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Como o Fusca ajudou no ‘boom’ dos carros 1.0

Clássico da montadora Volkswagen recebeu benefícios para seu retorno, após sete anos do fim da produção. Entenda a história

Ex-presidente Itamar Franco no relançamento do Volkswagen Fusca

Itamar Franco no relançamento do Volkswagen Fusca: modelo popular era apreciado pelo ex-presidente | Foto: Divulgação/Volkswagen

Os carros populares tiveram origem em 1993, impulsionados pelo ‘fator Fusca’ e após o recém-empossado presidente Itamar Franco reclamar que os preços dos modelos mais em conta no Brasil eram caros demais.

Ele dizia que era preciso ter um carro com apelo igual ao do Fusca, que tinha se mantido no mercado ao longo de 27 anos e foi tirado de linha em 1986.

Itamar assumiu o cargo após o impeachment de Fernando Collor. Em uma única reunião que manteve com executivos da Volkswagen ficou acertado que, sete anos após o fim de sua produção no Brasil, o icônico modelo seria ressuscitado.

A contrapartida para a montadora foi a quase isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com taxa de 0,1% e outros “agradinhos” tributários.

Benefício ao Fusca estendido aos demais

Após o acordo, as demais fabricantes também quiseram se beneficiar da medida.

Dessa forma, a regulamentação estabeleceu que o carro popular só poderia ter motor com até 1.000 centímetros cúbicos – ou 1.0. Também foi estabelecido um limite de preço em dólar.

A Fiat já tinha o Uno Mille e, sem muita demora, a General Motors lançou o Chevette Júnior.

A Ford veio com o Escort Hobby e a Volkswagen também expandiu sua linha com o Gol 1.000.

O Fusca foi produzido por mais quatro anos, teve vendas de 47,7 mil unidades e saiu deixando o “legado” do imposto menor para novos modelos que surgiram no mercado. (AE)

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