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Cepa indiana tem primeiro caso no Estado de São Paulo

Passageiro de 32 anos desembarcou em Guarulhos no dia 22 de maio, e amostra foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz

Aeroporto

Autoridades reforçam barreiras sanitárias em aeroportos e rodoviárias para tentar conter a transmissão do vírus | Foto: Getty Images

O Estado de São Paulo identificou o primeiro caso da cepa B.1.617 do coronavírus, conhecida como variante indiana. O paciente tem 32 anos, é morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 22 de maio. A amostra foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria Estadual da Saúde, e o sequenciamento, finalizado nesta quarta-feira, 26.

O passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento no aeroporto. O órgão federal informou a pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. Segundo o governo estadual, não há registros de um caso autóctone desta linhagem no Estado de São Paulo.

A secretaria informou que, imediatamente após ser comunicada pela Anvisa, iniciou as medidas de vigilância epidemiológicas necessárias junto ao município.

Passageiros do voo estão sendo investigados

A lista completa dos passageiros do voo está sendo investigada, assim como os funcionários do aeroporto, laboratório e contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram notificadas para o acompanhamento do caso.

Desde o último dia 14 de maio, as equipes de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde notificam os municípios de residência de todos os passageiros vindos da Índia que desembarcam no Brasil. A medida é uma parceria com a Anvisa, que envia para a Saúde a lista completa dos passageiros do voo.

Questionado em coletiva de imprensa do governo de São Paulo realizada nesta quarta-feira, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse ter enviado ofício na terça à Anvisa a respeito de medidas para evitar o espalhamento da variante indiana, como a identificação rápida de pacientes sintomáticas e da busca ativa.

“Ao longo dos últimos dias, a Secretaria de Estado da Saúde vem acompanhando e fazendo em paralelo tratativas tanto com a Anvisa, bem como com os municípios que detêm a presença de portos e aeroportos, no sentido de conter esse eventual vírus que possa estar adentrando por essas portas.”

Prefeitura de São Paulo faz triagem rodoviária

Segundo ele, a busca ativa já está sendo feita nos voos pelas empresas aéreas. “Ao saírem das aeronaves, a Anvisa já o aguarda (suspeito de ter sido infectado) na porta dos aviões, realiza a testagem em um ambiente afastado, isolado, para que sequer entre em contato com outros pacientes ou passageiros nas áreas comuns do aeroporto. Se esse teste vier positivo, esse paciente será de imediato colocado em isolamento, que será feito pelo município, tanto a realização de testes para fazer a análise genotípica, para saber se é a variante ou não e monitorar todos que tiveram contato, inclusive passageiros.”

A Prefeitura de São Paulo começou a fazer triagem no Terminal Rodoviário do Tietê na terça-feira, 25, para tentar evitar a entrada da variante indiana na cidade. Os passageiros que chegam do Maranhão, local onde a variante foi confirmada, têm a temperatura aferida e precisam preencher um questionário de saúde. Outras ações de prevenção estão sendo feitas nas rodovias.

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