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Argentina cria imposto sobre ‘ganho inesperado’ para custear auxílio social

Serão afetadas empresas com lucros tributáveis superiores a 1 bilhão de pesos no ano. Valores ajudarão a bancar apoio a aposentados e trabalhadores informais

Quatro bandeiras da Argentina enfileiradas em primeiro plano com a Casa Rosada desfocada ao fundo e céu nublado, alusivo ao novo imposto do país

Na visão do presidente da Argentina, Alberto Fernández, é necessário que as “grandes empresas contribuam para gerar mais desenvolvimento e igualdade” | Foto: Getty Images

O governo da Argentina anunciou uma série de medidas econômicas e um novo imposto na busca pela retomada do poder de compra da população e no combate aos efeitos da guerra na Ucrânia.

Entre os elementos, está o aumento nos valores de uma série de auxílios pagos pelo governo, incluindo apoios para aposentados e trabalhadores sem renda formal. Para tentar compensar os custos com as medidas, a administração anunciou um imposto sobre “ganhos inesperados”.

“Temos de pedir àqueles que tiveram um ganho inesperado que contribuam”, afirmou o presidente Alberto Fernández em evento na Casa Rosada no qual discursou sobre as ações. Em sua visão, é necessário que as “grandes empresas contribuam para gerar mais desenvolvimento e igualdade”.

Também presente, o ministro da Economia local, Martín Guzmán, afirmou que será estabelecida uma alíquota sobre tais componentes inesperados de receita em empresas que tenham lucros líquidos tributáveis superiores a 1 bilhão de pesos no ano.

“Se essa renda inesperada for canalizada para o investimento produtivo, o valor da contribuição será menor, porque buscamos ter uma Argentina com mais capacidade de gerar trabalho”, afirmou Guzmán.

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Segundo ele, o objetivo central do governo da Argentina com o novo imposto é "garantir o crescimento do poder de compra dos trabalhadores em todo o espectro laboral e produtivo".

"As metas dos planos fiscal, monetário e de acumulação de reservas foram cumpridas. Ou seja, a política econômica executada está alinhada com o planejado", disse o ministro.

"O que estamos procurando é construir um mecanismo para garantir que o choque da guerra não tenha um impacto desigual e regressivo em nossa sociedade", apontou Guzmán.

De acordo com ele, as medidas promovem a real recuperação do poder aquisitivo no país. (AE)

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