Brasil pode se tornar a Suíça Latina, afirma presidente do Instituto Internacional de Finanças
Associação internacional de instituições financeiras destaca o superávit comercial da região, a estabilidade e a moeda forte do Brasil
29/05/2023Presidente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), uma associação internacional de instituições financeiras, o economista Robin Brooks foi às redes sociais na semana passada para compartilhar sua análise de que o Brasil caminha para se tornar “a Suíça da América Latina”, ao destacar o superávit comercial da região ao longo das últimas décadas.
“Está surgindo um enorme superávit comercial, diferente de qualquer outro país da região. Isso vai dar ao Brasil estabilidade externa e uma moeda forte”, publicou o economista no Twitter.
Brasil deve ser a âncora da América Latina, afirma presidente do IIF
Ex-estrategista de câmbio do Goldman Sachs, Brooks anexou à análise um gráfico exibindo o superávit comercial em países da América Latina entre os anos 2000 a 2023, onde o Brasil se destaca dos seus vizinhos, como Argentina, Chile e México. “O Brasil será a âncora da região”, finalizou Brooks.
Inflação na Zona do Euro
De acordo com relatório publicado pelo IIF (Instituto de Finança Internacionais, na sigla em inglês), o aumento acentuado da inflação na zona do euro é um resultado de choque de oferta, e não de demanda. O caso mais recente da guerra na Ucrânia aumentou ainda mais a inflação na região.
O IFF recomenda cautela para o Banco Central Europeu (BCE) nos próximos aumentos da taxa básica de juros do bloco.
Segundo o relatório, as condições financeiras da zona do euro estão mais apertadas do que em outros países que lidam com inflação alta, como os Estados Unidos.
A análise do instituto aponta também que a alta na inflação da zona do euro se assemelha à que vimos nos EUA meses atrás, e que tal qual nas terras americanas, a pressão inflacionária tende a diminuir na Europa, com seis meses de atraso.
Caso a inflação siga caindo nos EUA, isso deve permitir que o BCE faça uma pausa no aperto monetário nos próximos meses. (AE)