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BRF foi o grande “tombo” da semana no Ibovespa

Papel da companhia derreteu e fechou a semana em queda de 17,34%; siderúrgicas e Vale também pressionaram o índice

Mercado financeiro

O mau desempenho de ações de estatais, commodities e siderurgia pressionou o índice para o campo negativo | Foto: Getty Images

Na semana que antecedeu a definição do processo eleitoral no Brasil, o Ibovespa fechou no vermelho, em queda de 4,49%, aos 114.539pontos. O mau desempenho de ações de estatais, commodities e siderurgia pressionou o índice para o campo negativo.

O papel que apresentou a maior queda foi o da produtora de proteína animal, BRF. A expectativa de resultados do terceiro trimestre mais fracos fez com que os investidores realizassem posições que tinham na empresa. O papel perdeu 17,34%.

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Nem mesmo a parceira com uma empresa saudita, a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária integral do Public Investment Fund (PIF), fez com que a ação ganhasse fôlego.

A joint venture prevê a criação de uma sociedade que atuará na cadeia completa de produção de frangos na Arábia Saudita, com a venda de produtos frescos, congelados e processados. A BRF deterá até 70% da sociedade e a HPDC, 30%, segundo comunicado ao mercado.

A parceria tem investimento combinado de US$ 500 milhões, dos quais US$ 125 milhões pela BRF GmbH e pela HPDC quando da constituição da sociedade, e o restante contribuído “oportunamente de acordo com o plano de investimento a ser estabelecido pelas partes”.

O acordo também estabelece a criação de uma sede para negócios Halal, um centro de inovação de alimentos Halal e um centro de excelência na Arábia Saudita.

As ações de siderúrgicas e da Vale também foram os destaques negativos da semana. CSN recuou 13,25% e a mineradora 9,01%. “Os papéis destas empresas foram pressionados pelo minério de ferro, que caiu 6,9%”, afirmou Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra.

Já as estatais foram afetadas pelo cenário eleitoral. Banco do Brasil e Petrobras recuaram 13,65% (PETR4), 13,91% (PETR3) e 13,12%, respectivamente.

Na ponta positiva, as ações de empresas de educação foram os destaques da semana. Yduqs e Grupo Cogna avançaram mais de 10%.

As ações do setor de educação costumam se beneficiar nos governos do PT, caso Luiz Inácio Lula da Silva vença as eleições. Yduqs subiu 21,91% e Cogna, 8,90%.

“Suzano e WEG também subiram bastante em razão da expectativa pelos resultados do terceiro trimestre deste ano”, disse Pinheiro. Papéis das companhias subiram 10,91% (Suzano) e 9,29% (WEG)

Nesta semana, a Suzano anunciou a aquisição dos negócios de papéis de higiene e lenços de papéis (tissue) da Kimberly-Clark no Brasil. A negociação é estimada entre US$ 200 milhões, sem a inclusão das dívidas, e US$ 300 milhões, com os passivos, pela compra da marca Neve, além da fábrica de tissue em Mogi das Cruzes (SP), com capacidade de produção de aproximadamente 130 mil toneladas.

Outros ativos da Kimberly-Clark, como as marcas Kleenex e Scott, serão licenciadas para a Suzano por um prazo a ser determinado.

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