Após lucro recorde, ação do Banco do Brasil mantém recomendação de compra
Ação do Banco do Brasil (BBAS3) mantem recomendação de compra após o lucro no trimestre bem acima do esperado
11/08/2022O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou números fortes no segundo trimestre, com revisão de guidance para cima. O lucro líquido ajustado atingiu R$ 7,803 bilhões no trimestre (LPA de R$ 2,74), +55% A/A e 16% acima da estimativa do Safra. Com isso, o ROAE superou a marca de 20%, atingindo 20,5%.
A revisão do guidance para 2022,sugere um lucro líquido entre R$ 27-30 bilhões, acima da estimativas do Safra e do consenso de mercado.
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No guidance revisado para o ano, o BB agora espera que o total de empréstimos cresça entre +12-16% A/A, e NII (renda líquida com juros) cresça 15% no ponto médio (vs. 13% antes). Para tarifas, o banco agora espera um crescimento entre 6% e 9% (vs. 4-8% anteriormente). Por fim, o lucro do BB deverá ficar entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões (acima da estimativa de R$ 26 bilhões do Safra e do consenso) e 16% acima do guidance anterior. A orientação para opex permaneceu inalterada.
Além disso, o BB anunciou R$ 571 milhões em dividendos e R$ 1,6 bilhão em JCP, totalizando R$ 2,119 bilhões (ambos a serem pagos em 31.08.2022), representando um dividend yield de 1,9%. As ações serão negociadas ex-proventos em 23 de agosto.
No geral, o Banco do Brasil reportou resultados acima do esperado e as novas orientações confirmaram visão positiva do Safra para a empresa. O banco ainda vê o Banco do Brasil como uma das principais escolhas no setor.
Além do bom momento de lucros para 2022, o valuation do BBAS3 é bastante atraente na visão do Safra, sendo negociado abaixo do valor contábil, em 0,6x 23e e a 4,3x o P/L 23e, o que representa um desconto de 33% sobre sua média histórica de 10 anos. Se considerada a revisão positiva dos resultados do novo guidance, o BB negociaria com um valuation ainda mais atrativo.
O Safra manteve o rating de compra para BBAS3, com preço-alvo de R$ 49 por ação.
Vale a pena investir em BBAS3?
- Foco na lucratividade tem reduzido distância para bancos privados;
- Melhora no controle de custos;
- Forte presença no agronegócio;
- Baixos níveis de inadimplência e expansão de crédito mais prudente;
- Ampla presença no Brasil;
- Parcerias para alavancar escala e reunir conhecimentos.
Quais são os principais riscos de BBAS3?
- A frente política, pois a eleição de 2022 pode trazer incertezas sobre eventuais mudanças na alta administração;
- Risco macroeconômico, como desaceleração da atividade ou aumento da percepção de risco-país;
- Aumento do índice de inadimplência acima do esperado;
- Concorrência mais acirrada de outros bancos;
- Possíveis impactos de uma reforma tributária (a exemplo do imposto de renda sobre pagamentos de dividendos);
- Mudanças regulatórias (por exemplo, open banking, novos recursos de pix);
- Disrupção tecnológica; e
- Frente geopolítica, dado que o recente conflito no Leste Europeu pode impactar o agronegócio brasileiro, dadas as pressões de preços na cadeia produtiva.
Sobre o Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil (BBAS3) é uma instituição financeira brasileira, constituída na forma de sociedade de economia mista, com participação do governo federal em mais de 50% das ações.
Segundo dados do próprio banco, a empresa possui 15.133 pontos de atendimento distribuídos pelo país, entre agências e postos de atendimento, sendo que 95% de suas agências possuem salas de autoatendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam além do expediente bancário. Possui ainda opções de acesso via internet, telefone e telefone celular. Está presente em mais de 21 países além do Brasil.
Listado na B3, o Banco do Brasil tem suas ações negociadas sob o ticker BBAS3.
Ações do Banco do Brasil (BBAS3)