close

Incentivos à atividade na China favorecem preços do minério de ferro

Além da economia da China, os balanços corporativos estão em destaque no mercado financeiro nesta quarta-feira

Medidas de apoio à economia pela China favorecem perspectiva para demanda de commodities | Foto: Getty Images

Medidas de apoio à economia pela China favorecem perspectiva para demanda de commodities, o que dá suporte aos preços do minério de ferro. Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo negativo. Resultados corporativos divulgados ontem foram mistos, com desempenho positivo de Microsoft, que subiu depois que a performance em seu negócio de nuvem superou as estimativas, enquanto Alphabet caiu no pós mercado com frustração com os lucros em sua unidade de nuvem. Hoje será divulgado balanço de Meta. Agenda do dia conta com dados do mercado imobiliário nos EUA.

O Ibovespa apresentou ontem alta de +0,87% no último pregão, cotado a 113.761,90 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio prazo e no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 120.000 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.600 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 112.750. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

Saiba mais

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,47% no último pregão, cotado a 4,997 pontos. O ativo perde uma região de suporte anterior e se encontra em tendência neutra no médio prazo e no curto de baixa. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.865 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.790. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.040 e a segunda em 5.200.

Doméstico:

Texto da reforma tributária deve ser lido no Congresso e Senado pode tentar aprovação de desoneração e projeto das offshores. Dados de confiança do consumidor de outubro mostram recuo para 93,2, de 97 na leitura anterior.

Commodities:

Petróleo apresenta leve baixa (USD87,9/b; -0,11%)
Minério de ferro registra alta com planos da China para estimular a construção (USD117,3/t; +1,03%)

Empresas:

Santander Brasil: Lucro recorrente no 3º trimestre atinge R$ 2,73 bi, com queda de 13% sobre mesmo período do ano passado / Estimativa era de que lucro líquido gerencial alcançaria R$ 2,61 bilhões

Braskem: Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou a abertura de CPI para investigar supostos danos ambientais causados pela Braskem

Raízen: Moagem de cana da Raízen aumentou para 37,5 milhões de toneladas no segundo trimestre da safra 2023/24

Grupo Casas Bahia: Cia marcou AGE em 16 de novembro para avaliar o grupamento de suas ações ordinárias na proporção de 25 para uma

Carrefour: Vendas brutas do Carrefour Brasil, incluindo as de gasolina, caíram 3,9% ao ano para R$ 28,20 bilhões no terceiro trimestre

WEG: Cia comprou uma participação de 45% na empresa alemã Bewind por um valor não informado / Weg Lucro líquido 3T frustra estimativas

Direcional: Citi eleva Direcional a compra e

Positivo: Citi inicia Positivo como compra

Agenda do Dia:

11:00 – EUA – Vendas de Casas Novas/Setembro
Balanços: Klabin e Neoenergia

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 113.762 (+0,87%)
S&P: 4.248 (+0,73%)
Dólar Futuro: R$4,99 (-0,47%)

Atualizações Safra:

Raízen: Prévia operacional mostra tendências favoráveis

A Raízen divulgou sua prévia operacional não auditada para o 2T24 (2T da safra 2023/24) com números animadores de produção em sua operação agroindustrial e preços de açúcar e etanol melhores que o esperado. Os volumes de vendas, por outro lado, ficaram abaixo da nossa previsão, refletindo principalmente menores volumes de revenda. Na divisão de mobilidade, os volumes ficaram em linha com as estimativas e a dinâmica esperada do mercado. Em suma, vemos a previsão como positiva, com um bom desempenho agroindustrial refletindo a melhoria na produtividade e nos preços realizados seguindo uma tendência melhor do que prevíamos, potencialmente compensando os volumes de revenda abaixo do esperado. Adicionalmente, os resultados da divisão de mobilidade no Brasil deverão ser beneficiados pelo aumento de preços no trimestre. Mantemos nossa recomendação de Compra.

Dados de setembro da Aço Brasil

A Aço Brasil (Associação Brasileira da Indústria Siderúrgica) divulgou os dados do setor referentes a setembro. O consumo total de aço aumentou 5% em relação ao mês anterior, para 2.240 mil toneladas, refletindo uma queda sequencial de 4% nas vendas de laminados e um aumento de 26% nas importações, cujo crescimento foi impulsionado por volumes mensais 26% maiores em ambos os planos (342 mil toneladas) e produtos siderúrgicos longos (176 mil toneladas). A penetração das importações continuou a avançar e atingiu 23,1% (+3,8p.p. M/m). As perspectivas para a indústria continuam difíceis, tendo em conta a ausência de indicadores claros de recuperação nos sectores consumidores de aço, prémios à paridade de importação e margens de produção siderúrgicas pressionadas.

Shoppings: prévia do resultado do 3T23

Prevemos outro conjunto de resultados positivos para todas as três operadoras de shoppings sob nossa cobertura. A história continua a mesma, com o trimestre trazendo tendências semelhantes às dos períodos recentes. Apesar da base de comparação mais dura, o crescimento das vendas deverá atingir valores elevados de um dígito (6%-9%), impulsionado pelos segmentos de serviços, restaurantes e entretenimento. Como resultado, números operacionais mais saudáveis e baixos níveis de inadimplência permitirão que as empresas continuem pressionando pelo crescimento real dos aluguéis, superando o impacto da redução do índice de inflação (IGP) usado para reajustar seus contratos de aluguel. Isto, combinado com um melhor mix de locatários e menos descontos concedidos, deverá impulsionar a expansão do faturamento e do FFO. A Iguatemi deverá ser o destaque positivo do trimestre, beneficiando-se do maior volume de renovações de contratos ao longo do ano passado (levando ao maior crescimento de mesmos alugueis entre os players listados), das despesas gerais e administrativas estáveis e do maior nível de vendas de espaços comerciais (o que deverá impulsionar a maior expansão de FFO).

Saúde: prévia dos resultados do 3T23 – HAPV e FLRY devem liderar o grupo; QUAL será o retardatário novamente

A melhoria da sinistralidade (MLR) das operadoras de saúde deve ser o destaque do trimestre, em nossa opinião. No geral, os operadores de cuidados de saúde deverão beneficiar de melhorias no MLR, impulsionadas por aumentos agressivos de preços, enquanto os hospitais deverão enfrentar alguns obstáculos sequenciais devido à alavancagem operacional sazonalmente mais baixa. Os resultados dos laboratórios devem vir sem grandes surpresas, em nossa opinião, enquanto Oncoclínicas e Viveo provavelmente apresentarão sólido crescimento de receita e alguma expansão de margem em relação ao ano anterior, apesar de alguma pressão sequencial. A Odontoprev deve continuar com tendência positiva, impulsionada pelas adições líquidas e algum crescimento de tickets, enquanto a Qualicorp continua sofrendo com a contração de associados e desalavancagem operacional.

Alimentos e Bebidas – Secex: Terceira semana de outubro – Volumes perderam força após fortes números da semana anterior

As exportações de proteínas diminuíram sequencialmente, à medida que os volumes diários médios enfrentaram fortes comparações com a semana anterior. A Secretaria de Comércio Exterior do Brasil (Secex) divulgou os dados preliminares da terceira semana de outubro. Os números foram fracos para todas as três proteínas, após o aumento de volume observado na segunda semana de outubro. Este mês não apresentou uma tendência clara em termos de volume até o momento, mas se continuar nesse ritmo, devemos esperar volumes menores no mês. Além disso, os preços diminuíram sequencialmente, principalmente para a carne suína. Embora os volumes globais permaneçam sólidos para todas as três proteínas em comparação com os níveis históricos, não vemos sinais de recuperação dos preços para os níveis observados em 2022 no curto prazo.

Varejo Alimentar – Atualização: O setor continua a oferecer boas opções de investimento

Apresentamos os nossos novos preços-alvo para 12 meses e novas estimativas para o setor do varejo alimentar, após incorporar os resultados recentes das empresas e novos pressupostos macroeconómicos, ao mesmo tempo que adotamos uma nova abordagem em relação aos subsídios fiscais relacionados com pagamentos de juros sobre o capital próprio, excluindo o subsídio a partir de 2024. em diante. Os resultados recentes foram marcados pelo impacto negativo da desaceleração da inflação alimentar, que afetou negativamente o desempenho das vendas em mesmas lojas das empresas. No entanto, continuamos esperando um crescimento robusto do faturamento em 2024 para o Assaí e o Grupo Mateus de 18% e 26%, respectivamente, apoiado pela expansão de sua presença (lojas novas e recentemente convertidas). Quanto ao Carrefour, a expansão deverá ser mais limitada (+9%), uma vez que a empresa deverá continuar a apostar na integração do Grupo BIG (“BIG”), limitando a expansão da sua presença.
Como resultado, mantemos uma classificação de Compra na ASAI (preço-alvo de R$ 17,0/ação contra R$ 19,1/ação) e GMAT (R$ 8,7/ação contra R$ 9,0/ação), já que ambos continuam a oferecer um potencial de crescimento considerável. Também mantemos o rating Neutro do CRFB (TP R$ 10,3/ação contra R$ 14,2/ação), pois apresenta o menor upside entre os três e continuamos vendo a consolidação do Grupo BIG como desafiadora, o que foi evidenciado pelo seu desempenho no 1S23 resultados (EBITDA e margem EBITDA 23% e 109bps inferiores às nossas estimativas, respectivamente).
Assaí como nossa nova escolha: Menor exposição a subsídio de imposto de renda relacionado a benefícios fiscais sobre vendas. Discussões exógenas como a tributação (juros sobre capital próprio e subsídios de incentivos fiscais), as curvas de rendimento e o cenário macroeconômico trouxeram significativa volatilidade às ações do setor. Entre esses fatores, o que tem maior impacto nos lucros e no valuation está relacionado com os subsídios de incentivos fiscais, que deverão reduzir os lucros do GMAT em 36% em 2024 e o seu preço-alvo em 23%, em comparação com o impacto no ASAI de – 21% e -12%, respectivamente. Consequentemente, colocamos a ASAI como a nossa principal escolha no setor, embora reconheçamos a dinâmica mais forte dos lucros da GMAT.
CRFB: Por que não uma venda? Os resultados decepcionantes de curto prazo, tanto reais (1S23) quanto esperados (2S23 e 2024), foram os principais impulsionadores de nossa revisão para baixo nas estimativas de lucros e, em última análise, da redução do preço-alvo em 27%, limitando o upside a 17%. Assumimos uma margem EBITDA de longo prazo de 6,1% em comparação com o pico histórico do CRFB (antes da aquisição do BIG) de 7,9% e 7,1% no nosso modelo anterior. Se considerássemos uma margem EBITDA de 7,1% no longo prazo, nosso preço alvo seria de R$15,1/ação, gerando um robusto potencial de valorização de 71%. Assim, considerando a opcionalidade positiva, mantemos um rating Neutro para o CRFB, apesar do limitado potencial de valorização do nosso cenário base.
Por fim, apresentamos também a nossa prévia dos resultados do setor no 3T23, com GMAT e ASAI como destaques positivos. Esperamos um crescimento de receita de 16% e 21% para GMAT e ASAI, respectivamente, devido às vendas em mesmas lojas positivas e à abertura de lojas orgânicas do GMAT, enquanto, no caso do ASAI, novas lojas (orgânicas e conversões) devem compensar a pressão de vendas em mesmas lojas. A expansão da presença para ambos deverá resultar numa redução da margem EBITDA, o que não deverá ser uma surpresa. CRFB deve ser (novamente) o destaque negativo, pois esperamos uma receita menor e uma queda significativa de 110bps na margem EBITDA A/A.

Abra sua conta no Banco Safra.

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra