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Brasileiro está lendo mais, aponta pesquisa

Venda de livros no país aumentou 25% em relação a 2020 puxada pela crescente movimentação do varejo digital

Livraria

Aumento do consumo de livros não chegou às livrarias físicas, que tiveram de encolher suas operações na pandemia | Foto: Divulgação

O brasileiro está lendo mais. A conclusão da pesquisa mensal do varejo realizada para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) mostra que as vendas de livros no primeiro trimestre deste ano aumentaram 25% em relação ao mesmo período de 2020.

A movimentação financeira do mercado livreiro cresceu menos: cerca de 15,5%.

No primeiro trimestre de 2021, a receita com a venda de livros somou R$ 544 milhões, contra R$ 471,5 milhões no mesmo período de 2020.

Segundo o presidente do Snel, Marcos da Veiga, a diferença se deve ao aumento de saída de mais obras gerais e à diminuição da aquisição de livros escolares, que são mais caros.

Além disso, segundo ele, a concentração do crescimento ocorreu no varejo on-line, que tem uma prática de descontos agressiva. 

“O quadro muito positivo é que o brasileiro está lendo mais. Desde julho do ano passado, as vendas têm crescido e continuaram crescendo este ano, o que, para mim, evidencia uma reconexão com o livro e com a leitura”, diz.

Livrarias digitais ocupam espaço das físicas

A pesquisa encomendada pelo Snel aponta o investimento crescente do varejo on-line em promoções e eventos como estímulo do consumo.

Em contrapartida, vendas em livrarias físicas definham, lojas reduzem operações e não têm perspectiva de retomada de crescimento.

“Nos cerca de 14 meses da pandemia, as livrarias físicas passaram no mínimo metade desse tempo ou fechadas ou com muitas restrições, o que gera forte prejuízo econômico-financeiro”, disse.

Mudança de hábito

De acordo com Veiga, o funcionamento precário das lojas presenciais tem efeito no hábito do leitor tradicional, que encontrava prazer em manusear os livros, conhecer autores nos lançamentos e conversar com os livreiros.

“Essa é a uma parte difícil da pandemia, que continua”, lamenta o presidente do Snel, que divulga a pesquisa nesta sexta-feira, 23, por ocasião do Dia Internacional do Livro.

A data foi escolhida pela Unesco para celebrar o livro, incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre direitos legais. (Agência Brasil)

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