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Banco Central cria política de avaliação das incertezas

A Política de Gestão de Riscos, com a autonomia do BC, vai avaliar circunstâncias e eventos que possam afetar a autoridade monetária

presidente do bc

O presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, que deve ser mantido no cargo após a sanção do projeto de autonomia da instituição | Foto: AE

O Banco Central instituiu nesta quinta-feira, 11, a sua Política de Gestão Integrada de Riscos.

Entre as atribuições da área de gestão de riscos está a quantificação da incertezas e circunstâncias e suas possíveis consequências.

A resolução nº 70 do Banco Central foi publicada um dia após a aprovação na Câmara Federal do projeto que concede autonomia à instituição responsável pela política monetária do país.

Circunstâncias e eventos de risco

A área de gestão de riscos do Banco Central fica responsável por identificar circunstâncias e eventos capazes de colocar em risco o próprio Banco Central e a sua política, o que significa risco a todo o sistema financeiro.

Um dos primeiros objetivos para garantir a boa gestão de riscos está o acesso a informações em todos os níveis, fundamental para a tomada de decisões por parte dos responsáveis.

O Comitê de Governança, Riscos e Controles deve acompanhar as situações que possam representar ou levar a interrupção de negócios ou a perdas, emergências ou crises.

Riscos de incidentes inesperados

Também deve definir estratégias para ameaças, como “incidente inesperado, que pode resultar em danos a pessoas, ativos, sistemas, organizações, ambiente ou comunidade”.

A gestão de risco tem entre os seus objetivos “agregar valor à organização por meio da melhoria dos processos de tomada de decisão e do tratamento adequado dos riscos e dos impactos negativos decorrentes de sua materialização”.

Riscos de eventos disruptivos

Outro objetivo é desenvolver gestão de continuidade de negócios, para “manter a execução dos processos sensíveis ao tempo em caso de eventos disruptivos”.

O primeiro dos princípios da gestão integrada de riscos é a “subordinação ao interesse público”. Outro item é a melhoria contínua.

Íntegra da resolução BCB nº 70

Transição no Banco Central autônomo

A regra de transição para o Banco Central após a aprovação do projeto de autonomia aprovado pela Câmara Federal determina que o presidente Jair Bolsonaro deverá indicar um nome para o comando da instituição em até três meses depois de o projeto ter sido sancionado. O escolhido deve ser o presidente atual, Roberto Campos Neto.

Ele não precisará passar por uma nova sabatina no Senado e ficará à frente do BC até o fim de 2023 (ou seja, dois anos depois do início do próximo mandato do presidente da República). Além disso, Campos Neto poderá ser indicado de novo, por mais quatro anos, até o fim de 2027. (Com AE)

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