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Deflação maior que a esperada na China afeta preços do minério de ferro

A semana conta com diversos indicadores econômicos, assim como decisões de política monetária pelos principais bancos centrais, inclusive no Brasil e nos EUA

China

Bolsas no exterior apresentam desempenho misto neste início de semana com decisões de juros no Brasil e nos EUA | Foto: Getty Images

Deflação maior que a esperada na China levantam receios sobre a estagnação da economia do país, o que afeta os preços internacionais do minério de ferro. Bolsas no exterior apresentam desempenho misto.

A semana conta com diversos indicadores econômicos, assim como decisões de política monetária pelos principais bancos centrais (EUA e Europa) após dados do mercado de trabalho na última sexta-feira reduzirem o otimismo com os cortes de juros.

O Ibovespa apresentou alta de +0,86% no último pregão, cotado a 127.093,57 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 128.300 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 130.850 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.000 O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou leve alta de +0,29% no último pregão, cotado a 4.937,50 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Doméstico:

Pesquisa Focus é destaque de da agenda antes de divulgação de IPCA e decisão de juros pelo Banco Central brasileiro. Semana contará com agenda repleta no Congresso para aprovar medidas que assegurem déficit zero.

Commodities:

Petróleo apresenta baixa (USD75,3/b; -0,66%)
Minério de ferro apresenta queda com dados mais fracos da economia chinesa (USD134,9/t; -0,49%)

Empresas:

Braskem: Mina da Braskem tem rompimento em Maceió neste domingo, disse a Defesa Civil, ressaltando que a mina e o entorno estão desocupados e “não há qualquer risco para as pessoas” / Braskem analisa pedido de Maceió p/ reabrir acordo de R$ 1,7 bi
CSN Mineração: Ação rebaixada a underweight por JPMorgan

Agenda do Dia:

08:25 – Brasil – Pesquisa Focus
15:00 – Brasil – Balança comercial/Semanal

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 127.094 (+0,86%)
S&P: 4.604 (+0,41%)
Dólar Futuro: R$4,94 (+0,29%)

Atualizações Safra:

Weg: Conclusões do evento Investor Day

A Weg realizou no dia 8 de dezembro o Investor Day, quando também promoveu uma visita à sua fábrica de transformadores em Blumenau (SC). O evento contou com a participação dos principais executivos, e a empresa forneceu algumas atualizações, inclusive sobre a mudança de CEO, iniciativas estratégicas para o crescimento sustentável e discussões sobre mobilidade elétrica, soluções em transmissão e distribuição de energia, o robusto desempenho financeiro da empresa e seu roteiro estratégico. Os principais destaques incluem:
Novo CEO. Antes do evento, a Weg anunciou que Alberto Kuba (atual Diretor da Divisão de Motores) foi nomeado o novo CEO da empresa, sucedendo a Harry Schmelzer Jr. a partir de janeiro de 2024. Tal movimento está planejado desde os últimos dois anos como parte do plano de sucessão da Weg.
Atualização estratégica – Harry Schmelzer Jr. (CEO). Os produtos de ciclo curto enfrentaram acomodação da procura e pressão sobre os preços; no entanto, a Weg espera que o cenário melhore até 2025. Olhando para o futuro, a Weg continua buscando um crescimento de receita de dois dígitos. Schmelzer vê diversas oportunidades para a Weg provenientes de tendências em transição energética, descarbonização, eletrificação e oportunidades de nearshoring no México para transformadores, internacionalização da empresa e aumento de investimentos em digitalização.
Mantemos nossa classificação Neutra na Weg. Conforme discutimos em nosso Início de Cobertura, não esperamos que as receitas da Weg continuem crescendo no mesmo ritmo visto nos últimos anos, quando foi impactada positivamente por eventos não recorrentes, especialmente maiores vendas de sua unidade de negócios de energia (GTD) após a aceleração da energia solar no Brasil e uma interrupção na cadeia de suprimentos, que impulsionou o desempenho da empresa no exterior.

Rumo: Desempenho Operacional Positivo em Novembro

A Rumo divulgou seu desempenho operacional referente a novembro de 2023, atingindo 6,6 bilhões de TKUs em volume total expedido, crescimento de 10,2% A/A. Esta melhoria foi impulsionada por volumes mais fortes transportados através das redes Norte (+17% A/a) e Central (+2,5% A/a), compensando a queda de 9% A/a na sua rede Sul, que apesar de enfrentar um aumento de 206% A/a em Soja mais farelo de soja, foi impactado negativamente pela queda de 32% A/a nos volumes de milho.
Vemos o resultado mensal como positivo para as ações da Rumo. O volume embarcado em novembro ficou 3% acima da nossa previsão de 6,4 bilhões de RTKs.
Mantemos nossa classificação de Compra para as ações da Rumo com base em sua robusta tese de investimento, que é respaldada pelo desempenho resiliente do setor agrícola no Brasil, pois esperamos que a empresa continue se beneficiando do aumento dos volumes de grãos a serem transportados no 2S23 . Além disso, o volume represado de grãos ainda a serem transportados deve sustentar as negociações tarifárias da empresa para 2024. A empresa atualmente negocia com uma TIR real de 9,6%, +389bps sobre os títulos brasileiros indexados à inflação de 10 anos (NTN-Bs 2035 ).

GPA Brasil: Oferta primária potencial

No dia 10 de dezembro, o GPA anunciou sua intenção de captar até R$ 1,0 bilhão por meio de oferta primária de ações e convocou assembleia geral extraordinária para eleger uma nova chapa para o Conselho de Administração da empresa.
Diminuição acentuada da alavancagem. O GPA possui atualmente uma posição de dívida líquida de R$ 3,0 bilhões, ou uma relação dívida líquida/EBITDA de 7,2x (ex IFRS). Considerando a oferta de R$ 1,0 bilhão, a dívida líquida seria de R$ 2,0 bilhões, com alavancagem de 4,8x; além disso, se considerarmos os recursos já anunciados provenientes da venda da participação do GPA no Éxito e na C-Nova, a dívida líquida cairia para R$ 1,2 bilhão e a alavancagem para 2,8x.
Novo Conselho de Administração; Cassino saindo. O Casino alienou e/ou anunciou a sua intenção de alienar os seus ativos não essenciais. Além disso, a composição proposta do Conselho de Administração é a seguinte: dois membros do Casino entre nove, sendo seis membros independentes e Marcelo Pimentel (CEO do GPA), entre quatro membros do Casino entre oito, sendo três membros independentes e o Sr. Pimentel. Consequentemente, acreditamos que o Casino não participará da oferta de ações, o que resultaria na diluição de sua participação atual de 40,9% para 20,4%, assumindo o preço médio de fechamento dos últimos 30 dias como base para estabelecer a quantidade de novas ações a serem emitidas (270,6 milhões).
Nossa opinião. A notícia é positiva do lado do balanço, pois reduz drasticamente o endividamento da empresa. Contudo, a diluição resultaria na redução do nosso preço-alvo para R$ 4,1/ação, dos atuais R$ 4,5/ação. Além disso, continuamos vendo o GPA com um grande gap de ROIC em relação aos seus pares (atualmente em 3% vs. Assaí em 16% e Grupo Mateus em 17%), o que é o principal motivo de nossa classificação Neutra. Vale ressaltar que estamos considerando a margem EBITDA na parte inferior da faixa de guidance da empresa (8%–9%). Se assumíssemos o topo da faixa de guidance (9%), nosso preço-alvo seria de R$ 6,8/ação, pós-oferta.

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