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2023 começa com alívio na inflação e juro alto a perder de vista

Preços desaceleram na virada do ano, mas inflação deve ficar em 6% com a pressão dos combustíveis e juro deve ficar 12,50% até o fim de 2023

A perspectiva para a safra de grãos do primeiro semestre é positiva, o que deve ajudar a recompor estoques e aliviar preços

O último resultado da inflação oficial mostrou alívio neste fim de ano. O IPCA de novembro subiu apenas 0,41% na comparação mensal, bem abaixo do esperado, e indica que a inflação de 2022 deve ficar em 5,7%. Ficaram mais baratos os preços de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, mobiliário e vestuário. Tudo indica inflação estruturalmente mais baixa para o conjunto dos bens industriais no início de 2023.

O ano também termina com alívio na pressão nas cadeias globais e nos fretes marítimos. O desequilíbrio entre oferta e demanda global de bens diminuiu. De um lado, houve recuperação na produção global com o fim das restrições sanitárias, e de outro lado temos o esfriamento da demanda.

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Este esfriamento é resultado do aumento dos juros em diversos países, e da migração dos gastos das famílias para o setor de serviços. Os preços das commodities diminuíram, enquanto a demanda sofre com o crédito mais caro. Os custos de produção tendem a cair, e o consumo das famílias migra para alternativas mais baratas.

Diante deste quadro, o Banco Safra prevê que a inflação de Bens Industriais em 12 meses deve desacelerar de 9% neste fim de ano para perto de 3,5% em 2023.

A perspectiva para a safra de grãos do primeiro semestre é positiva, o que deve ajudar a recompor estoques e aliviar preços. Assim, o Safra projeta inflação de 3,4% nos preços da alimentação no domicílio no ano que vem, bem abaixo dos 12,9% previstos para 2022.

A baixa ociosidade da economia deve manter a inflação dos serviços em patamar bem acima da meta de inflação. O salário-mínimo deverá ter aumento real, e a taxa de desemprego menor deve dificultar a queda da inflação de serviços.

A principal pressão da inflação em 2023 deve vir da provável reversão dos cortes de impostos sobre os combustíveis. A inflação dos preços administrados pode chegar a 9,6% ano que vem, depois de uma deflação de –3,8% em 2022.

Somando todos os impactos esperados, o IPCA deve subir 6% em 2023. Anteriormente a projeção do Safra era de 5,2%. Os efeitos dos juros altos devem ajudar o IPCA a convergir para apenas 3,3% ao final de 2024.

O Safra também projeta que o início da redução da taxa básica de juros deve demorar mais, e a taxa Selic deve terminar 2023 em 12,50% ao ano.

Ano de 2023 começa com temor fiscal

Apesar da expansão dos gastos públicos em 2022, o Brasil vai registrar o primeiro superávit primário no governo central em quase uma década. O resultado primário deve atingir 43,6 bilhões de reais em 2022, equivalente a 0,4% do PIB). No ano de 2021 o País enfrentou um déficit de 35 bilhões de reais).

A melhora dos gastos do governo central em 2022 resulta em grande parte do aumento do preço internacional do petróleo. A receita líquida do governo central cresceu 287 bilhões de reais em 2022. A despesa primária federal ficar em R$ 208 bilhões. Assim, a alta do resultado primário explica-se quase que integralmente pela melhora das receitas.

Em torno de 35% da variação da arrecadação federal derivou de receitas ligadas às commodities, principalmente petróleo e combustíveis. Houve também uma contribuição importante das receitas do Regime Geral da Previdência Social e outros tributos associados à expansão da massa salarial.

Essa dinâmica favorável entre receitas e despesas deve ser revertida em 2023, com significativa queda da relação receita versus PIB. Esta é a grande preocupação neste Ano Novo que começa com um novo governo.

Investimento recomendado para o atual cenário

Fim de ano é um excelente momento para planejar os investimentos para o futuro. E quando pensamos em futuro, é importante lembrar da importância de se preparar ao longo dos anos para garantir uma vida tranquila na aposentadoria.

Os investimentos em previdência complementar recebem um tratamento tributário diferenciado. É um incentivo para que os brasileiros garantam ao longo da vida uma reserva financeira, e assim tenham mais tranquilidade por toda a vida.

O fundo MANAGER KINEA PREV RENDA FIXA, do Banco Safra, é um exemplo de fundo previdenciário recomendado para quem pensa no horizonte de longo prazo. Desde o início do ano, este fundo alcançou valorização de 13%, ficando acima do CDI.

Outro exemplo é o SAFRA PREV CAPITAL MARKET MAX. Ele busca retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa. Desde o início do ano ele alcançou valorização de 11,91%.

Os fundos de previdência privada podem complementar a renda e dar mais solidez ao patrimônio ao longo da vida. Esse tipo de aplicação financeira serve também para realizar sonhos de longo prazo, como a compra de um imóvel, ou garantir boas universidades para os filhos e netos.

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