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Brasil passa o México e volta a ser campeão mundial do juro real

Mesmo com o novo corte na taxa básica de juros, para 12,25% ao ano. o Brasil voltou a ter a maior taxa de juro real do mundo

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O Brasil passou a ter uma taxa de juros real de 6,90%, voltando a ultrapassar o México (6,89%) | Foto: Getty Images

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seguiu o plano de voo e reduziu pela terceira vez seguida a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 12,25% ao ano, em decisão unânime. Mesmo com a nova baixa na Selic, o Brasil retornou ao topo do ranking mundial dos juros reais (descontada a inflação à frente). Segundo levantamento do site MoneyYou com 40 economias, o Brasil passa a ter uma taxa de juros real de 6,90%, voltando a ultrapassar o México (6,89%).

Em terceiro, aparece a Colômbia (5,48%). A média das 40 economias pesquisadas é de 1,39%. Nas contas do BC, o juro neutro, que não estimula nem contrai a economia e, consequentemente, não acelera nem alivia a inflação brasileira, é de 4,5%.

Saiba mais

Conforme a sinalização dada no encontro anterior, em setembro, a queda da Selic decidida nesta quarta-feira já era amplamente esperada.

Ao justificar a decisão de hoje, o BC destaca que o Copom entende que “essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.

“Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, destaca o comunicado.

Projeções para a inflação

As projeções oficiais do BC para a inflação caíram para este ano e tiveram ligeira alta para 2024 e 2025, conforme o comunicado. No cenário de referência, que utiliza câmbio variando conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do IPCA de 2023 de 5,0% para 4,7%. Para 2024, a atualização foi de 3,5% para 3,6%. Já para 2025, foi de 3,1% para 3,2%.

No cenário de referência, a autarquia ainda atualizou no Copom as projeções para os preços administrados. Em 2023, a estimativa passou de 10,5% para 9,3%, com as recentes quedas de combustíveis. Já em 2024, variou de 4,5% para 5,0%. A projeção para 2025 ficou estável em 3,6%.

Nesse cenário, o BC considera ainda que o preço do petróleo deve seguir aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passar a aumentar 2% ao ano na sequência. Também adota a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2023, 2024 e 2025. (AE)

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