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Cápsula do tempo de 130 anos é achada sob estátua derretida por ser incorreta

No pedestal da estátua do general confederado Robert E. Lee, que foi removida por ser considerada incorreta, cápsulas do tempo chamam a atenção

Cápsula do tempo

Segunda cápsula do tempo foi encontrada sob o pedestal da estátua que será derretida | Foto: Divulgação

Trabalhadores que desmontavam o pedestal da estátua de um general confederado americano descobriram na segunda-feira, 27, uma caixa de cobre que teria sido enterrada há 130 anos, e que seria a segunda cápsula do tempo resgatada neste local em Richmond, no Estado norte-americano da Virgínia. A estátua do general confederado Robert E. Lee foi removida por ser considerada incorreta.

“Foi encontrada!”, tuitou o governador do Estado, o democrata Ralph Northam. “Esta é provavelmente a cápsula do tempo que todo mundo estava procurando.”

A caixa de cobre de 1887 continha moedas, livros, recortes de jornais e outras bugigangas. Historiadores esperavam encontrar a cápsula do tempo com base em um artigo de jornal na época, mas foi preciso alguma escavação para localizar. Na semana passada, os conservadores encontraram inesperadamente uma segunda cápsula do tempo que eles acham que foi deixada um ano ou dois depois da de 1887. Aquele continha um almanaque de 1875, livros e uma moeda.

Os conservadores procuravam a caixa desde setembro, quando a estátua de bronze de 12 toneladas do general confederado foi derrubada.

Saiba mais

Segundo um artigo de um jornal de 1887, a base da estátua do general confederado Robert E. Lee ocultava uma cápsula do tempo contendo relíquias como botões e balas, moedas, mapas, uma imagem rara do presidente assassinado Abraham Lincoln em seu caixão e outros artigos.

Na semana passada, curadores abriram um contêiner do tamanho de uma caixa de sapato, encontrada na base da estátua, mas que não era a mencionada no jornal antigo.

Caixa com documentos históricos foi encontrada no pedestal de estátua de general

A caixa encontrada na segunda-feira tem quase o dobro do tamanho e foi encontrada mais abaixo no solo. Northam, que acompanhou o tuíte com uma imagem do cofre, alertou que os curadores estudariam a peça.

A preocupação, segundo o jornal The Washington Post, é que a caixa foi encontrada coberta por água. “Não está claro se a água entrou na caixa ou não”, disse Grant Neely, porta-voz do governador Northam.

Imagens de raios-X divulgadas na noite de segunda-feira pelo gabinete do governador sugeriram que pelo menos alguns itens dentro da caixa permanecem intactos.

A caixa está programada para ser aberta às 13 horas (hora local, 15 horas de Brasília) de terça-feira, 28, em um laboratório de conservação no Departamento de Recursos Históricos do Estado.

A caixa menor continha três livros, pelo menos um panfleto, uma fotografia e uma moeda de prata. A maioria dos itens parecia estar relacionada aos homens que projetaram ou construíram o monumento original.

Eles estavam molhados, mas surpreendentemente intactos, e estão em processo de conservação para que os historiadores possam entender melhor a história que contam.

Durante a Guerra Civil, o sul confederado separou-se dos Estados Unidos e lutou para manter a escravidão, que o restante do país tinha abolido.

A estátua de Lee em Richmond, cidade da Virgínia que foi a capital do sul durante o conflito sangrento de 1861-65, está entre os monumentos que foram removidos nos últimos meses por representar os confederados, partidários da escravidão.

A estátua foi alvo de protestos contra o racismo no ano passado após a morte de George Floyd, um homem negro assassinado por um policial branco em Minnesota. (AE)

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