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Os melhores fundos de investimento do mercado listados no ‘Guia Valor’

Guia do jornal Valor dos melhores fundos de investimento disponíveis para investidores traz quatro fundos do Banco Safra

Investidores

Segundo o Safra, as escolhas reforçam a expertise do banco em investimentos e a diversidade de produtos qualificados no portfólio | Foto: Getty Images

Quatro fundos de investimento do Banco Safra aparecem no ranking dos dez melhores do mercado, segundo o “Guia Valor de Fundos de Investimento”. O guia publicado na edição de hoje do jornal especializado em economia traz uma lista com 1.412 carteiras com histórico de ao menos três anos e que estão disponíveis para investidores em geral.

Segundo o Valor, a fuga dos investidores dos ativos de risco pode estar ficando para trás. A expectativa de gestores de recursos entrevistados para o “Guia Valor de Fundos de Investimento” é de uma volta gradual ao risco.

O encaminhamento do novo arcabouço fiscal pelo governo trouxe a convicção de que o risco de descontrole fiscal está afastado por enquanto – abrindo espaço para o início do ciclo de redução de juros. Alguns gestores citam o momento atual como “a hora da virada”.

Confira os fundos do Safra listado entre os dez melhores do mercado

No ano passado, o Safra liderou com larga vantagem sobre todos os demais concorrentes o desempenho na chamada Carteira Valor de ações recomendadas. De janeiro até o dia 27 de dezembro, a carteira recomendada pelo Banco Safra acumulava quase 33,78% de valorização no ano, com cinco papéis selecionados. No mesmo período o Ibovespa ganhava 3,58%.

Sobre o resultado do ranking do Guia Valor de Fundos de investimento, o Safra informou que as escolhas reforçam a expertise do banco em investimentos e a diversidade de produtos qualificados no portfólio. As categorias foram agrupadas de acordo com classificações e fatores de risco estabelecidos pela Valores Mobiliários (CVM) e com a estratégia do gestor do fundo.

O S&P Reais FIC FIM, do Safra Asset, um dos fundos do Safra incluídos no ranking dos dez melhores, tem o objetivo de entregar ao investidor o retorno do S&P mais a variação do CDI, segundo head de distribuição da gestora, Bruno Bonini.

“Essa estratégia permite exposição lá fora ao mesmo tempo em que acompanha a renda fixa no Brasil”, destaca o executivo em enrevista ao Valor.

O fundo compra contratos futuros de S&P para ter essa exposição à bolsa americana. Mas, como se trata de um derivativo, não há grande desembolso de caixa. Os recursos, segundo Bonini, podem ser usados para as operações que visam acompanhar o CDI no Brasil.

“Cabe à gestão do fundo usar sua expertise para fazer a melhor administração da rolagem dos vencimentos dos derivativos”, afirma. O S&P Reais FIC FIM também tem hedge cambial, sendo por isso indicado para o investidor que queira apenas captar as variações do índice americano da bolsa de referência. Além disso, pode ser porta de entrada para o investidor testar os investimentos fora do Brasil sem ter que abrir mão de uma parte do investimento no mercado local. O fundo está disponível para investidores em geral.

Entre abril de 2020 e março de 2023, período de análise da nova edição do “Guia Valor de Fundos de Investimento”, a rentabilidade das ações negociadas no mercado
internacional foi maior do que o ganho obtido com as empresas brasileiras, especialmente as de menor porte, chamadas de baixa capitalização.

Nesses 36 meses o dólar caiu 0,76% ao ano, mas o índice S&P 500 rendeu 18,6% na moeda americana. O Ibovespa teve ganhos de 11,74% em reais. O índice Small Caps,
que mede o desempenho das empresas brasileiras de menor porte negociadas na Bolsa, rendeu 2,27% ao ano.

Já os indicadores de renda fixa ficaram em linha com a inflação. A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 7,31% ao ano. O rendimento
do Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI), referência para aplicações financeiras, subiu 7,21% ao ano. O IMA-s, indicador que mede a rentabilidade média das aplicações em títulos públicos federais atrelados à taxa Selic, subiu 7,32% ao ano, praticamente empatando com a inflação.

Rentabilidade dos 1.412 fundos analisados

A rentabilidade mediana dos 1.412 fundos analisados, englobando todas as categorias, foi de 7,42% ao ano, acima tanto da inflação, quanto do CDI. O que ocorreu, de forma geral, foi que o maior risco teve como contrapartida um maior retorno, apesar de não ter sido um período fácil para escolher os melhores investimentos; houve dispersão significativa entre o desempenho das diversas carteiras.

Na categoria Renda fixa DI, a mediana foi de 6,67% ao ano. Mas os melhores fundos, aqueles que ficaram entre os 10% mais rentáveis, tiveram ganhos de mais de 7,20% ao ano. Os fundos Renda fixa ativo prefixado renderam 6,82% ao ano. Os melhores dessa categoria tiveram ganhos superiores a 7,77% ao ano, apesar do rendimento do indicador de referência, o IRF-M, que mede o desempenho de uma carteira composta por títulos públicos prefixados, ficar em apenas 5,24% ao ano.

A mediana da rentabilidade dos fundos da categoria Juro real foi de 6,97% ao ano. As melhores carteiras renderam acima de 8,76% ao ano e superaram a variação do IMA-B, que rendeu 7,44% ao ano. O indicador segue o desempenho dos títulos públicos atrelados ao IPCA. De uma forma geral, os fundos que apostaram nos títulos de prazo mais curto tiveram desempenho melhor do que aqueles com papéis de prazo mais longo.

Os fundos de Crédito privado com prazo de resgate em até 15 dias renderam, em média, 7,72% ao ano. Para aquelas carteiras com resgate a partir de 16 dias, a rentabilidade foi de 9,41% ao ano. Os melhores fundos de crédito privado com resgate em até 15 dias tiveram ganhos acima de 8,58% ao ano. E os melhores com resgate a partir de 16 dias renderam mais de 10,99% ao ano.

Apenas os melhores fundos das categorias superaram o IDA-DI. O indicador, que acompanha a rentabilidade de uma carteira de títulos emitidos por empresas negociados no mercado de capitais, rendeu 9,57% ao ano.

Os fundos de Debênture incentivada tiveram desempenho de 7,94% ao ano. As carteiras mais rentáveis renderam 9,73% ao ano, e o IDA-IPCA Infraestrutura, uma das referências para o setor, 9,25% ao ano.

A mediana da rentabilidade dos fundos multimercado baixa volatilidade foi de 6,95% ao ano. Os melhores do grupo renderam mais de 8,92% ao ano. Já os multimercado ganharam 8,64% ao ano, em média. Os melhores fundos renderam mais do que o dobro dessa média, com ganhos a partir de 17,54% ao ano. Essa foi a categoria de maior diferença entre os melhores e piores fundos.

O índice de Hedge Funds da Anbima (IHFA), que acompanha a variação média de alguns dos fundos multimercado mais renomados, rendeu 9,95% ao ano. Entre os fundos Long short, a mediana da rentabilidade foi de 6,76% ao ano, e para os fundos Long biased, foi de 9,03% ao ano. Também nessas duas categorias, como ocorre normalmente, houve muita dispersão entre o desempenho dos fundos mais e menos rentáveis.

Os fundos Ações Índice renderam 10,69% ao ano. Já os fundos de Ações, que adotam políticas mais amplas para atingir seus objetivos de rentabilidade, tiveram desempenho pior, de apenas 6,83% ao ano. Apenas os melhores dessa categoria se destacaram, com rentabilidade acima de 15% ao ano.

A rentabilidade mediana dos fundos de ações no exterior foi de 13,78% ao ano, e os fundos de investimentos no exterior renderam 9,08% ao ano. Os melhores da categoria renderam mais de 21% ao ano e mais de 15% ao ano, respectivamente.

Por fim, na categoria Alocação multimercado, o rendimento ficou em 8,28% ao ano. A rentabilidade mediana da categoria Alocação ações foi de 5,75% ao ano.

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