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Comitê da crise hídrica amplia o uso de térmicas a gás e diesel

Grupo criado para monitorar a crise hídrica aprova ampliação de geração em usinas termoelétricas e deve rever cotas mínimas de hidrelétricas

Termoelétrica

Energia gerada em usinas termelétricas movidas a óleo diesel e gás natural encarecem a conta de luz | Foto: Getty Images

A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), grupo interministerial responsável por monitorar a crise hídrica, decidiu referendar medidas para garantir o suprimento de energia elétrica em meio à grave crise hídrica no País.

Entre elas estão ações para ampliar o fornecimento de energia elétrica por meio de usinas termelétricas movidas a óleo diesel e gás natural.

Para garantir o uso de térmicas, o colegiado também deu aval para a disponibilização de um terceiro navio regaseificador, no terminal de regaseificação de Pecém, no Estado do Ceará.

Térmicas socorrem setor elétrico na crise hídrica

Desde o ano passado, o governo autorizou o uso dessas usinas, que produzem energia mais cara, para garantir o abastecimento de energia elétrica no País.

Em uma sinalização de preocupação com o agravamento da crise hídrica, o grupo deu aval para a realização de estudos para a permanência de medidas para reter mais água nos reservatórios das usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera no próximo período úmido, entre os meses de dezembro de 2021 e abril de 2022.

Também serão realizados estudos sobre as condições de atendimento eletroenergético na transição do período seco para o período úmido de 2021 e para o atendimento em 2022.

Cotas mínimas de hidrelétricas serão revistas

Além disso, o grupo aprovou a realização de estudos sobre a flexibilização temporária da Regra de Operação do rio São Francisco e as cotas mínimas a serem adotadas para os reservatórios das usinas hidrelétricas de Ilha Solteira e Três Irmãos.

No período de 28 a 31 de agosto, a cota mínima das usinas será de 324,2 metros. Em setembro, a cota será de 323 metros.

As recomendações foram feitas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). O colegiado, também presidido pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se reuniu nessa quarta-feira, 4. Diferente do CMSE, que faz recomendações, as definições da Câmara são de caráter obrigatório de cumprimento e deverão ser priorizadas por todas as instituições. (AE)

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