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Bolsa inicia semana em alta com melhora do cenário externo; dólar cai a R$ 5,04

Dia foi de recuperação bem distribuída pelas ações de maior peso e liquidez, com destaque para bancos, em dia de apetite ao risco e queda global do dólar

Ibovespa

Em queda desde o início dos negócios, o dólar aprofundou o ritmo de baixa à tarde e registrou mínima a R$ 5,0342 nos últimos minutos do pregão | Foto: Getty Images

O Ibovespa iniciou a semana recuperando parte da perda de 1,11% da sessão anterior, quando havia refletido o aumento da percepção de risco sobre o conflito no Oriente Médio. Nesta segunda, com o câmbio mostrando também descompressão parcial, o índice da B3 subiu 0,67%, aos 116.533,85 pontos, tendo oscilado entre 115.759,93, da abertura, e máxima de 116.905,38 pontos na sessão. No mês, o Ibovespa ainda busca zerar perda, agora em 0,03% para outubro, e no ano avança 6,20%. O giro neste começo de semana ficou restrito a R$ 17,1 bilhões. O dólar caiu 1,01%, e fechou cotado a R$ 5,0372 – menor valor de fechamento em duas semanas.

O dia foi de recuperação em geral bem distribuída pelas ações de maior peso e liquidez, com destaque para bancos como Bradesco (ON +1,10%, PN +1,04%) e BB (ON +2,03%) e para o setor metálico, como Vale (ON +1,07%) e Gerdau (PN +0,94%). Mesmo com o sinal negativo do petróleo na sessão – embora com o Brent em nível ainda alto, não distante de US$ 90 por barril -, Petrobras ON e PN fecharam em alta, respectivamente, de 0,99% e 1,10%. Na ponta do Ibovespa, Pão de Açúcar (+8,67%), Gol (+6,55%) e Azul (+4,55%). No lado oposto, Natura (-2,75%), Suzano (-2,03%) e Eneva (-1,94%).

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Ainda que o petróleo tenha se acomodado na sessão em patamar um pouco mais baixo, refletindo sinais de que os Estados Unidos podem flexibilizar restrições impostas à Venezuela, com consequências para a oferta global, o segmento de energia permanece como um ponto de atenção, em meio à tendência de alta forte não apenas para Petrobras, mas também para outros ativos do setor listados na B3.

Dia positivo em NY favorece Ibovespa e dólar cai

No cenário macro, outro desdobramento positivo nesta segunda-feira, doméstico, foi novo sinal emitido pelo Boletim Focus quanto à ancoragem de expectativas para a inflação no Brasil – agora a 4,75% para o IPCA em 2023, ante expectativa anterior, de 4,86% para o ano – , com efeitos favoráveis para a curva de juros na sessão.

No quadro externo, o início positivo da temporada de balanços do terceiro trimestre nos EUA, com números de grandes bancos na última sexta-feira, como JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup – nesta semana, são aguardados os resultados trimestrais de Tesla, Netflix, Morgan Stanley e Bank of America.

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 16, em queda firme, abaixo da linha de R$ 5,04, em dia marcado por apetite ao risco e enfraquecimento global da moeda norte-americana. Dados abaixo do esperado da economia dos Estados Unidos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cristalizaram a aposta de que a taxa básica norte-americana não será elevada em novembro. O rand sul-africano, o real e o peso mexicano lideraram os ganhos entre divisas emergentes, que se beneficiaram da valorização de commodities metálicas, em especial o minério de ferro, na esteira de estímulos monetários na China.

A busca por ativos mais arriscados também se fiou na redução dos temores de um alastramento da guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas para outros países do Oriente Médio, em especial o Irã – acontecimento que poderia abalar a oferta mundial de petróleo e provocar nova onda inflacionária. Após ganhos da ordem de 5% na sexta-feira, as cotações do óleo recuaram nesta segunda-feira e voltaram a se situar abaixo de US$ 90 o barril.

Em queda desde o início dos negócios, o dólar aprofundou o ritmo de baixa à tarde e registrou mínima a R$ 5,0342 nos últimos minutos do pregão, em sintonia com o exterior. No fim da sessão, a divisa recuava 1,01%, cotada a R$ 5,0372 – menor valor de fechamento em duas semanas. A moeda ainda acumula uma leve valorização no mês (+0,21%). Como é de costume na abertura da semana, a liquidez foi moderada.

Divulgado pela manhã, o índice Empire State de atividade industrial, elaborado pelo Fed de Nova York, caiu de 1,9 em setembro para -4,6 em outubro, enquanto analistas previam queda menor, a -3,0.

O presidente da distrital do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, engrossou o coro dos dirigentes do BC norte-americano que veem a manutenção dos juros como a melhor estratégia para o momento, embora tenha repetido o alerta de que não é possível descartar novas altas, caso a inflação surpreenda para cima. Com direito a voto nas reuniões deste ano, ele também afirmou que assina embaixo na mensagem de “juros mais altos mais tempo”. (AE)

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