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Desemprego sobe para 14,4%, segundo o IBGE

Taxa estava em 11,6% no mesmo período do ano passado, e indica um total de 14,4 milhões de pessoas sem trabalho atualmente

Vendedor ambulante

A população subutilizada subiu 1,5% ante o trimestre até novembro, 479 mil pessoas a mais | Foto: Getty Images

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No trimestre até janeiro, a taxa de desocupação estava em 14,2%. Como a força de trabalho no Brasil é de aproximadamente 100 milhões de pessoas, o total de desempregados é estimado em 14,4 milhões.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.520 no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado representa alta 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 211,189 bilhões no trimestre até fevereiro, queda de 7,4% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

32,6 milhões estão sem trabalho

No trimestre terminado em fevereiro de 2021, faltou trabalho para 32,641 milhões de pessoas no País, segundo os dados da pesquisa do IBGE.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 29,0% no trimestre até novembro para 29,2% no trimestre até fevereiro. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

No trimestre até fevereiro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,5%.

A população subutilizada subiu 1,5% ante o trimestre até novembro, 479 mil pessoas a mais. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2020, houve um avanço de 21,9%, mais 5,858 milhões de pessoas.

A taxa de desocupação saiu de 14,1% no trimestre até novembro para 14,4% no trimestre até fevereiro, maior patamar para trimestres encerrados em fevereiro dentro da série histórica iniciada em 2012.

Situação de desalento atinge 5,9 milhões

O Brasil alcançou um recorde de 5,952 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado significa 229 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em novembro, um aumento de 4,0%. Em um ano, 1,259 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 26,8%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Massa de salários encolheu 7,4%

A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 16,804 bilhões no período de um ano, para R$ 211,189 bilhões, uma queda de 7,4% no trimestre encerrado em fevereiro em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Pnad Contínua, agora divulgada.

Na comparação com o trimestre terminado em novembro, a massa de renda real caiu 2,1%, com R$ 4,553 bilhões a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 2,5% na comparação com o trimestre até novembro, R$ 65 a menos. Em relação ao trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, a renda média subiu 1,3%, R$ 33 a mais, para R$ 2.520.

“A queda no rendimento no trimestre (ante novembro) pode estar relacionada a uma participação maior de trabalhadores informais. A média do rendimento acaba caindo”, justificou Adriana Beringuy, gerente da pesquisa. (AE)

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