Alta das commodities está apenas começando, avalia J. Safra Sarasin

A inflação começou a subir em 2021, durante a pandemia, e os Bancos Centrais avaliaram que seria um movimento momentâneo. Hoje, com os índices ainda altos, o cenário mostra oportunidades em alguns tipos de investimentos, de acordo com Phillip Bärtschi, Diretor de Investimentos do J. Safra Sarasin.

“A tendência é acompanhar iniciativas que protegem o planeta com tecnologias que melhorem resultados para pessoas” disse  o executivo durante o painel “Perspectivas do Mercado Global: Oportunidades de Investimento num Ambiente Inflacionário”, no J. Safra Brazil Conference 2023. Para ele, as CoCo Bonds (Contingent Convertible Bonds), determinadas ações de empresas e commodities são caminhos promissores.

Em ações, as principais oportunidades devem surgir em empresas que propõe disrupções tecnológicas com ganhos de eficiência, luta contra mudanças climáticas e ações sustentáveis. As oportunidades em commodities seguem a mesma linha e estão ligadas a ações sustentáveis, mas também à valoração baixa nos últimos anos. “O superciclo das commodities acabou de começar”, complementa.

A inflação vai cair, mas juros vão continuar altos, avalia J. Safra Sarasin

“A inflação é transitória, mas segue muito mais alta do que Bancos Centrais vinham mirando. Não é fácil prever quem ganhará o cabo de guerra entre a busca de desinflação ou inflação, mas há fatores de impulso da inflação”. Como exemplos, Bärtschi cita uma “desglobalização” puxada por desentendimentos geopolíticos, questões demográficas, com diminuição de oferta de trabalho e envelhecimento da população, e a descarbonização, já que a transição verde é custosa.

Para o Diretor de Investimentos, a “inflação cairá nos próximos meses, mas algumas taxas seguirão altas por mais tempo para levar a inflação subjacente ao alvo”.

J. Safra Brazil Conference

O megaevento realizado pelo Banco J. Safra acontece no hotel Grand Hyatt, em São Paulo (SP), e contará com palestras de personalidades nacionais e estrangeiras.

São mais de 100 empresas brasileiras, com agendas de painéis sobre temas da atualidade e mais de 1.000 convidados entre executivos e investidores. O objetivo é discutir o cenário macroeconômico e político do Brasil e do mundo.

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