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Bolsas da Ásia sobem após estímulos e bancos avaliam novos cortes de juros

A Minerva anunciou a compra da maior parte dos ativos da Marfrig localizados na América do Sul; confira os destaques do dia no mercado financeiro

Bolsas na Ásia fecharam no positivo após China sinalizar maior apoio à economia, com novas políticas de suporte e gastos do governo | Foto: Getty Images

O Ibovespa apresentou alta de +1,11% no último pregão, cotado a 117.120,98 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio prazo e no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 120.000 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.700 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 114.300. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

O Dólar Futuro apresentou leve queda de -0,02% no último pregão, cotado a 4.878 pontos. O ativo se encontra em uma tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.750. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.000 e a segunda em 5.195.

Exterior:

Bolsas na Ásia fecharam no positivo após China sinalizar maior apoio à economia, com novas políticas de suporte e gastos do governo. Além disso, os grandes bancos chineses avaliam novos cortes nas taxas de juros para impulsionar o crescimento. Mercado europeu apresenta pregão positivo, enquanto índices futuros nos EUA operam próximos do zero a zero antes de dados do mercado de trabalho e dados de confiança do consumidor em semana que terá divulgação de payroll e PCE.

Doméstico:

Em palestra ontem, Roberto campos Neto indicou cautela com as contas públicas e sinalizou que o trabalho de combate à inflação não terminou, reduzindo as perspectivas de aceleração no ritmo de corte de juros. Presidente assinou ontem medida provisória para taxar os fundos exclusivos, assim como o governo federal anunciou envio de um projeto de lei para tributar rendimentos no exterior a fim de aumentar a arrecadação.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD85,07/b; +0,77%)
Minério fecha o dia na estabilidade (USD116,0/t; -)

Empresas:

  • Petrobras: Cnooc firmou um compromisso de cooperação estratégica com a Petrobras para fortalecer suas operações no Brasil, segundo a agência de notícias estatal chinesa / A gigante offshore disse que o acordo engloba exploração, refino, engenharia, serviços de campos petrolíferos, negócios de baixo carbono e exportações /Petrobras conclui venda Polos Golfinho, Camarupim para BWE
  • Vale: Cia quer substituir uso diesel por hidrogênio, etanol, diz CEO Eduardo Bartolomeo
  • Afya: Receita líquida ajustada 2T supera estimativas

Agenda do Dia:

11:00 – EUA – Confiança do Consumidor/Agosto

Atualizações Safra:

Minerva e Marfrig: Minerva concorda em adquirir parte dos ativos sul-americanos da Marfrig

O acordo parece mais diretamente benéfico para a Marfrig, enquanto a Minerva poderia se beneficiar da captura de sinergias. Marfrig e Minerva anunciaram que celebraram um contrato de compra e venda pelo qual a Minerva adquirirá a maior parte dos ativos da Marfrig localizados na América do Sul (Brasil, Uruguai, Argentina e Chile) por um total de R$ 7,5 bilhões. Vemos o negócio como positivo para a Marfrig, pois otimiza seu portfólio e contribui para reduzir (pelo menos marginalmente) sua alta alavancagem (dívida líquida atual/EBITDA de 3,5x).

Por outro lado, a Minerva pagou um prêmio de valuation aos ativos adquiridos em relação ao seu próprio múltiplo e deverá ver sua alavancagem aumentar pelo menos no curto prazo. No entanto, o negócio poderá ser agregador dependendo da execução e das sinergias capturadas, que a administração parece confiante em entregar. Temos uma classificação de compra para BEEF3 com base na perspectiva positiva para o ciclo favorável do gado no Brasil, mas estimamos que o negócio poderia ter um impacto de -3% no preço de suas ações, assumindo que as ações continuam a ser negociadas no mesmo múltiplo EV/EBITDA e tendo em conta o aumento da dívida. Porém, se considerarmos os 70bps de sinergias estimadas pela administração para o curto prazo, haveria um impacto positivo de 21% no preço das ações. Em relação ao MRFG3, temos uma classificação Neutra para a ação, mas o negócio deverá ter um impacto positivo de 13% no preço da ação, assumindo também que a sua valorização se mantenha.

Detalhes da transação. A Minerva fechou acordo para adquirir 16 unidades de abate da Marfrig, sendo 11 no Brasil, 3 no Uruguai, 1 na Argentina e 1 no Chile, além de 1 centro de distribuição no Brasil. A Minerva pagará R$ 7,5 bilhões no total, já tendo feito um adiantamento de R$ 1,5 bilhão e garantido um compromisso firme de financiamento do JP Morgan para os R$ 6 bilhões restantes. O negócio ainda depende da aprovação dos acionistas de ambas as empresas.

A receita líquida estimada dos ativos adquiridos combinados é de R$ 18 bilhões e o EBITDA estimado é de R$ 1,5 bilhão, levando a uma avaliação de 5,0x EV/EBITDA vs. EV/EBITDA dos últimos 12 meses da Minerva de 4,9x e 4,6x para a Marfrig. Além disso, a alavancagem consolidada da Marfrig deverá melhorar ligeiramente para 3,2x dívida líquida/EBITDA (contra os atuais 3,5x), enquanto a da Minerva deverá deteriorar-se no curto prazo para 3,5x (contra os atuais 2,7x). No entanto, a administração espera que retorne aos níveis atuais devido às sinergias esperadas (melhoria de 150bps na margem EBITDA, sendo 70bps no curto prazo).

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 117.121 (+1,11%)
S&P: 4.433 (+0,63%)
Dólar Futuro: R$4,87 (-0,02%)

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