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Inflação na Europa é doença e juros são o remédio, diz dirigente do BCE

Segundo François Villeroy de Galhau, dirigente do BCE, o remédio dos juros contra a inflação na Europa está começando a funcionar

Juros na Europa

Pesquisa mostra que mediana dos analistas tem expectativa bastante modesta para o crescimento na zona do euro | Foto: Getty Images

O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter as taxas de juros para depósitos em 4% por um tempo suficientemente longo, como parte de esforços para reduzir a inflação na zona do euro. A afirmação é de François Villeroy de Galhau, dirigente da instituição.

“Inflação é a doença e juros são o remédio”, disse Villeroy de Galhau nesta terça-feira, 19, à emissora de TV francesa BFM, acrescentando que o remédio está começando a funcionar.

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Villeroy de Galhau, que também é presidente do BC da França, afirmou ainda que os juros do BCE estão em um “bom nível” e que é melhor “ter paciência” agora.

Na semana passada, o BCE elevou juros pela 10ª vez consecutiva, reiterando previsão de que a inflação na zona do euro permanecerá “muito alta por muito tempo”, mas também sinalizou uma possível pausa no atual ciclo de aperto monetário.

Mercado aposta em manutenção dos atuais juros para conter inflação na Europa

O Banco Central Europeu (BCE) publicou esta semana uma pesquisa realizada com analistas monetários entre 28 a 31 de agosto, antes da decisão de elevar os juros em 25 pontos-base (pb), divulgada na semana passada. Segundo a instituição, a mediana dos profissionais consultados projeta que as taxas de juros para depósitos devem permanecer em 4% até março de 2024, com o primeiro corte de 12 pb em abril, a 3,88%.

Isto tornaria a elevação de setembro a última do atual ciclo de aperto monetário. Depois do início do relaxamento, os analistas projetam que o banco central deve alternar entre cortes e pausas até o quarto trimestre de 2026, quando os juros se estabilizarão em 2% e devem permanecer neste nível no longo prazo.

Os analistas também esperam uma redução no portfólio de títulos do BCE, em especial, do Programa de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês).

A mediana dos analistas aponta ainda para expectativa bastante modesta para o crescimento na zona do euro, com risco majoritário para baixa das previsões. Nas leituras trimestrais ante o trimestre imediatamente anterior, eles projetam alta de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro e no quarto trimestres deste ano, sempre nas comparações anuais. Em 2024, a projeção é de leve aceleração no crescimento, para avanço de 0,2% no primeiro trimestre.

Para a inflação ao consumidor na zona do euro, esperam alta de 5,0% no terceiro trimestre, de 3,2% no quarto e de 3,0% no primeiro trimestre de 2024. Segundo os analistas, a inflação só deve atingir a meta de 2% de modo estável e sustentado a partir do primeiro trimestre de 2026. (AE)

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