Bolsa fecha 2022 com valorização de 4,69% e frustra expectativas
O mercado esperava que o Ibovespa alcançasse 123 mil pontos este ano; confira as ações com maiores altas e as que ficaram na lanterna
29/12/2022
Para o próximo ano, a expectativa é de que o Ibovespa alcance 130 mil pontos | Foto: Divulgação
O ano de 2022 que parecia promissor para a Bolsa de Valores, com estimativas de fechar em 123 mil pontos, terminou com a marca de 109.734 pontos, em alta de 4,69%. No mês de dezembro, o Ibovespa perdeu 2,45%.
Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, a desaceleração econômica no mundo neste ano em razão do aperto monetário para controlar a inflação gerou correção das principais bolsas mundiais. E isso impediu um avanço maior do Ibovespa.
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“As incertezas relacionadas ao equilíbrio fiscal no Brasil levaram a uma valorização do dólar, da inflação e dos juros, exigindo um maior prêmio de risco do mercado no País”, disse Pinheiro.
Para este ano, a expectativa é de que a Bolsa alcance 130 mil pontos, de acordo avaliação do Banco Safra “A expansão de múltiplos com uma potencial melhora do lado fiscal no Brasil, a desaceleração da inflação e corte de juros no final do ano sustentam essa estimativa”, ressaltou Pinheiro.
Mesmo assim, segundo Pinheiro, a Bolsa brasileira ainda estará barata, pois os negócios giram em média em 6,8 vezes o lucro do Ibovespa neste ano e em 2023 o múltiplo deve ser de 8 vezes o lucro.
“A Bolsa vai ficar menos barata, porque a média histórica de negociação dela de 10 anos é 11,2x e de 5 anos é 10x. Então, um múltiplo de 8x o lucro ainda ficaria 20% mais barata na média de 5 anos e 28% abaixo da média de 10 anos”, explicou o estrategista.
Neste ano, as ações que mais se valorizaram foram a Cielo, que subiu 140,94%, BB Seguridade, com alta de 74,92%, PetroRio, 80,02%, Hypera, 64,23% e Assaí, 51,73%.
Já nos piores desempenhos deste ano, papéis ligados à economia local se destacaram. IRB-BR foi o que mais perdeu, com baixa de 78,61%.
Americanas, CVC e Magazine Luíza se desvalorizaram 68,67%, 66,54% e 62,05%, respectivamente. E BRF, com o aumento dos custos de produção de proteína animal, apresentou baixa de 63,23%.
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