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BCE mantém juros após dez apertos consecutivos

BCE mantém juros em decisão unânime e informa taxas ficarão em níveis restritivos pelo período que for necessário para conter a inflação

BCE

BCE mantém taxa de refinanciamento em 4,50%, a de depósitos, em 4% e a de empréstimos em 4,75% | Foto: Getty Images

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu deixar suas principais taxas de juros inalteradas em reunião nesta quinta-feira, 26, após elevá-las dez vezes seguidas em um processo de aperto monetário que teve início em julho do ano passado. Desta forma, a taxa de refinanciamento do BCE permanece em 4,50%, a de depósitos, em 4%, e a de empréstimos, em 4,75%. A decisão veio em linha com a expectativa de analistas.

Em comunicado, o BCE disse esperar que a inflação na zona do euro permaneça “muito alta por muito tempo” e que, por isso, os juros ficarão em “níveis restritivos pelo período que for necessário”. A autoridade monetária informou que depende de dados futuros para definir o nível dos juros e por quanto tempo durará sua postura restritiva.

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Ainda nesta quinta, a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de coletiva de imprensa para comentar a decisão agora divulgada.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ressaltou que a decisão desta quinta-feira, 26, da autoridade monetária, de manter os juros inalterados, foi unânime. Ela destacou que o ato de inação também é uma forma de agir.

Durante coletiva de imprensa, a presidente ressaltou que não falaria sobre se o BCE está ou não no pico de juros porque os dirigentes são dependentes de dados. “Decidiremos de reunião a reunião”, explicou Lagarde.

BCE deve manter juros no nível atual o tempo que for necessário

Christine Lagarde disse considerar que as taxas de juros da zona do euro estão em níveis que, se mantidos pelo tempo necessário, vão colaborar para levar a inflação à meta em tempo hábil. A dirigente afirmou que o comitê continuará guiado por dados, durante a coletiva de imprensa que sucedeu a divulgação da decisão do BCE, que deixou suas principais taxas de juros inalteradas em reunião nesta quinta-feira, 26, após elevá-las dez vezes seguidas em um processo de aperto monetário que teve início em julho do ano passado.

Lagarde disse que a inflação deverá desacelerar ainda mais, conforme os preços de energia e alimentos arrefecem após a alta acentuada observada em 2022. Esses dois setores continuam oferecendo riscos altistas apara a inflação, segundo ela. A autoridade falou que as tensões geopolíticas deixaram os preços de energia mais imprevisíveis.

Falando sobre as condições econômicas na região, Lagarde comentou que a economia local continua fraca, deve continuar assim pelo resto do ano. Entretanto, ela apontou que o crescimento deve fortalecer nos próximos anos.

Ela afirmou que os riscos para o crescimento continuam baixistas. A dirigente alertou, porém, que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) pode ser maior que o esperado, caso o mercado de trabalho e os salários deixem as pessoas mais confiantes, ou se a economia global expandir mais que previsto.

Lagarde disse também que os apertos monetários anteriores continuam sendo transmitidos para as condições financeiras, e que há mais por vir. (AE)

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