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Ibovespa volta a cair na contramão das bolsas dos Estados Unidos

As bolsas de Nova York fecharam em alta com o apoio de ações de tecnologia e aviação, mas o Ibovespa caiu 0,94% aos 127,3 mil pontos

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No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar era cotado a R$ 4,9306, em alta de 0,02% | Foto: Getty Images

O Ibovespa caiu 0,94% nesta quinta-feira e fechou aos 127.315,74 pontos. O movimento foi na contramão do dia positivo nos Estados Unidos e na Europa.

O dólar à vista encerrou a sessão desta quinta-feira (18) praticamente estável, em leve alta, em dia de oscilações bastante contidas do câmbio doméstico, que continuou guiado pelas expectativas em torno dos rumos da política do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Dados fortes da economia americana levaram o dólar a R$ 4,9560 na máxima do dia, mas o movimento não se sustentou ao longo da tarde e fez com que a divisa americana terminasse a sessão praticamente inalterada.

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No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar era cotado a R$ 4,9306, em alta de 0,02%. Na mínima do dia, a divisa americana chegou a R$ 4,9130. Já o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de outras seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em alta de 0,07%, a 103,519 pontos.

Bolsas dos EUA sobem com ações de tecnologia e aviação

As bolsas de Nova York fecharam em alta firme nesta quinta-feira (18) e reverteram a tendência negativa dos dois primeiros pregões da semana com o apoio de ações dos setores de tecnologia e aviação. Novos dados que mostraram resiliência do mercado de trabalho dos Estados Unidos e comentários de um dirigente do Federal Reserve (Fed) ficaram em segundo plano.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,54%, a 37.468,61 pontos, impulsionado principalmente pelos saltos de 4,20% e 3,26% de Boeing e Apple, respectivamente. A fabricante de aeronaves subiu com um pedido de 150 aviões Air Max 737 da indiana Akasa Air.

Já a big tech foi beneficiada por previsões otimistas de receita da taiwanesa TSMC. A demanda por chips semicondutores indica também uma procura maior por produtos da fabricante do iPhone. Na mesma linha, a NVidia subiu 1,88% hoje.

O desempenho forte das empresas de tecnologia levou o S&P 500 a uma alta de 0,88% neste pregão, a 4.780,94 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,35%, a 15.055,65 pontos. Dentre os 11 setores do S&P 500, o de tecnologia subiu 2,03% e liderou os ganhos, seguido por serviços de comunicação (+1,38%), que concentra as ações de várias big techs do país.

Outro setor que teve bom desempenho hoje foi o de companhias aéreas. Southwest Airlines (+6,94%), American Airlines (+6,88%) e United Airlines (+4,99%) figuram entre as dez principais altas do dia no S&P 500.

No cenário macroeconômico, o destaque foi a queda inesperada dos pedidos por seguro-desemprego nos Estados Unidos a 187 mil na semana passada, em seu menor nível desde setembro de 2022. O dado trouxe mais um sinal de resiliência da atividade e indicou que não há urgência para o Fed começar a reduzir os juros este ano.

Tal percepção foi corroborada por falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, em evento nesta quinta. Segundo o banqueiro central, os juros não devem começar a cair antes do terceiro trimestre. Hoje, é praticamente consenso no mercado que o ciclo de flexibilização começará, no mais tardar, no segundo trimestre. (Valor econômico)

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