Com avanço do novo marco fiscal, Bolsa sobe 3,74% no mês de maio
No mês, o Ibovespa avançou 108.335 pontos, com o aumento do otimismo em relação ao início do ciclo de queda dos juros
31/05/2023O Ibovespa alcançou alta considerável no mês de maio, marcado pela aprovação do novo arcabouço fiscal na Câmara e por desaceleração dos preços. A Bolsa avançou 3,74% no período, chegando aos 108.335 pontos.
Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, a melhoria do ambiente econômico com a deflação e o avanço da nova regra fiscal contribuíram para o bom desempenho do índice em maio.
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“O arcabouço ligeiramente melhor do que o que foi apresentado e os índices de inflação consolidando uma visão de que o corte na taxa de juros está se aproximando contribuíram para o bom desempenho da Bolsa”, disse Pinheiro.
A alta de 0,51% registrada em maio pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a mais branda desde outubro de 2022, quando houve elevação de 0,16%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o IPCA-15 havia apresentado alta de 0,57%. No mês de maio de 2022, o IPCA-15 tinha subido 0,59%.
O resultado de maio de 2023 fez a taxa acumulada em 12 meses descer ao menor patamar desde outubro de 2020, quando era de 3,52%.
Maiores altas e principais quedas na Bolsa no mês de maio
As ações de empresas mais sensíveis aos juros tiveram os melhores desempenhos do Ibovespa em maio. Yduqs, por exemplo, disparou 73,28%, Azul, 54,73%, Dexco, 50,25% Hapvida, 44,57% e Locaweb, 46,85%.
Já no lado negativo, a Vale e Bradespar caíram cerca de 10%, em razão da desvalorização dos preços do minério de ferro. A principal matéria-prima do aço recuou 7,17% em maio e foi negociado a US$ 98,85 a tonelada na China, no mercado à vista. Com isso, a mineradora perdeu 10,73% e Bradespar, 9,63%.
Completam a lista de piores desempenhos, Assaí, que caiu 11,88%, Carrefour, com baixa de 10,57% e Cielo, que se desvalorizou 13,56%.