamento para habitação popular para R$ 97 bilhões/ano até 2027 está alinhada com essa perspectiva, e a CXSE deve transformar isso em melhores receitas. Embora os resultados financeiros de ambos devam sofrer os impactos de taxas de juros mais baixas, vemos um crescimento anual composto de lucros para 2023-25 de BBSE de 3,5% com riscos mais elevados incorporados, em comparação com 9,7% do CXSE.

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