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‘Brasil é reconhecido como país que está fazendo a lição de casa’

Para o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Brasil chama a atenção por diligência e pragmatismo na economia

trabuco cappi

“Brasil ocupa papel de protagonista na transição verde pelas condições naturais que o País possui”, afirma Trabuco Cappi | Foto: Getty Images

O Brasil mereceu a atenção dos investidores presentes no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, onde foi visto como um País que está fazendo a lição de casa com diligência e pragmatismo, segundo o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

Em artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo, o executivo que participa o encontro anual de Davos há mais de uma década afirma que a percepção dos analistas internacionais se deve ao fato de que a economia brasileira cresceu mais que o esperado em 2023. Além disso, o Brasil continua em busca de reformar sua economia, afirma ele.

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Segundo Trabuco Cappi, o Brasil ocupa papel de protagonista na transição verde pelas condições naturais que o País possui. Num gesto emblemático, destaca ele, o empresário Bill Gates manifestou à ministra Marina Silva a sua intenção de visitar o Brasil antes da COP-30, marcada para novembro de 2025 em Belém.

“Minha expectativa é voltarmos a Davos no ano que vem com uma nova lista de desafios superados pelo Brasil — para buscar novas ideias e indicações dos rumos sobre a existência humana”, escreveu.

Ele relata que a cada edição do encontro de Davos continua em busca de entender como a reunião de pessoas tão diferentes, vindas de vários lugares do planeta, consegue manter desde 1971 o dinamismo de ideias e propósitos, em sintonia com os desafios contemporâneos.

Inteligência artificial foi destaque nos debates de Davos

O encontro anual do Fórum Econômico Mundial reúne chefes de governos, executivos de organismos multilaterais, líderes de companhias privadas, membros de ONGs e representantes da sociedade civil.

Em 2024, com o tema ‘Reconstruindo a confiança’, a proposta dos organizadores, liderados pelo professor Klaus Schwab, partiu do reconhecimento da fragilização das instituições e da troca, em muitas regiões do mundo, do diálogo civilizado pela polarização. Nos painéis, os temas dominantes foram o rumo da taxa de juros, a inflação, a concentração da renda, as guerras na Europa e no Oriente Médio, as tensões geopolíticas na Ásia e América do Sul.

“As preocupações incluem como estruturar métricas de risco para questões como as crises humanitárias geradas pela fome e pobreza extrema”, explica Trabuco.

Segundo ele, a inteligência artificial assumiu grande relevância nos debates deste ano. “O Fórum aplaudiu a integração da IA às atividades diárias das pessoas ao mesmo tempo em que reconheceu a importância de modelos de governança para o seu desenvolvimento”.

No artigo, ele destaca que o debate sobre a inteligência artificial trouxe à luz, com muita ênfase, uma série de posições distintas, de governos e empresas, que mais tarde poderão se materializar em novos protocolos e entendimentos. A necessidade de regulação foi defendida pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, um dos representantes do governo brasileiro em Davos.

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